Alice Delfino.
A mão da pessoa que me segurava ainda cobria minha boca me impedindo de gritar, tento me soltar do seu agarre mas o esforço era em vão.
— Acho bom você ficar quieta, bonequinha — a pessoa que me segurava sussurra no meu ouvido.
A voz não me era estranha, mas eu não me lembrava de onde eu havia escutado.
Meu peito subia e descia rapidamente e o medo começava a me apavorar. Tento não olhar para frente, para não assistir aquela cena.
— Se você prometer não gritar eu tiro minha mão da sua boca — o homem fala e eu concordo com a cabeça — se fizer alguma graça eu acabo com você — fala e retira a mão da minha boca.
— Me solta, por favor — peço, mas só escuto apenas um risinho escapar do seus lábios.
— Porque eu deveria fazer isso? — indaga.
— Não era para mim está aqui — falo.
— Não era! Mas agora está, entrou em um lugar proibido sem a permissão de ninguém.
— Eu estava atrás da minha amiga — falo.
— Não farei nada com você — o homem diz — se você for uma boa garota.
— O que você quer de mim? — pergunto.
— O que você tem a me oferecer? — ele indaga.
— Prometo que não contarei a ninguém — digo, só que mais uma vez um risinho escapa do seus lábios.
— Não ligo para o seu silêncio — ele diz e solta minha cintura se afastando do meu corpo um pouco.
Me viro rapidamente e encaro a figura do homem alto que me prendia contra seu corpo a segundos atrás.
Seus cabelos estavam penteados para trás. Ele vestia uma calça jeans preta e uma camiseta de manga comprida da mesma cor, e uma máscara cobria seus olhos não me permitindo ver seu rosto.
Ele não me era estranho, mas eu não sabia de onde eu já havia o visto.
— Por favor — sussurro, mas ele não responde nada.
Tento sair do quarto mas ele agarra novamente minha cintura. Ele me vira rapidamente me fazendo ficar com a costa prensada em seu peitoral forte. O homem o qual eu não sabia o nome, não me era estranho, ele dá um passo para frente junto comigo e nos esconde em um canto escuro do quarto.
Mas ainda dava para ver nitidamente o homem com as duas mulheres na cama.
Fecho os meus para não ver o que estava acontecendo, mas sua mão aperta forte minha cintura me fazendo soltar um gemido baixo.
— Abra os olhos bonequinha — ele sussurra no meu ouvido.
— Não quero — falo.
— Mas vai — afirma.
— Por favor — imploro novamente.
— Abra os olhos que prometo pensar no seu caso — ele diz.
Abro os olhos ainda com receio e viro o rosto rapidamente de lado para que eu não veja o que estava rolando.
— Isso é errado — falo — é um momento deles.
— Não somos os únicos assistindo — ele diz e vejo um sorriso brincar em seus lábios.
— Como? — pergunto
— Olhe para frente e você verá — sussurra.
Olho para frente e tento ver algo além das duas mulheres e o homem se pegando.
— Não tem ninguém — falo.
— Tem sim — ele afirma — mas a gente não pode ver eles, mas eles conseguem ver tudo o que eles estão fazendo.
— Eles estão nos vendo? — pergunto com receio.
— A gente não, mas eles sim.
— Porque estão assistindo? — indago.
— Porque é excitante — ele diz — por detrás daqueles vidros tem gente assistindo tudo o que eles fazem. Alguns usam a cena para se masturbarem, enquanto outros estão fodendo enquanto assistem.
— Eles sabem disso?
— Sabem bonequinha e pode ter certeza que eles devem imaginar a cara de cada pessoa assistindo ou imaginando o que estão fazendo.
— Não gosto disso — sussurro.
— Mas eles gostam e isso dará prazer a eles.
— Me deixe ir por favor.
— Assista — ele ordena e encosta a ponta do seu nariz em meus cabelos, inalando o cheiro deles.
— Mas…
— Só assista — me encoraja.
Olho para frente, vendo o homem movimentando seu membro enquanto uma das mulheres estava posicionada no meio das pernas da outra mamando sua intimidade. O quarto era preenchido por gemidos e grunhidos e aquilo parecia dar tesão a eles.
Sinto meu corpo se esquentando e minhas bochechas queimando completamente constrangida. O corpo do estranho estava cada vez mais colado ao meu, sua respiração estava em meu pescoço e seu perfume invadia meu nariz me deixando embriagada.
Suas mãos seguravam minha cintura com possessividade e os pelos do meu corpo estavam arrepiados.
— O que você sente? — ele sussurra em meu ouvido.
— Nada — falo.
— Mentirosa — ele fala e sua boca para a centímetros de distância do meu ouvido — seus seios estão rígidos, sua pele está arrepiada e tenho certeza que se eu enfiar minha mão por dentro de sua calcinha ela estará encharcada — ele sussurra com a voz rouca em meu ouvido, enviando uma onda de adrenalina para meu corpo todo.
“mas que merda estava acontecendo aqui”
A mão do desconhecido desceu para minha coxa e começou a entrar pela fenda do vestido. Sinto minha calcinha ficar úmida e uma ansiedade me invade se concentrando abaixo do meu útero.
“eu não poderia estar excitada”
Olho para frente no exato momento que o homem penetra duro e rígido uma das mulheres, enquanto a outra captura o seios da mulher com a boca e desliza uma de suas mãos pela barriga lisa da mulher até chegar no seu clitóris e começa a acariciá-la fazendo ela gemer mais alto.
— Está excitada — ele diz e deposita um beijo em meu pescoço.
Eu não estava com medo dele, era diferente do que eu sentia. Era uma sensação nova e gostosa, algo surreal e que eu nunca havia sentido antes.
Mesmo que minha mente gritasse para me afastar dele e sair correndo, o meu corpo não obedecia me fazendo ficar presa no seu agarre.
— Foque neles bonequinha — ele fala e só agora percebo que eu havia fechado os olhos.
A mulher estava de quatro, enquanto o homem socava com força e a outra acariciava suas bolas. A mulher se afasta do homem após beijá-lo e caminha para frente da mulher se sentando na cama com as pernas abertas, deixando claro o que ela queria.
A mulher que o homem fodia começa a acariciar o clitóris da outra mulher e a penetra com dois dedos e logo em seguida começa a chupa-la, enquanto metia seus dedos dentro dela.
Sinto o membro duro do homem em minhas costas e fecho novamente os olhos. Uma de suas mãos desliza por minha barriga até chegar em meu pescoço o qual ele aperta me fazendo abrir os olhos, o aperto não era forte, mas era o suficiente para dificultar minha respiração.
— Você não imagina o quanto que eu quero foder você — ele diz e me vira de frente para ele.
Seus olhos recaem para os meus lábios me fazendo prender a respiração. Mordo meus lábios tentando conter o desejo repentino que ele havia despertado em mim.
Sua boca paira a centímetros da minha e quando ele ia me beijar eu recuo meu rosto, fazendo ele me encarar com sua sobrancelha arqueada e o maxilar trincado.
— Nunca ficarei com você — afirmo e quando ele vacila saio do seu agarre e corro para fora daquele lugar.
Vejo o homem que estava comigo a segundos atrás me seguindo e quando saiu daquele corredor atravessando a porta um dos seguranças me segura.
— Me solta — falo mas por sorte Lara aparece bem na hora.
— Solte ela grandalhão, ela está comigo — Lara fala e ele me solta — estava procurando por você.
— Vamos embora, por favor — falo e olho para trás vendo ele se aproximar cada vez mais.
Seguro na mão de Lara e começo a arrastá-la para fora da boate com presa.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Aldenora Tavares
esse cara é um devasso pelo visto gosta de trisal
2025-03-06
1
Germana Gomes
homens com dinheiro acham que as pessoas são descartáveis
2025-03-26
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Ana Lúcia De Oliveira
na vida real também Cleidilene Silva
2025-03-12
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