Seus rostos estavam tão próximos que ela podia sentir sua respiração quente em sua pele. O tempo pareceu parar. O mundo ao redor deles desapareceu, restando apenas os dois, imersos naquele momento de profunda conexão. A atração que sentiam um pelo outro era inegável, uma força magnética que os puxava cada vez mais perto.
E então, antes que Gabriela pudesse reagir, Brendon se inclinou e roçou seus lábios na bochecha rosada dela, um beijo leve como uma pena, mas carregado de uma promessa silenciosa.
Ele se afastou lentamente, os olhos fixos nos dela, brilhando com uma intensidade que a fez estremecer.
-- Te espero no escritório, Gabriela, murmurou ele, com a voz rouca..
E com um último olhar profundo, ele se virou e desapareceu no corredor, deixando Gabriela imersa em um turbilhão de emoções, com o coração palpitante, e a alma inundada por uma sensação de esperança que ela não sentia há muito tempo. Aquele simples beijo no rosto… o que significaria aquele beijo para Brendon.
Gabriela ficou parada por um longo momento, sentindo o fantasma dos lábios de Brendon em sua bochecha. O corredor, antes movimentado, agora parecia estranhamente silencioso, como se o mundo inteiro estivesse prendendo a respiração junto com ela. Ela levou a mão até o local do toque, e sua pele ainda formigava pelo contato inesperado.. Um sorriso tímido escapou de seus lábios.. Gabriela respirou fundo, tentando se recompor.
Precisava voltar ao trabalho, mas sua mente teimava em retornar àquele instante mágico. O cheiro de Brendon, a sua proximidade, a intensidade do seu olhar... tudo contribuía para uma confusão deliciosa em seu peito. Aquele beijo, tão simples e ao mesmo tempo tão significativo, despertara nela sentimentos que ela julgava adormecidos.
Depois de usar o banheiro, ela caminhou lentamente de volta para sua mesa. A cada passo, a pergunta martelava em sua mente: o que significaria aquele beijo? Seria apenas um gesto de carinho, uma demonstração de afeto de um amigo? Ou haveria algo mais, algo mais profundo, por trás daqueles olhos escuros e intensos?
A tarde se arrastou lentamente, cada minuto uma tortura. Gabriela mal conseguia se concentrar no trabalho, sua mente divagando entre planilhas e o rosto de Brendon.
Finalmente, o relógio marcou o fim do expediente. Gabriela reuniu suas coisas, as mãos trêmulas, o coração batendo forte no peito. Enquanto caminhava em direção ao escritório de Brendon, uma mistura de ansiedade e expectativa a dominava. Parou diante da porta fechada, hesitando por um instante. Respirou fundo e bateu de leve.
-- Entre, disse a voz rouca de Brendon do outro lado..
Gabriela abriu a porta lentamente, revelando Brendon sentado à sua mesa, a expressão séria, os olhos fixos nela. O escritório estava silencioso, a luz suave que entrava pelas janelas de vidro naquele fim de tarde criava uma atmosfera íntima. Ele se levantou e caminhou em sua direção, o olhar intenso que a fazia se sentir desarmada.
-- Gabriela..., começou ele, a voz baixa e carregada de emoção. -- Precisamos conversar.
Sua voz saiu mansa causando tremor no corpo de Gabriela. Mas antes que ele pudesse continuar, uma ligação apareceu no celular.
Ela pegou o aparelho na mão, embora o número não estivesse na sua agenda telefônico, ela sabia muito bem quem estava ligando. Gabriela olhava para a tela desacreditada.. era uma ligação de Ítalo, seu ex namorado.
-- Não vai atender? - Brendon pergunta ao ver a hesitação estampada no rosto dela.
Gabriela ficou sem ação naquele momento. -- O que Italo queria? Porque ele estava ligando?
-- Desculpa, Sr Willians, vou atender essa ligação, amanhã conversaremos.
Gabriela virou as costas para Brendon e saiu deixando o ceo levemente chateado.
Italo continuava ligando sem parar.
-- O que será que ele queria? - Ela se indagava.
Ao entrar no elevador, Gabriela resolveu atender.
-- O que você quer? Pensei que já estivesse apagado meu número - a voz dela era de muita irritação.
-- Calma, Gabi. Eu só liguei porque estava preocupado contigo. Sei que está desempregada e conseguir um novo emprego pra você em uma loja no shopping. O salário é o mínimo, mas felizmente estará empregada.
Gabriela franziu a testa soltando um fluido abafado.
-- Seu grande merda, não preciso da sua ajuda. Nunca mais ligue pra mim. Graças a Deus já estou trabalhando e meu salário é três vezes mais do que eu ganhava antes.
Gabriela encerrou a ligação saindo do prédio.
A voz suave e sarcástica de Ítalo ecoava na mente de Gabriela enquanto ela caminhava pela rua movimentada daquela quarta feira.. Ela pensava nas inúmeras vezes em que ele tentara controla-la, dizendo sempre o que fazer e como viver sua vida. Mas agora era diferente - ela estava livre dele e determinada a mostrar ao mundo do que era capaz sem precisar da ajuda dele.
Enquanto ela caminhava, Gabriela não percebeu o tempo nublado, e as primeiras gotas de chuva começaram a cair suavemente em seu rosto. Mas ela não se importou. Sentia uma sensação de liberdade que há muito não experimentava. A ligação de Ítalo havia sido apenas um lembrete do quanto ela tinha evoluído desde o fim daquele relacionamento tóxico.
A chuva começou a cair e rapidamente as pessoas começaram a correr de um lado para o outro procurando abrigo.
Gabriela ficou parada enquanto a água descia sobre seu rosto molhando sua roupa. No mesmo instante, um carro de luxo parou ao lado dela. Gabriela olhou e viu que era o carro de Brendon.
Ele desceu do carro segurando seu terno na mão e colocou sobre a cabeça dela.
-- O que você tem? Porque está parada nessa chuva? Venha, entre no carro.
Brendon abriu a porta do carro e Gabriela sentou no banco do passageiro. Brendon fechou a porta e corre para o banco do motorista.
-- Você está bem? - Ele estava preocupado com ela.
-- Obrigada por se preocupar, Sr Willians. Estou bem agora - respondeu Gabriela com um sorriso tímido nos lábios enquanto olhava para a água escorrendo pela janela do carro.
As ruas estavam ficando desertas à medida que a tempestade aumentava. Os trovões ressoavam ao longe enquanto os pingos grossos de chuva batiam contra as janelas do veículo. Gabriela olhou para Brendon ao seu lado e se sentiu grata por ter um chefe tão preocupado.
-- Me diga seu endereço.
Brendon perguntou querendo deixá-la em casa.
Gabriela olhou nos olhos dele e disse o endereço. Meia hora depois o carro de Brendon estacionou em frente ao apartamento de Gabriela.
-- Cheguemos.
Brendon exclamou sorridente.
-- Obrigada Sr Willians pela carona. Gabriela segurou na mão do CEO.
-- Se houver alguma coisa que eu possa fazer pra te agradecer, se sinta confortável para dizer.
Brendon sentiu seu corpo queimar pelo toque dela.
-- Sim, há algo que eu quero que você faça por mim -- Ele sorriu sedutoramente. -- Gabriela, disse ele com uma voz rouca e cheia de desejo, -- Quero que você jante comigo amanhã à noite. Apenas nós dois.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Carmen Borges de Oliveira
não se diz cheguemos e sim chegamos, desculpe, mas gostaria de ajudar com a correção
2025-04-14
0
Maria Aparecida
estou amando o seu romance
2025-04-07
2
Erika Batista
Mas que burra, devia nem falar com ele mais
2025-03-03
4