Inimigo ou amigo?

Quando eles voltam para a mansão, o instinto dos quatro ativaram, as irmãs adormeceram depois do ocorrido, sendo assim, ambas indefesas. Com cuidado, entraram na mansão, vigiando os cômodos, tirando Lyam e Joseph que seguravam suas amadas nos seus braços, usando assim a mente para localizar quem entrou ali.

Tudo achava-se de cabeça para baixo, os cômodos revirados, tudo em um lugar diferente, Kristoffer e Jonas revistaram os quartos de cada um, todos os livros estavam no chão.

Audrey despertar em seguida, com um pouco de tontura, saindo dos braços de Joseph com destreza e lentidão, só que, tocando no chão, sente algo, alguém estava ali. Sem falar nada, a mesma sai dali em direção ao jardim, Adele acorda com o movimento de sua irmã, todos vão atrás dela.

Seu corpo para, seu coração acelerou por um estante, a figura que estava há sua frente era imóvel, ambos se encarando, Adele que ainda se recuperava não olhou diretamente. Audrey sentiu uma vontade imensa de chorar, aquela pessoa..

_ Pequena flor.._ a voz masculina soa suavemente.

Com tremores no corpo, a angústia invadindo cada perímetro de si mesma, o apelido veio em suas memórias, aquele homem, cuja as características eram verdadeiras, o chifre parecido com o seu, até mesmo os olhos igualmente de sua irmã. Ela se aproximou devagar, ninguém há impediu de fazer tal ato, Adele olha para ele, o mesmo também a vê.

_ Estrelinha.._

Adele não conseguiu se conter e ambas as irmãs foram em sua direção aumentando a velocidade dos passos, conseguindo unir forças para abraçá-lo.

_ Pai.._ as duas falam ao mesmo tempo.

Enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos, o homem a quem via diante delas as reconheceu, retribuindo o abraço com tristeza e alegria em sua face, nada naquele momento poderia impedir a conexão de pai e filhas, se encontrando pela primeira vez depois de anos.

Cada um se via trêmulo, o homem estendeu as mãos para levantar o rostos de suas filhas e visualizá-lo com afeição, ele não duvidou de que são elas a quem procura, abraçando mais uma vez e notando Kristoffer, reconhecendo o mordomo.

_ Obrigada Kristoffer_ ele agradece de todo o coração.

Ele repara mais uma vez nas meninas, Audrey fez ele se lembrar de sua amada, seus olhos brilhando com as lágrimas que saiam de seus olhos, seu cabelo cacheado sendo herdado por ele, assim como o temperamento. Adele, lembrava mais a ele por seu cabelo escuro e por seus olhos vermelhos intensos, por outro lado, herdou a personalidade de sua mãe.

Os sorrisos de ambos iluminavam este momento tão precioso, a saudade bateu imensamente, a sensação de segurança por sentir ele por perto foi repleta de conforto. Esse momento fez elas se sentirem amadas e protegidas pelo pai, enquanto ele as abraçava fortemente sem soltar de novo.

Sem tirar os olhos de suas filhas, ele sentiu o cheiro delas nos meninos, sua áurea envolveu elas com um ato de proteção, dando um olhar avassalador para os rapazes que estavam distantes deles. Lúcifer se inclinou, e afastou o abraço das filhas, as meninas percebendo a reação dele, logo foi tranquilizado ao toque das duas, revelando o que eles haviam feito para elas, feito o bom.

Sua áurea logo desapareceu com essa revelação, ficando mais sóbrio e muito feliz, por mais que não demonstre muito, ele sabe que não dá para mentir pra elas em nenhum momento.

_ Então.., foi o senhor que revirou a casa?_ Audrey pergunta na brincadeira, para quebrar a tensão de antes.

Lúcifer olha para ela_ Não, justamente por isso que acionei meus dados e encontrei os de Kristoffer, assim vim até aqui_

A afirmação de seu pai a deixou confusa, ele sinalizou para ambas para que sinto o cheiro e a presença, assim elas sentiram.

_ Os cavaleiros angeliks estiveram aqui.._ diz Adele com nervosismo e remorso.

_ Vim a tempo de leva-las comigo!_

Seu pedido deixou elas um tanto nervosas, cada uma olhou para seus amados temendo a vida deles. As meninas recuaram um pouco o passo, querendo ir na direção deles, Lúcifer percebeu a reação delas e notou que aquele amor seria para a vida toda, até a morte levar ambos.

_ Eles podem vim_ fala pensativo_ É provavelmente que venham atrás deles e os levem para fazerem tal façanha_

O que ele falou não estava errado, era mais provável isso acontecer do que acharem elas no inferno. Audrey chamou os quatro para uma conversa na presença do soberano, todos ficaram de acordo que os rapazes iriam com a gente, Kristoffer e Jonas não ficariam lá por muito tempo, eles fariam algo que se via no plano deles, que era.

_ Daremos um aviso aos cientistas_

_ O QUE???_ Adele se assusta.

_ Sabem que somos experientes em batalhas mundanas. Eles não vão nos machucar tão fácil _ fala Jonas satisfeito e confiante.

Audrey confiou neles, sem perguntar mais nada, após isso lúcifer cria um portal para o inferno, as irmãs se despedem de Jonas e Kristoffer, os meninos fazem o mesmo, entrando no portal, eles já se viam dentro do palácio, ali a frente deles os guardas localizaram-se em seus postos.

Reparando em cada detalhe da morada, lembrou muito uma igreja por sua coloração negra, cada parede tinha cortinas, sinalizando que tem uma janela atrás, no chão a um tapete vermelho que vai até o trono, de um material preto com certas pedras vermelhas que brilhavam com a luz das tochas e velas que possuía ali.

O lustre acima da sala iluminava o centro com os seus cristais, um pouco incomum, já que a luz que batia neles refletia um arco-íris. Audrey fica encantada e expressa o quão maravilhoso é, na sua mente imaginava que seria um lugar de pouca luz e mais amedrontador.

Lúcifer repara na pedra que elas possuíam em seus pescoços, num colar, deduzindo que é a jóia de dominação, a qual ele queria domínio, contudo, o mesmo deixou esse interesse de lado, as meninas precisavam mais do que ele.

Cada um ficou impressionados com tamanho detalhe, Adele se moveu até a janela, abrindo-a, vendo então como é o inferno, o céu de um vermelho um pouco escuro, abaixo dele uma cidadania comum como as outras, tirando o fato de que tem mais assassinatos que no mundo acima.

Seu pai pós se ao seu lado, cobrindo a janela com a cortina novamente_ Não quero que vocês vejam como é lá em baixo, sei como vão se sentir_

Ambas sabiam que é de um tremendo sofrimento viver e até mesmo governar ali. A mais velha anda para vê os arredores, seu pai não a impede, sabendo que sua cabeça deve está turbulenta, então, ele mostra os quartos para os outros, ainda olhando para os rapazes com super proteção.

Caminhando por um corredor, Audrey avista as escadarias de uma torre, sua curiosidade veio a tona, fazendo com que ela suba, sem temer o que há lá em cima, chegando assim em frente a porta. Exitante em abrir, pensando no que tem lá dentro, depois de uns segundos, ela abre com receio e sua mente explode.

O cômodo iluminado era repleto de luzes com todas as cores do arco-íris, vários cômodos de épocas anteriores lhe chamaram a atenção, deixando-a admirada por cada detalhe da madeira e dos espelhos, ficando m frente a um, sua visão vai em direção a algo que está a direita na parede que há um armário.

Virando-se, caminhando em sua direção, observando o pano que cobria uma superfície plana, a curiosidade a domina, tirando o pano revelando uma pintura, de uma mulher com cabelos brancos como a neve, olhos azuis resplandecentes, pele branca como porcelana, um sorriso agraciador.

_ Audrey?_

Tomando um susto ouvindo o seu nome, Audrey fica espantada ao vê seu pai ali atrás dela, sentindo um pouco de culpa, mas logo se acalma perante o susto.

Contínua...

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