Capítulo 11

Será que é amor Lincon.

O amor à primeira vista refere-se a uma atração instantânea por alguém que acabou de conhecer, percebida como um fenômeno romântico intenso. A existência do amor à primeira vista é debatida na comunidade científica e psicológica. Alguns especialistas argumentam que o que se experimenta é uma atração física intensa baseada na aparência ou gestos do outro, que pode ser o prelúdio de sentimentos amorosos mais profundos à medida que o relacionamento se desenvolve. Outros sugerem que o amor à primeira vista é mais uma “flechada emocional”, na qual a conexão instantânea é tão forte que é interpretada como amor. Será que isso acaba de acontecer com Lincon, mas ele não descobrirá isso agora porque acorda ao som do telefone extremamente sozinho.

📞Lincon — Alô!

📞Silvio — Me desculpe acordá-lo senhor, mas liguei para o interfone e o senhor não atendeu.

📞Lincon — Silvio! Que horas são? — Pergunto ainda sonolento.

— Me levanto rapidamente da cama e olhando para o relógio vejo que já passa das oito, o dia simplesmente já amanheceu e eu dormir feito pedra quando me dou conta que continuo ao telefone.

📞Lincon — Pode falar Silvio, qual é o problema?

📞Silvio — A diarista está aqui na portaria senhor.

📞Lincon — Ah, sim, pode liberar a entrada dela, Silvio, obrigado.

— Ainda sonolento desligo a ligação e olhando para a cama percebo que estou sozinho, então me levanto rapidamente, vou até o banheiro…

Lincon — Evelyn… Evelyn!

— Chamo pela Evelyn duas vezes e assim que chego a sala avisto um bilhete em cima de um móvel e logo o pego.

📝Não queria te acordar porque estava lindo dormindo, foi uma noite maravilhosa Lincon, te agradeço por tudo, mas não quero te incomodar mais e decidir te deixar dormir e ir embora, você é um homem incrível e maravilhoso em tudo. Peguei uma de suas jaquetas no seu closet, pois o frio está terrível, mas te mando de volta por um motoboy. Você não me ofendeu, tá, um beijo, Evelyn. ❤

— Leio o bilhete sem entender porque a Evelyn foi embora assim e sentindo o cheiro do seu perfume que está impregnado no papel quando sou interrompido pela companhia, mas estou usando apenas box. Volto para o quarto correndo visto um short rapidamente e corro para abrir a porta para a diarista.

Diarista — Bom dia, senhor! Perdeu a hora?

Lincon — Bom dia, Yara, entra por favor e me dá só um minuto, eu não demoro. — Falo com ela bem apressado.

— Saio como um louco e para a minha sorte não chove, mas está frio, coisa bem comum em São Paulo e assim que chego a portaria do condomínio onde o porteiro encontra-se.

Silvio — Algum problema, senhor Rezende?

Lincon — Silvio, como você sabe cheguei acompanhado ontem a noite, a que horas a mulher que estava comigo saiu da minha casa? — Pergunto bastante decepcionado.

Silvio — Há mais ou menos uma hora, senhor, a senhorita chamou um carro por aplicativo que chegou em poucos minutos e ela foi embora.

Lincon — Você anotou a placa do carro Silvio? — Pergunto bem chateado.

Silvio — Mas é claro, senhor, isso é uma norma do condomínio.

Lincon — Faltam obedecer à norma de não deixar as pessoas saírem sem autorização. — Resmungo bem baixinho.

— O porteiro vai até a sua guarita e pega um papel com o número da placa e modelo do carro por aplicativo que veio buscar a Evelyn e logo me entrega.

Silvio — Aqui está senhor Rezende.

Lincon — Onde está a norma de ninguém sair desse condomínio sem autorização ou ser indentificado? — Falo com o porteiro irritado.

Silvio — Eu iria interfonar para o senhor, mas a senhorita se identificou, falou que era uma amiga e pediu para não incomodá-lo já que estava dormindo, como ela só carregava uma bolsa a liberei.

Lincon — Está tudo bem, Silvio, esse não é horário do Pedro? — Questiono-o.

Silvio — É sim senhor, mas ele teve um imprevisto e se atrasará mais um pouco.

Lincon — Entendo, obrigado por anotar essas informações. — Agradeço bem desgostoso.

— Saio da portaria insatisfeito e irritado por não poder ter evitado que a Evelyn fosse embora sem que eu a levasse para casa. Volto para casa e assim que entro a diarista me olha já que estou somente de short simples, daqueles que se usa em casa quando se está pouco mais a vontade.

Yara — Perdeu a hora senhor? — Pergunto um pouco sem jeito.

Lincon — É Yara perdi, sim, por favor troque os lençóis da cama. — Ordeno educadamente a diarista.

Yara — Como o senhor quiser, estive na cozinha, parece que passou um furacão nela, é sempre tão limpa e organizada.

Lincon — Passei a noite acompanhado Yara, mas se limpar aquela bagunça estiver fora das suas obrigações e você passar do horário pago extra, não se preocupe. — Falo com ela um pouco apressado.

Yara — Não irá me atrapalhar senhor arrumo aquela cozinha num instante.

Lincon — Obrigado Yara, já sabe onde fica tudo, vou para o meu quarto.

— Yara apenas concorda balançando a cabeça e finalmente vou para o meu quarto fazer a minha higiene matinal já que acordei com a ligação do Silvio. No quarto o cheiro da Evelyn permanece me deixando ainda mais irritado porque simplesmente não sei nada dela além do nome, que mora em Osasco, como eu não peguei nem ao menos o número do celular dela. Preciso entrar em contato com a empresa de carro por aplicativo e descobrir quem veio buscá-la…