Capítulo 14-

Após a exaustiva noite de arranjos burocráticos e preocupações, Edgar finalmente tinha conseguido garantir a internação de Catarina no hospital psiquiátrico. A sensação de alívio era misturada com a exaustão que tomava conta de seu corpo e mente.

Ao chegar em casa, Edgar se deixou cair no sofá. Ele se sentia fisicamente esgotado, mas uma pontada de tranquilidade começava a se infiltrar em sua alma. Saber que Catarina estava recebendo o cuidado especializado que ela precisava era reconfortante.

O médico havia pedido para que durante a primeira semana de internação, Catarina não recebesse visitas. Ela precisava de um tempo para se adaptar ao ambiente hospitalar e iniciar o tratamento psicológico. Edgar concordou, sabendo que era o melhor para o processo de recuperação dela.

Ele então tomou um banho e se deitou na cama, sentindo-se como se um peso tivesse sido retirado de seus ombros. Estava grato por ter conseguido tomar as medidas necessárias para ajudar Catarina, mas o medo e a incerteza sobre o que a levou a tomar aquele ato desesperado ainda pairavam sobre ele.

Enquanto se acomodava na cama, Edgar pensava em tudo que havia acontecido. Ele sabia que o caminho para a recuperação de Catarina seria longo e desafiador, mas estava determinado a estar ao lado dela durante todo o processo. E, apesar do cansaço, uma esperança frágil começava a florescer em seu coração. Ele estava torcendo para que Catarina encontrasse forças para superar seus demônios interiores e que juntos pudessem construir um futuro mais feliz.

Com esses pensamentos, Edgar finalmente adormeceu, deixando-se levar pelos braços do sono, buscando descanso para seu corpo .

Inês estava muito preocupada, pois Edgar assim que acordou disse a ela que Catarina teve que ficar internada numa clínica psiquiátrica.

— Patrão mais a situação de saúde dela é tão grave assim, que tenha que ficar nesse hospital?

— Sim, Inês Catarina está muito desorientada, o médico resolveu internar ela para tratamento, lá ela terá acompanhamento diário.

Inês vendo que a situação chegou a este ponto, ela tinha que. Agir rápido, antes que tudo piorasse.

— Patrão eu sei que este momento é inoportuno, mais tenho que te revelar uma coisa?

— Pode falar Inês!

— Sei que a senhora estando assim internada você vai precisar muito de mim, mais eu só poderei ficar trabalhando aqui por mais dois dias, vou ter que mudar de cidade.

— Inês, isso é sério, realmente a situação se agrava, pois Liz está acostumada com você, e eu confio em você para cuidar dela, você tem certeza de que não poderá dar mais um tempo até a situação de Catarina melhorar?

— Patrão eu sinto muito, mais a minha mãe está muito doente eu vou embora para cuidar dela, pois ela está sendo cuidada por uma vizinha até eu retornar.

— Sendo assim, você tem que ir mesmo, mãe é tudo, mais é uma pena Inês, vou ver se consigo pensar em alguma solução.

Edgar estava pensativo, teria que arrumar uma babá de confiança para cuidar de Liz.

O celular dele tocou era Glace.

— Oi! Edgar, tudo bem?

— Minha querida, minha vida virou de ponta cabeça, se eu disser que estou bem, estarei mentindo, mais o que manda?

— Eu liguei mesmo só para saber se você, Catarina e Liz estão bem? Mais o que aconteceu?

— Catarina está internada numa clínica psiquiátrica, teve uns distúrbios mentais tomou uma dose excessiva de calmante.

— Amigo por que ela fez isso?

— Não sei Glace, eu queria saber o porquê também, apesar que ela andava bem estranha últimamente.

— Ela me pareceu tão tranquila, foi muito amável comigo e com Geovana no dia do churrasco.

— E para piorar a situação, a Inês a babá de Liz pediu demissão, vai mudar de cidade, só vai trabalhar por mais dois dias.

— Realmente isso é um grande. Problema, arrumar babá de confiança é muito difícil, vemos tantas situações de babas maltratando crianças que dá medo.

— sim, querida e a minha cabeça está a mil, não estou conseguindo pensar em nada, não estou achando uma solução.

— Edgar se você quiser eu posso ficar na sua casa por um tempo até você arrumar uma solução, poderei cuidar de Liz, já que agora o que eu faço é só cuidar da Geovana, poderei cuidar da Liz.

— Glace se não for tão difícil para você, eu vou aceitar pois será muito difícil para mim, não posso me afastar do trabalho estamos com muitos processos em andamento, e também tenho que ficar um pouco ao lado de Catarina.

— Não será difícil Edgar, Geovana não está me dando trabalho, só tenho que mudar o endereço da fisioterapia para sua casa, a fisioterapeuta vem três vezes por semana, se você não se importar.

— Claro não será problema nenhum, então estou contando com você.

Glace já estava com a mala dela e da Geovana pronta para passar um tempo na casa de Edgar.

Pois hoje a Inês iria embora, e Glace queria ajudar Edgar que sempre foi gentil com ela, e sempre a apoiou.

Edgar estava a tentar dar a papinha para Liz, enquanto Léa a empregada estava terminando o almoço.

Lea foi atender a porta era Glace e Geovana.

— Glace seja bem vinda, e mais uma vez muito obrigada, por me ajudar, como você vê Léa se ofereceu para ajudar com Liz, mais é muito trabalho ela não daria conta.

— Fica em paz eu Geovana e Liz vamos nos dar muito bem juntas, notícias de Catarina?

— Falei com o médico que está cuidando dela ontem, mais a situação do nervosismo dela e a confusão mental, tem piorado bastante, eles vão trocar a medicação para tentar reverter o caso, quero ir visitar Catarina, mais os médicos não aconselham.

— Que situação! Mais vai dar tudo certo.

— Glace eu vou ter que ir ao escritório, volto em mais ou menos duas horas, a Léa vai mostrar seu quarto, e te ajudar com as malas.

— Pode ir tranquilo eu ajeito-me aqui.

Edgar saiu, Glace subiu para o quarto e com a ajuda de Léa arrumou as roupas dela e da Geovana, depois desceu para brincar com Liz e Geovana no jardim.

Liz estava gostando muito de Glace, pois ela tinha prática em cuidar de crianças daquela idade

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