No Ônibus

Capítulo 4

Elay foi para sua postura profissional e começou a ditar quais eram suas reuniões e compromissos, mas Humberto estava prestando atenção na boca de Elay enquanto ela falava, pois ela tinha uns lábios lindos.

Elay disse: "Bom, senhor, é isso. Se não vai precisar de mim, vou voltar para minha mesa."

Humberto então disse: "Elay, queria te pedir desculpas por aquele dia no ônibus. Eu não sou tarado, porém não vou mentir que você fez meu corpo despertar."

Elay ficou super sem graça.

Humberto continuou: "Eu ia te pedir desculpas lá, mas você foi para trás e não tive tempo de falar."

Elay não sabia o que responder e nem aonde enfiar a cara. Elay falou: "Aceito suas desculpas, agora posso me retirar."

Humberto sorriu, aquele sorriso safado que fez o coração de Elay bater mais forte, e falou: "Pode."

Elay foi para sua mesa totalmente desconcertada com toda a situação, já que tudo o que aconteceu naquela sala a deixou super sem graça.

Elay pensou: "Meu Deus, está de brincadeira comigo, logo com ele. Como vou encará-lo dia a dia?"

Nisso, o telefone tocou.

Elay atendeu: uma mulher do outro lado da linha disse: "Preciso falar com seu chefe?"

Elay respondeu: "Bom dia, senhora. Só um minuto que vou ver se ele pode atender."

A mulher falou: "Lindinha, ele vai ter que atender, pois é a noiva dele."

Elay não sabia por que, mas ao escutar isso, ficou desapontada e disse: "Só um minuto que vou passar para ele."

Elay passou a ligação direto para Humberto. Dois segundos depois, ela escutou Humberto falando alto:

"Porra, Isadora, para de me ligar! Eu nunca vou me casar com você. Para com isso! E te aviso uma coisa: não venha aqui na empresa porque eu não vou te atender.

Passar bem, Isadora. Eu vou trabalhar, que tenho muita coisa para fazer."

Elay ficou escutando e parecia que ele tinha desligado o telefone. Ele ligou para Elay e disse: "Por favor, venha à minha sala."

Ela foi até a sala dele.

Humberto falou: "Elay, sei que você é nova aqui, mas por favor, por favor mesmo, nunca mais passe a ligação dessa mulher sem me avisar."

Elay falou: "Senhor, ela disse que era para eu passar para o senhor direto, que ela era sua noiva."

Humberto: "Essa louca não é minha noiva."

Humberto continuou: "Essa maluca tacou fogo nos meus lençóis." Elay ficou vermelha. Humberto disse: "Não é desse jeito que você está pensando, e realmente tacou fogo, tanto que eu fui parar no hospital, mas falou de um jeito engraçado."

Elay começou a rir e falou: "Desculpe, senhor." Humberto também riu.

Elay continua: não entende como tudo fica tão estranho e constrangedor quando estamos juntos.

Humberto parou de rir e falou: "Na verdade, nem eu, e não é assédio. Gosto do seu jeito."

Elay começou a gaguejar e falou: "Senhor, o senhor tem uma reunião agora. Vou para minha mesa pegar minha agenda."

Humberto: "Por que você não usa o tablet?"

Elay: "Eu uso também, mas prefiro a agenda."

Humberto: "Ok, te espero lá."

Humberto saiu para a sala de reunião.

Elay, na sua mesa: "Meu Deus, mal cheguei e já estou doida para ir embora. Me sinto tão envergonhada perto dele, e o que ele me fala faz meu coração disparar. Não sei o porquê disso."

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