O amor por um anjo

_Celestia.._ suas palavras sem com rouquidão.

Audrey observa atentamente seu pai indo para a frente do quadro de sua mãe, ele lembrou de coisas que não era a hora certa a se dizer, porém, em seu coração a um aperto profundo e um sentimento de culpa. Não deveria mais esconder o que já era pra ser dito a muito tempo, ainda olhando para a pintura, ele pede ajuda a sua amada.

Olhando diretamente para sua filha, virando a cabeça, sinalizando para que ela fique ao lado dele. Ela o faz, sentindo o toque de seus braços, sem se mover.

_ Filha_ ele visualiza a situação e fala_ Não se preocupe com a minha reação, eu não te daria uma bronca por ter entrado aqui_

Abaixando a cabeça com o olhar baixo, tentando descobrir pela mente dele o sentimento ou algo que ele esconde, mas ela não consegue descobrir, voltando seu olhar para seu pai, ouvindo atentamente suas palavras.

_Sua mãe foi minha verdadeira paixão depois de muitos anos_ o mesmo toca na pintura de Celestia, passando os dedos por entre os lábios_ Mesmo que de início eu tenha tido um casamento não duradouro._

Os olhos de Audrey mostraram compreensão diante da sua confissão, ela não o julgaria, a garota não tem esse poder e autoridade sobre qualquer criatura.

_ Eu vi vocês nascerem nessa época _

Audrey entra em choque com o que saiu da boca dele, ela segurou sua raiva, imaginando que ele não tinha feito nada para salvar ela e a irmã, seu coração se encheu uma boa parte por rancor, até ele dizer.

_ Sua mãe tinha sido levada, por ser uma freira a força. Ela não queria isso, sendo de outro país, ela teve que voltar e no momento que fui em busca dela, já havia acontecido _ a tristeza em seu olhar é visível.

_ O que aconteceu?_ pergunta ela.

_ O rei celeste descobriu que sua filha tinha reencarnado em uma humana, sendo assim, cometido o mesmo erro que ele tanto abomina. Ela foi levada para os cientistas_

_ Como é???_ a voz de Audrey saiu com indignação_ Até quando esse homem vai querer matar a mim e a minha irmã? Onde o senhor estava enquanto isso acontecia???_

_ Entendo o seu comportamento_ ele virá a cabeça para visualizá-la_ O rei ordenou uma guerra contra o povo do inferno, me deixando ocupado durante vários meses, até vocês virem ao mundo.._

A culpa o penetrava, Audrey se sentiu infeliz por ter agido de tal maneira, duvidando da fala dele, suas mãos estavam fechadas com força, fazendo elas tremerem. Lúcifer percebeu suas mãos e logo virou-se para ficar de frente a ela, segurando suas mãos , deixando ela notar o quão sua força é gigantesca, suas unhas ficaram enormes, que acabaram perfurando sua carne, jorrando sangue pelos seus pulsos, caindo ao chão.

Seu sangue possuía a cor de um preto com dourado, sua atenção foi para isso, jurando que isso nunca havia acontecido, esse fenômeno e se perguntando se era seu sangue mesmo.

_ Ao entrar nos reinos, você revelará sua verdadeira forma. Essa é a verdadeira cor do seu sangue, não se assuste_

Ouvindo a explicação de seu pai a deixou tranquila, seu nervosismo que tinha habitado foi embora, suas mãos se curaram e ouve uma regeneração em poucos segundos. Mais uma vez ela aprecia os cômodos do lugar, tentando colocar-los em sua mente para ter alguma inspiração depois.

_ Vamos, já falei isso para sua irmã e ela deve está ansiosa demais para vê como você está_

Por mais que ele seja o rei dali, não parecia que seria alguém tão tranquilo e compreensivo com seus filhos, um e outro vão juntos para a biblioteca que havia ali, no meio do trajeto Audrey fez uma pergunta um tanto inesperada.

_ Se você tem irmão?_ ele repete a pergunta em outro sentido_ Bem, não posso negar, tem sim e ele deve estar dormindo neste exato momento_

Audrey fica com os olhos brilhando, o som do que fora dito por ele, a encheu de ternura, a garota notou que tem um irmãozinho, ainda por cima um bebê. Sua ansiedade fez com que ela pedisse para vê o pequeno, sua insistência foi tão forte que seu pai se rendeu, levando as irmãs para conhece o herdeirinho.

Chegando lá, elas avistam uma mulher, que fez elas se lembrarem de alguém,_ lilith_ ambas fala em suas mentes, ficando em alerta, elas não tinham nada contra a mulher, porém, sabendo que seu pai ainda amava o seu segundo amor, as mesmas não queriam que ela o difame na frente do mais novo.

O rosto da mulher refletia nojo, deixando eles ali sem dirigir uma palavra de boas vindas. Isso não abalou as meninas, pelo contrário, já demonstrou o caráter dela e tudo o que ela tinha feito para lúcifer, por outro lado a atenção delas foi direto para a risada do bebê, vendo-o nos braços do pai, os cabelos loiros e encaracolados, seus olhinhos vermelhos brilhando ao vê-las, seu sorriso deixou elas com um quentinho no coração.

Sem esperar, ele estende as mãos para que uma delas o pegue, se inclinando pra frente, Audrey se pôs a pegá-lo com todo o cuidado do mundo, o mesmo se inclina novamente para tocar no rosto dela, a mesma o levanta um pouquinho, suas mãozinhas exploravam o rosto da irmã, ela se encanta em como ele é lindo.

_ Charlie, esse é o nome dele_ seu pai diz.

_ Charlie, né _ diz Adele num tom com risadas.

Adele pega o irmão segurando uma de suas mãos pequenas, os meninos que exploravam o castelo, chegaram ali, vendo a cena de Adele brincando com o bebê. Joseph olhou diretamente para Audrey que estava perto de seu pai naquele momento, com a mão esquerda em seu ombro, parece o conforta-lo.

Lúcifer aceitou os companheiros de suas filhas, ali na sua presença, Adele entrega Charlie para Audrey, o pequeno aparenta estar sonolento, bocejando para a irmã, ela o aconchega em seus braços o ninando, nada fora esperado, até mesmo o sentimento materno que ela demonstrou pela primeira vez com um bebê no colo.

Seu pai observava, vendo a silhueta de Celestia, ela na filha, a canção de ninar que ela cantava para as filhas começou a ressoar no quarto do bebê, vinda da boca de Audrey, seu irmão caçula dormiu em seus braços finalmente, seu coração se encheu de sentimento. Assim como o de seu pai, lembrando de sua amada, em sua mente passava_ nunca pensei que amaria um anjo e cá estou eu, apaixonado por ela, por toda eternidade_

Continua

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