O som das botas ecoava pelas vielas estreitas, enquanto Heitor e Caio avançavam com cuidado, percorrendo os pontos marcados no mapa a tensão no ar era densa; a cada esquina, um possível inimigo, um esconderijo de perigo iminente Heitor sentia a pressão de cada passo, seu corpo tenso, seus olhos atentos, mas, por mais que tentasse se concentrar no que estava à frente, uma sensação incômoda o fazia questionar a missão,ele sempre foi cuidadoso para jamais machucar um inocente.
— Cuidado — sussurrou Caio, passando por um beco escuro.
Eles estavam quase no centro do morro quando o som de disparos ecoou de um prédio abandonado à frente Heitor e Caio se abaixaram instintivamente, procurando cobertura.
— Temos companhia — Heitor murmurou, olhando para os lados.
Do outro lado da rua, uma mulher apareceu, saltando de trás de uma parede com agilidade impressionante ela estava armada com um fuzil e começou a disparar sem hesitar Heitor e Caio se abaixaram e se espalharam, atirando de volta.
Mas o que os surpreendeu não foi apenas a mulher estar armada, mas a sua habilidade ela derrubava os homens do BOPE com a precisão de um sniper experiente, se movendo com a graça de uma pantera cada disparo seu encontrava um alvo, e ela parecia nunca errar.
— Ela é boa! — Caio gritou, recarregando sua arma.
— Fique atento! — Heitor respondeu, ajustando o ponto de mira.
Mas, antes que eles tivessem tempo de reagir, a mulher virou uma esquina e desapareceu da vista deles o que aconteceu a seguir foi rápido e caótico.
De repente, mais uma mulher apareceu, mais jovem e com a mesma postura feroz ela apareceu de um lugar inesperado e apontou sua arma diretamente para Caio, seu dedo já quase no gatilho.
Caio congelou por um segundo, os olhos fixos na arma que estava a poucos metros de seu peito ele se preparava para agir, mas algo o fez hesitar,neste momento Heitor percebeu que ela não era apenas uma atiradora ela era a dona do morro,todos esperando por um homem e na verdade era uma mulher que levava o morro com mãos de ferro.
Foi então que a chuva começou a cair, de forma repentina e violenta, como se o próprio céu tivesse decidido mudar a dinâmica daquela noite as gotas de chuva foram rápidas, molhando os corpos dos agentes e os rostos dos combatentes.
Heitor, percebendo a mudança no clima, avançou mais um passo, pronto para desviar a atenção da mulher que estava com a arma em Caio no entanto, quando ele fez isso, a primeira mulher, que estava se preparando para disparar em Caio, virou sua arma para ele.
Agora, Heitor estava na mira a mulher não demonstrava hesitação, e o olhar de seus olhos era como uma lâmina afiada Caio, por sua vez, se abaixou e correu para o lado, tentando escapar do campo de visão da mulher que o tinha na mira.
Ambos estavam em um impasse, cada um se encarando, com as armas prontas para disparar o silêncio foi preenchido apenas pela chuva que caía pesadamente ao redor deles.
Heitor respirava profundamente, estudando a expressão da mulher diante dele ela não parecia estar apenas defendendo o morro ela agia como uma líder, a estrategista por trás de tudo, alguém que sabia exatamente o que fazia.
— O que você está fazendo aqui? — a mulher disse, a voz calma, mas cheia de autoridade.
Heitor não baixou a arma, mas olhou para ela com mais atenção, notando o quão confiante ela parecia ele sabia que não era apenas uma traficante qualquer, mas uma comandante, uma líder.
Caio, por outro lado, ainda estava se recuperando do susto e se afastou mais, olhando nervosamente para a mulher armada.
— O que você quer? — ele finalmente perguntou, quebrando o silêncio tenso.
A mulher não respondeu imediatamente ela só os observava com um olhar penetrante, como se estivesse avaliando se eles eram dignos de sua atenção.
A chuva continuava a cair, e o som da água batendo nas superfícies ao redor deles parecia aumentar a tensão no ar a batalha não era apenas uma luta física, mas também uma batalha de mentes.
— Nós não queremos briga — Heitor disse, baixando ligeiramente sua arma, mas sem deixar de observar cada movimento dela.
A mulher sorriu de forma sombria.
— Não estamos em busca de guerra mas aqui, no meu morro, você não manda. — Ela olhou para Caio. — E você... parece que está sempre pronto para uma festa, mas aqui, não estamos para brincadeiras,vou dar só um aviso saíam do meu morro antes que eu jogue seus corpos rolando.
Os dois homens trocavam olhares, reconhecendo que aquela era uma luta de poder que não poderia ser resolvida apenas com tiros.
O clima estava tenso, e a chuva, agora torrencial, parecia dar uma pausa, criando um silêncio momentâneo entre eles, antes de algo muito maior acontecer.
O som da chuva era o único que se ouvia no momento, Alicia e Luiza estavam ali, diante dos dois policiais, suas armas ainda apontadas, seus olhos fixos em Heitor e Caio o ar estava pesado, carregado de um ódio silencioso, como se qualquer movimento errado pudesse resultar em uma explosão de violência mas, por algum motivo, ninguém puxou o gatilho nenhum dos dois lados avançou a tensão era visível, quase eletricamente carregada.
Alicia estava congelada, observando Heitor, suas mãos firmes segurando a arma, mas sua mente vagava em algum lugar distante Luiza, ao seu lado, parecia igualmente perturbada, mas sua lealdade estava com a chefe, e ela não iria tomar nenhuma decisão sem sua permissão.
Os olhos de Alicia se fixaram em Heitor, tentando ler algo naquele policial o que ele queria? Ele estava ali para destruir tudo, como sempre, ou havia algo mais por trás da missão dele?
O olhar deles se encontrava, mas não havia palavras o desejo de vingança era forte, mas algo mais profundo os impedia de agir Alicia não sabia se era a surpresa de ver alguém como Heitor ali, tão próximo dela, ou se era algum tipo de reconhecimento silencioso entre os dois, mas, por mais que a vontade de atirar estivesse ali, algo a fazia hesitar.
Luiza, por outro lado, estava mais impaciente seu dedo estava no gatilho, e ela não tinha o mesmo controle emocional ela queria ver a morte de perto, queria ver os dois cair ali mesmo, para mostrar a todos que eles não poderiam simplesmente invadir o território dela sem sofrer as consequências.
Mas, antes que qualquer um pudesse tomar uma decisão, o som do rádio estalou, cortando a tensão no ar.
— Recuem repetindo: recuem imediatamente o chefe foi capturado todos, recuem!
Alicia, ainda com a arma em mãos, virou-se rapidamente para olhar Luiza seus olhos se encontraram, e o que não foi dito entre elas foi claro: havia algo mais acontecendo algo que poderia mudar toda a situação.
— O chefe? — Alicia murmurou, seu corpo tenso, mas agora com a mente voltando ao foco ela sabia que não era ela quem estavam falando, mas a dúvida pairava no ar quem seria o chefe que havia sido capturado?
Luiza deu um passo atrás, sua expressão se tornando mais séria ela sabia que não podiam perder mais tempo ali as respostas estavam mais distantes agora, e, se eles não se retirassem imediatamente, poderia ser tarde demais.
Os olhos de Alicia, ainda fixados em Heitor, pareciam pesar sobre ele, mas ela finalmente desviou o olhar e deu a ordem:
— Vamos sair.
Ela se virou para Luiza, que concordou com um aceno as duas, sem mais uma palavra, começaram a correr, desaparecendo na escuridão da noite.
Heitor e Caio ficaram observando, mas não fizeram movimento algum estavam perplexos, mas sabiam que estavam perdendo tempo algo muito maior estava acontecendo ali, e era melhor garantir a retirada antes que fossem pegos.
— Vamos — Heitor murmurou, e os dois começaram a recuar, se retirando pela mesma trilha pela qual chegaram.
Enquanto isso, Alicia e Luiza se afastavam rapidamente, a mente de Alicia agora focada no mistério sobre quem haviam capturado ela sabia que isso mudaria os rumos de tudo, e uma guerra que parecia iminente poderia agora ser adiada, ou, quem sabe, se tornar mais intensa.
O confronto havia terminado, mas o jogo, agora, era ainda mais perigoso.
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Regiane Santos Pereira
concerteza é o Erick..
2025-02-13
1
Boravercuriosa🌹🌪️
Será o Erick?🤔🤔🤔
2025-02-11
1
Jessika Danta
interessante ☺️☺️☺️☺️
2025-01-07
1