O quarto do hotel era elegante e bem decorado, mas ela não conseguia deixar de se perguntar como tinha parado ali. As memórias da noite anterior estavam fragmentadas, apenas flashes do homem desconhecido surgiam em sua mente. Ela decidiu aproveitar o café da manhã que já estava pago e ligou para a lavanderia do hotel para solicitar a entrega de seu vestido.
Para surpresa de Gabriela, sua bolsa com celular, cartões de crédito e dinheiro estava em cima da pequena cadeira ao lado da cama.
Ela ligou seu celular que estava desligado e ficou assustada com várias ligações perdidas de suas amigas. Muitas mensagens também chegaram no seu celular, apesar de seu ex e seu pai não a valorizarem, Gabriela podia contar com as amigas leais.
Gabriela decidiu ligar para Cintia para a tranquilizar.
-- Oi , Gabi? Onde você está? Não conseguir dormir a noite toda. Eu e as meninas, fomos até a polícia pra comunicar seu desaparecimento, mas ele disseram que tinha que esperar vinte quatro horas.
Cintia argumentou bastante preocupada ao atender o telefonema.
-- Cintia, não precisa se preocupar comigo. Estou bem. Agora preciso resolver uma coisa, mas a tarde te conto o que aconteceu.
Cintia assentiu aliviada por finalmente ter conseguido falar com Gabriela.
Surpresa com todas as mensagens em seu celular, Gabriela sentiu-se grata por ter amigas tão preocupadas com ela. Ela rapidamente respondeu às mensagens e prometeu encontrá-las em breve para contar o que tinha acontecido.
Enquanto aguardava a entrega de seu vestido, Gabriela olhou ao redor do quarto elegante. O mistério sobre o homem desconhecido ainda pairava em sua mente. Quem era ele? Por que ele havia ajudado-a sem pedir nada em troca? As perguntas martelavam em sua cabeça enquanto ela tentava juntar os fragmentos das memórias da noite anterior.
Quando ela chegou no seu apartamento, sua cabeça ainda doía. Gabriela tomou um remédio e se deitou na cama. Ela logo adormeceu novamente naquela manhã de domingo.
No outro lado da cidade, um homem de trinta anos, exalando uma beleza encantadora, estava sentado dentro do seu carro. Seus dedos brincavam no volante do veículo enquanto esperava pacientemente o grande portão de ferro da mansão se abrir.
O homem era Brendon Willians, filho mais novo do grande farmacêutico e médico, Leon Willians. Brendon Willians era dono do grande grupo Willians, uma empresa de tecnologia, cuja sede é em São Paulo e tem vários anexos espalhados pelo exterior..
Gentilmente, um segurança se aproximou:
-- Bom dia, senhor Willians. Seu pai está no quarto, aguardando sua chegada. Estou feliz por reve-lo.
Brendon levemente balançou a cabeça e passou pelo portão, estacionando o carro ao lado da garagem.
Brendon saiu do automóvel e caminhou em direção a porta da mansão. Sua mente estava cheia de pensamentos, especialmente sobre a mulher misteriosa que ele havia resgatado na noite anterior. Ele ainda não conseguia tirar Gabriela de sua mente, seu rosto bonito e os olhos brilhantes como estrelas haviam se enraizado dentro de sua mente .
-- Tio, finalmente decidiu nos visitar -- Ítalo exclamou ao ver Brendon entrar na sala com um olhar sério e sombrio.
Fazia mais de três anos que Brendon não ia visitar a família.
-- Olá, Italo, como está? - Brendon perguntou casualmente sem muito interesse.
-- Meu filho está bem! -- Bruno Willians, irmão de Brendon apareceu na sala tomando a frente da resposta do filho.
-- Que bom -- Brendon levemente sorriu.
-- E você, meu irmão, como tem passado? -- Brendon perguntou curioso.
Exatamente três anos atrás, a mãe de Brendon havia falecido por complicações na saúde e na mesma época, ele descobriu que seu pai estava traindo sua mãe com uma médica da clínica particular que pertence a Leon Willians.
Logo, Brendon não se conteve, chegando a brigar com o pai, e seu irmão Bruno, se intrometeu na discussão, causando ainda mais ofensas e desunião entre eles e até agressões físicas entre os irmãos. No final, Brendon se afastou da família, e só decidiu fazer uma visita ao pai novamente, depois de descobrir que ele estava muito doente e corria risco de morte.
- Estou bem -- respondeu Bruno friamente, -- veio visitar o nosso pai? Ele sempre fala de você, mas ele não está como antes.
Bruno e Brendon se encaravam profundamente.
-- Tio, se senta um pouco -- Italo se aproximou estendendo as mãos para o sofá.
-- Obrigado, Italo. Mas não quero me sentar. Vou conversar com seu avô -- Brendon respondeu ao sobrinho, mas logo se virou na direção de Bruno.
-- Qual é o médico do pai?
Bruno sombriamente surpreso, respondeu: -- O doutor Edgar Júnior Melo, -- Bruno notou uma sombra de dúvidas nos olhos de seu irmão.
-- Não o conheço, mas quero conhecê-lo.
Brendon começou a subir as escadas em direção ao quarto de seu pai.
No quarto de seu pai, Brendon encontrou-o sendo cuidado por uma enfermeira.. Ele se aproximou da cama e segurou a mão enfraquecida do patriarca da família. Os olhos de Leon brilharam de felicidade ao ver o filho depois de tanto tempo.
O quarto estava silencioso enquanto pai e filho se encaravam por um momento antes de começarem a conversar. Havia tanto para ser dito, tantas palavras não ditas durante todos esses anos afastados. Brendon sabia que essa visita poderia mudar tudo entre eles, trazendo cura ou apenas mais dor.
Os olhos de Brendon ficaram marejados ao ver o estado debilitado de seu pai. A culpa pesava sobre seus ombros enquanto ele refletia sobre os anos perdidos e as palavras duras ditas durante a última discussão que tiveram. Ele decidiu que era hora de deixar o orgulho de lado e reconstruir os laços familiares antes que fosse tarde demais
-- Por favor, Camile, nos deixe a sós por um momento -- a voz rouca e baixa de Leon chegou aos ouvidos da enfermeira. Ela, prontamente saiu do quarto, deixando pai e filho sozinhos.
-- Filho, -- Leon começou devagar, falando com dificuldade.
-- Eu errei com sua mãe, a traí mesmo sabendo que ela estava em um leito de hospital. Mas Deus sabe, meu filho, que estou profundamente arrependido.
Os olhos de Leon começaram a derramar lágrimas, emocionado.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Edi Graças
Aaaa vá culpa por dizer a verdade para seu pai traidor? Até parece né? Tem uma música do padre Zezinho que fala: "Que marido e mulher não se traíam nem traíam seus filhos." Quando existe traição não se trai somente o seu cônjuge mais a família que foi criada por ambas as partes
2025-04-09
3
Sandra Valéria Silva
Cretino. A mulher doente não dá o direito dele trair.
Tá colhendo o quê plantou.
A Gabi vai ficar com o tio do Ítalo ( ex- traidor).
Adorando
2025-04-08
2
Eloi Silva
porque a mulher estava doente ele podia trair e agora se arrependeu eu se fosse o filho não perdoava quem errou foi ele
2025-02-19
3