Filha de anjo e de um demônio

Audrey espera Kristoffer falar alguma coisa, perante aquilo e apenas vê a postura do homem que permanecia rígida. Ele, diante de tal situação, não demorou muito para virar-se e teletransportar ambos para um lugar que a garota não havia visto, bem talvez sim.

_ Audrey , como irmã da Adele, devo lhe informar que as palavras que saíram da minha boca são as de pura sinceridade e lamento _ ele diz ainda de costas para ela._ Por mais que eu esteja errado, fiz isso para protege-la, como também a ti_

Escutando a fala dele, ela não hesita , seu pressentimento a diz que ele dita a verdade, nenhuma mentira se quer. Kristoffer anda pela biblioteca, abandonada depois de muito tempo, suja, com muita iluminação mesmo estando surrada de poeira e teias de aranhas que eram vistas nos cantos das paredes, teto e nos livros.

O mordomo segue direto pelo corredor de estantes, chegando no final dele, encontrando uma que tinha livros mais antigos, só que com capas transmitindo uma clareza por conta dos detalhes em ouro e um branco puro. Ele usa sua telecinese e pega um em sua mão direita, o livro continha uma capa azul escuro com um desenho, que não tem como decifrar por ter sido desgastado.

Abrindo o livro, Kristoffer para em uma página, mostrando-o a Audrey, ela vai até ele e visualiza atentamente, tendo um choque eminente, aquelas pessoas mostradas na folha pareciam ser conhecidas, um senhor à direita que seu rosto estava borrado, a imagem de Miranda ali a esquerda ao lado de uma moça que está no meio entre eles, parecia com ela e Adele.

Kristoffer entrega o livro para Audrey, pedindo-a que o lesse ali na sua presença e sem esperar, a mesma lê em pé mesmo. A cada página lida, vinha um sentimento de surpresa em sua mente e um rancor grande em seu coração transbordava.

A história contava mais da princesa Celestia, de como ela viveu e por quem se apaixonou. Audrey se mostra em dúvida, de como um anjo pode ter tido filhos com um demônio, e não era qualquer um, o próprio que se virou contra Deus.

Audrey olha para Kristoffer, com reprovação, ele entende sua reação e o constrangimento o domina. Quanto mais ela lia, mais raiva tinha daquele homem que o rosto não era revelado, cada detalhe que possui-a no livro era assustador.

_ Kristoffer..como pode?_ Audrey para, sua cabeça se encontra em confusão e sua ansiedade aumenta.

Seu coração batia acelerado, o que descobriu agora, filha de lúcifer e de Celestia? O pai não gostou do que sua filha tinha feito, Miranda era na verdade uma rainha. Era difícil de engolir aquilo, difícil de acreditar, Audrey sente vontade de fugir e faz isso, Kristoffer tenta impedi-la falhando, decidindo segui-la por onde ela fosse.

Sem saber onde ia, Audrey continuava correndo entre os arbustos, o coração antes acelerado, começou a desacelerar perante a sua parada lenta de fugir, seu corpo fica cansado mesmo com toda a sua resistência, aquela correria não deveria causar esse cansaço, a não ser por causa de seu coração e de sua paixão pelo Joseph que fazia seus hormônios mudarem e uma parte de sua personalidade fica em conflito, bem, mais ou menos.

Kristoffer a alcança, com pequenas dificuldades, ele avança na direção delas, colocando a sua mão no ombro dela e súplica.

_ Audrey por favor _ ele diz um pouco ofegante _ Me deixe explicar.

O toque dele contra seu ombro exposto fez ela descobrir o porquê, mesmo que isso também funcione sem o toque, a menção da verdade era mais sentida através dele. Kris foi impedido de falar por Celestia, sua suposta mãe, descobrindo que é a reencarnação da filha dela, assim como Adele, porém, possuem os mesmos nomes e características, tirando a personalidade de cada uma.

A sua feição mostra espanto, virando-se diretamente para Kristoffer que havia tirado a mão de seu ombro, já que não teria que falar nada.

_ Sabe que deve contar a ela_ Audrey fala num tom sério olhando-o acima dos cílios.

Ele assente que sim._ Eu pretendia falar a ela no seu aniversário de 18 anos, e não contei_ O mesmo para de falar para suspirar. _ Agora, mais do que nunca devo contar para ela, irei entregar este livro para que entenda melhor._

O rosto dele transparecia preocupação e medo, ele conhece Adele mais do que ninguém, mesmo que ela não tenha contado sobre umas coisas de seu relacionamento, ele sabe tudo o que ela esconde e o que ela não consegue esconder.

Audrey abaixa a cabeça e nota que está em um campo aberto, sua atenção vai para uma coruja rasga mortalha, que voa em direção ao céu com várias nuvens se rebelando, a paisagem se movimentava com o vento, a vegetação era vivida, com um caminho logo adiante dando de cara com uma floresta.

Ela sabia que deveria contar para Joseph, pois, não poderia esconder, em razão de que os dois estão conectados pela alma e algum tempo pelo corpo.

Um e outro voltam para a mansão, não tinha se passado a tarde toda, era exatamente 15:16, Audrey estava no banheiro tomando uma ducha, para tirar as impurezas de suas cicatrizes. Ela encara os pulsos, a água batia contra sua cabeça e descia até seus pés gélidos, uma água morna para acalmar suas emoções.

Seus braços tinham linhas retas e umas tortas, no caso as cicatrizes de cortes feitos por uma adaga celestial. Não foram profundos, já que previu uma mudança. Saindo do banho, ela troca de roupa ali mesmo, a mesma veste uma blusa branca, vestindo uma calça de couro e colocando a blusa por baixo dela, em seguida bota um espartilho por conta dos ferimentos, não poderia mexer muito as costas.

Ela o amarra com facilidade, depois disso calça botas de couro e seu cabelo cacheado, levando uma hora para isso. Sua autoestima fica um tanto alta por assim dizer, aquelas roupas traziam um ar de que essa é a Audrey de verdade.

Ninguém nunca havia visto ela de vestido, quem sabe algum dia. Audrey sai do banheiro, se direcionando para o seu quarto, esperando o trio, enquanto isso desenha em seu caderno de desenho, colocando o seu passatempo favorito em prática depois de um ano sem pegar um lápis e fazer o que gosta.

Chegando no horário das cinco, o instinto de Audrey é ativado, pressentindo um movimento que vai acontecer. Com seus reflexos rápidos, ela salta da cama olhando diretamente da janela, a mesma aciona um feitiço de proteção ao seu redor, que logo é atingido por uma explosão quebra a janela e a parede.

Audrey faz uma espada aparecer na sua mão direita, apontando pontualmente em quem ou o que tenha causado o estrago. Num olhar sério, face à face com o desconhecido.

Sua espada emana chamas do mais puro fogo infernal junto com o celestial, por mais que seja impossível, pode ser feito pelo próprio Deus Hefestos da mitologia grega. Os detalhes em um roxo vivido, ao todo um preto vindo do submundo com um pequeno diamante azul na bainha, o desenho enraizado do símbolo nephilins destacado.

Dando um passo a frente, sem tirar os olhos da sombra que se formou na sua presença, a mesma nota que é um cavaleiro angeliks, sua armadura dourada, do mais brilhante, pedras preciosas no elmo de sua cabeça, formava o sinal do primeiro cavaleiro da guarda real. Aparentemente tendo 1, 90 de altura, o corpo provavelmente formado por músculos, atrás dele as suas asas se mantinham fechadas.

Sim hesitação Audrey pergunta _ Quem é você?_ apontando a espada na direção do coração do cujo.

Ele humilha-se perante ela, deixando a sua espada amostra, frente ao seu corpo, mantendo-se ajoelhado_ Cavaleiro da primeira guarda Celestial, estou aqui para servi-la_ Ele abaixa a cabeça _ Jonas, a sua disposição, princesa Audrey _ o mesmo levanta o olhar.

Ainda apontando a espada para ele, pergunta se deveria confiar nele, suas palavras são verdadeiras, sua lealdade é mostrada por sua ação de se ajoelhar diante dela.

_ Pretende-me matar?_ a sua voz sai num grito sem intenção de alarmar .

O cavaleira se levanta _ Não vossa alteza! Eu sou devoto a sua mãe a herdeira do trono celeste, assim como você é e sua irmã _

Kristoffer aparece para eles ficando surpreso, ele mostrou conhecer o homem ali presente.

_ Jonas?_ pergunta ele.

_ Kris.._

Audrey olha para os dois_ Vocês se conhecem???_ a sua feição ainda permanecia séria, mesmo estando chocada por dentro.

_ Sim.._

_ Acho que devemos arrumar uma explicação _ ela diz isso olhando para a porta_ Eles estão chegando._

Audrey vê o estrago de seu quarto e fala as palavras de construção _ Crien ce, darri_

A destruição ficou intacta, parecendo como nova, os três pensavam no que dizer para eles.

Continua...

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