Capítulo XIII. Princesas da Saboia.

LUÍSA CRISTINA DE SABOIA

Luísa Cristina de Saboia (Turim, 27 de julho de 1629 - Turim, 12 de maio de 1692) foi uma princesa da Casa de Saboia.

Era filha mais velha do duque Vítor Amadeu I de Saboia e sua esposa, a princesa Cristina da França, filha do rei Henrique IV da França e de Maria de Médici. O seu nascimento foi controverso pois seus pais ansiavam por um herdeiro varão e rumores circulavam alegando que Luísa Cristina seria filha de Cristina da França com um cortesão francês, de apelido Pommeuse. Em certa altura, sua ambiciosa mãe cogitou casá-la com o rei Carlos II da Inglaterra.

Luísa Cristina casou-se em setembro de 1642 aos quatorze anos com o tio, o cardeal Maurício de Saboia, que na altura tinha cinquenta anos de idade. O casal não teve filhos e as grandes obras de arte que o casal possuía e sua residência real foram herdados pela sobrinha de Luísa Cristina, Ana Maria de Orleães, casada com Vítor Amadeu II de Saboia.

Ela faleceu a 12 de maio de 1692 em Turim.

Referências:

Marek, Miroslav. "Savoy 3", Ludovica Christina, Genealogy.EU.

Osborne, Toby. Dynasty and Diplomacy in the Court of Savoy: Political Culture and the Thirty Years' War. Cambridge University Press. 2007. 41.

Vitelleschi, Marchese: The romance of Savoy, Victor Amadeus II. and his Stuart bride Volume II. Nova Iorque: Harvard College Library. 1905. 345.

Williams, H. Noel. A Rose of Savoy, Marie Adelaide of Savoy, duchesse de Bourgogne, Mother of Louis XV. Nova Iorque. 1909. 342.

MARGARIDA VIOLANTE DE SABOIA

Margarida Violante de Saboia (Turim, 15 de novembro de 1635 - Colorno, 29 de abril de 1663), foi uma princesa de Saboia e Duquesa consorte de Parma. Era filha de Vítor Amadeu I, Duque de Saboia e de Cristina da França, filha do rei Henrique IV da França.

Nascida como uma princesa do Ducado de Saboia, Margarida Violante era a quinta filha, segunda menina, do duque Vítor Amadeu I de Saboia, com sua esposa a princesa Cristina da França. Pertencia a através de seu pai a Casa de Saboia, uma das mais antigas dinastias da Europa. A mãe de Margarida Violante, a princesa Cristina da França, era filha de Henrique IV da França e irmã mais nova de Luís XIII da França, e tia de Luís XIV da França.

Sua ambiciona mãe queria que Margarida desposasse seu primo, o rei Luís XIV da França, entretanto o monarca se casou com a infanta espanhola Maria Teresa de Áustria. Após o fracasso das negociações de casamento com a França, Margarida Violante aceitou casar-se com Rainúncio II Farnésio, duque de Parma e Placência. Desta união nasceram uma menina natimorta, a 14 de dezembro de 1661, e um varão, nascido em 27 de abril de 1663 e morto três dias depois do nascimento, a 30 de abril de 1663.

Margarida Violante faleceu em 29 de abril de 1663, aos 27 anos de idade, em decorrência de seu último parto. Está sepultada no Santuário de Santa Maria della Steccata em Parma junto a outros membros da Família Farnésio.

Descendência:

Com seu marido, Rainúncio II Farnésio, tiveram dois filhos que não sobreviveram à infância:

Filha natimorta (14 de dezembro de 1661);

Menino (27 de abril de 1663 - 28 de abril de 1663);

Referências:

Farnèse (Odoard). Nouvelle Biographie Générale, Bd. 17 (1856), S. 127.

Farnese 2, genealogy.euweb.cz

Farnese family, Enyclopædia Britannica

HENRIQUETA ADELAIDE DE SABOIA

Henriqueta Adelaide de Saboia (Castello del Valentino, 6 de novembro de 1636 – Palácio Nymphenburg, 13 de junho de 1676), foi uma princesa da Casa de Saboia que casou com Fernando Maria, Eleitor da Baviera. Detinha grande influência política no seu país adotivo que utilizou para melhor o bem estar na Baviera.

Nascida no Castello del Valentino, em Turim, ela era gémea de outra menina, a Princesa Catarina Beatriz (Caterina Beatrice), que morreu em Turim no dia 26 de agosto de 1637. Em 7 de outubro de 1637 perdeu o seu pai, Vítor Amadeu I, Duque de Saboia, quando tinha apenas um ano de idade. A sua mãe, Cristina da França, era filha do rei Henrique IV e de Maria de Médici.

Após a morte do pai, a mãe foi regente dos estados de Saboia dada a menoridade de dois dos irmãos de Henriqueta Adelaide: Francisco Jacinto (1632–1638) e, após a morte deste, Carlos Emanuel II (1634–1675). Os seus tios, os príncipes Maurício de Saboia e Tomás Francisco, Príncipe de Carignano, conspiravam contra a cunhada e contra o seu séquito de conselheiros franceses.

Quando o primeiro herdeiro, Francisco Jacinto, morreu em 1638, os irmãos Mauricio e Tomas iniciaram a Guerra Civil Piemontesa com apoio espanhol. Os dois partidos na Guerra eram conhecidos como "principisti" (apoiantes dos príncipes) e "madamisti" (apoiantes da "Madama Reale," a regente Cristina). Com o apoio do seu irmão, o rei Luís XIII de França, a regente e rainha viúva conseguiu derrotar os que a desafiaram.

Em 8 de dezembro de 1650, Henriqueta Adelaide casou com Fernando Maria, herdeiro do Príncipe-Eleitor da Baviera. No ano seguinte ele herdou a coroa quando seu pai, Maximiliano I, Eleitor da Baviera, morreu.

Henriqueta Adelaide teve uma forte influência nas relações exteriors bávaras a favor da França, a cuja família real pertencia a sua mãe. Isto levou a uma aliança entre a França e a Baviera contra o Sacro Imperador. Um dos resultados desta aliança foi o casamento da filha mais velha de Henriqueta Adelaide, Maria Ana Vitória, com o seu primo Luís, Grande Delfim de França (le Grand Dauphin), em 1680.

Ela teve um papel dirigente na construção do Palácio Nymphenburg e da Igreja Theatiner, em Munique. Muitos artistas italianos foram convidados para Munique, e ela também foi responsável pela introdução da ópera italiana na corte bávara.

Henriqueta morreu em Munique e foi sepultada na igreja Theatiner, templo cuja construção fora ordenada pelo marido como agradecimento pelo nascimento do tão esperado herdeiro da coroa bávara, o príncipe Maximilano Emanuel, em 1662.

Do casamento com Fernando Maria, Eleitor da Baviera teve sete filhos, e sofreu três abortos:

Maria Ana Vitória (1660–1690), casou-se com Luís, Grande Delfim de França, com descendência;

Aborto espontâneo (1661)

Maximiliano II Emanuel (1662–1726), casou-se em primeiras núpcias com Maria Antônia da Áustria, com descendência, e em segundas núpcias com Teresa Cunegunda Sobieska, também com descendência;

Luísa Margarida Antônia (1663–1665), morreu na infância;

Aborto espontâneo (1664)

Luís Amadeu Vítor (1665–1665), morreu na infância;

Filho natimorto (1666)

Caetano Maria Francisco (1670–1670), morreu na infância;

José Clemente (1671–1723), príncipe-eleitor e Arcebispo de Colónia, nunca se casou e nem teve descendência;

Violante Beatriz (1673–1731), casou-se com Fernando de Médici, Grão-Príncipe da Toscana, sem descendência.

Aborto espontâneo (1674)

Títulos e tratamentos:

6 de novembro de 1636 – 8 de dezembro de 1650: Sua Alteza, a princesa Henriqueta Adelaide de Saboia

8 de dezembro de 1650 – 27 de setembro de 1651: Sua Alteza Sereníssima, a Princesa-eleitoral da Baviera

27 de setembro de 1651 – 13 de junho de 1676:Sua Alteza Sereníssima, a Eleitora da Baviera

Referências:

Preuß: Henriette Adelheid, Kurfürstin von Baiern [In:] Allgemeine Deutsche Biographie (Allgemeine Deutsche Biographie - ADB). vol. 50, Duncker & Humblot, Leipzig 1905, pp. 198–200.

Roswitha von Bary: Henriette Adelaide. Kurfürstin von Bayern. Pustet, Regensburg 2004, ISBN 3-7917-1873-8.

Cornelia Kemp: Das Herzkabinett der Kurfürstin Henriette Adelaide in der Münchner Residenz. Eine preziöse Liebeskonzeption und ihre Ikonographie [In:] Münchner Jahrbuch der bildenden Kunst 33, 1982, ISSN 0077-1899, pp. 131–154.

Reinhold Baumstark: Abbild und Überhöhung in der höfischen Malerei unter Henriette Adelaide und dem jungen Max Emanuel [In:] Hubert Glaser: Kurfürst Max Emanuel. Bayern und Europa um 1700. vol. I: Zur Geschichte und Kunstgeschichte der Max-Emanuel-Zeit. Hirmer, Munich 1976, ISBN 3-7774-2790-X, pp. 171–205.

Else Strobl (ed.). «Adelheid (Henriette Maria Adelaide)». Neue Deutsche Biographie (NDB) (em alemão). 1. 1953. Berlim: Duncker & Humblot. pp. 58 et seq..

MARIA ADELAIDE DE SABOIA

Maria Adelaide de Saboia (Turim, 6 de dezembro de 1685 – Versalhes, 12 de fevereiro de 1712), princesa de Saboia, foi a esposa de Luís, Duque da Borgonha e mãe do rei Luís XV de França. Era filha de Vítor Amadeu II, Duque de Saboia, futuro Vítor Amadeu II da Sardenha, e de sua esposa Ana Maria de Orleães.

Nascida no Palácio Real de Turim em 6 de dezembro de 1685, Maria Adelaide era a primogênita de Vítor Amadeu II, Duque de Saboia,e da princesa francesa Ana Maria de Orleães, sobrinha de Luís XIV de França, e filha de Filipe da França, Duque de Orleães e sua primeira esposa, Henriqueta Ana da Inglaterra. Seu parto quase custou a vida de sua mãe, que na altura, tinha somente dezesseis anos. Maria Adelaide desfrutou de uma relação particularmente estreita com a sua avó, bem como com a mãe, que, apesar do protocolo, estava a criar os seus próprios filhos, o que era bastante incomum entre a realeza da época. Quando crianças, ela e sua irmã Maria Luísa frequentavam frenquentemente o Vigno di Madama fora de Turim e faziam visitas semanais à sua avó no Palazzo Madama, em Turim.

Vítor Amadeu tinha proposto inicialmente Maria Adelaide como uma noiva em potencial ao arquiduque José, mas o imperador Leopoldo I tinha rejeitado a proposta por conta de sua pouca idade. O Tratado de Turim foi negociado sob a influência do marechal de Tessé que sugeriu que Maria Adelaide fosse enviada a França para terminar sua educação afim de casá-la com o duque da Borgonha.

Ao chegar à França, Luís XIV, que viera para recebê-la, encontrou-a em Montargis, em 4 de novembro de 1696, e ficou muito satisfeito com a princesa. Como ainda era uma menina de onze anos, o casamento não ocorreu imediatamente e, em vez disso, três dias por semana, Maria Adelaide era submetida a aulas na Maison royale de Saint-Louis, a escola de meninas que Madame de Maintenon tinha fundado em 1684 em Saint-Cyr, nos arredores de Versalhes.

Em 6 de dezembro de 1697, em seu décimo segundo aniversário, a princesa Maria Adelaide casou-se formalmente com o Luís, Duque da Borgonha no Palácio de Versalhes. O evento ocorreu após a assinatura do Tratado de Rijswijk que pôs fim a Guerra dos Nove Anos. Seu marido era o filho mais velho e herdeiro aparente de Luís, Delfim da França e Maria Ana Vitória da Baviera.

A nova duquesa da Borgonha tinha uma estreita relação com o rei Luís XIV e com Madame de Maintenon. Sua chegada a Versalhes foi descrita como "uma lufada de ar fresco", revivendo o pátio opaco da corte. Maria Adelaide também mantinha estreita correspondência com seus pais e avó.

Ela usou sua influência sobre o velho rei para impedir que seus inimigos políticos promovessem suas causas. Sua grande inimiga era a duquesa de Orleães, filha ilegítima de Luís XIV e sua amante, Madame de Montespan. A duquesa de Orleãe queria que sua filha, Maria Luísa Isabel de Orleães, se casasse com Carlos, Duque de Berry, filho mais novo de Luís, Delfim da França. Para manter sua influência sobre o rei, a duquesa de Borgonha organizou o casamento do duque de Berry com Maria Luísa de Orleães. A influente Maria Adelaide também trouxe a desgraça para Luís José, Duque de Vendôme, um grande militar da época.

A duquesa de Borgonha deu à luz seu primeiro filho em 1704. A criança, um menino que viveu por pouco tempo, recebeu o título de "Duque de Bretanha"antes de sua morte, em 1705. Maria Adelaide teve mais duas crianças em 1707 e 1710. Seu filho mais novo, a única criança a sobreviver, mais tarde tornou-se o rei Luís XV de França.

No início de abril de 1711, seu sogro Luís, Delfim da França contraiu varíola e morreu no dia 14 de abril de 1711 no Castelo de Meudon. Após a morte de Luís, Maria Adelaide e seu marido tornaram-se delfim e delfina de França.

A corte de luto viajou a Fontainebleau em fevereiro de 1712. Em Fontainebleau, Maria Adelaide pegou uma febre que se acometeu em sarampo. Tendo sido sangrada e dada emética, ela morreu em Versalhes aos vinte e seis anos de idade. Luís XIV e Madame de Maintenon mergulharam-se em tristeza. Madame disse mais tarde que Maria Adelaide era uma das duas únicas pessoas que Luís XIV amara verdadeiramente em sua vida, sendo a outra Ana da Áustria, a mãe do rei. Após a morte da delfina, a família real se mudou para o Castelo de Marly para evitar a propagação da infecção. Foi em Marly que o próprio delfim morreu seis dias depois, tendo apanhado o sarampo de sua esposa.

O casal foi enterrado na Basílica de Saint-Denis em 23 de fevereiro de 1712. Seu filho, o duque de Bretanha morreu em março daquele ano com sarampo. O único filho a sobreviver à epidemia foi o futuro Luís XV de França que estava trancado dentro de seus apartamentos com sua governanta Madame de Ventadour para evitar ser sangrado até a morte por médicos como o seu irmão mais velho. Madame de Ventadour ficou famosa por ter salvado a vida do pequeno príncipe. Luís XV posteriormente nomeou sua quarta filha Maria Adelaide em honra de sua mãe.

Descendência:

Luís, Duque de Bretanha (25 de junho de 1704 - 13 de abril de 1705), morreu de convulsões;

Luís, Duque da Bretanha (8 de janeiro de 1707 - 8 de março de 1712), morreu de sarampo;

Luís XV de França (15 de fevereiro de 1710 - 10 de maio de 1774), Rei da França; casou-se com Maria Leszczyńska, com descendência; morreu de varíola.

Referências:

Fraser, Antonia (2006). Love and Louis XIV; The Women in the Life of the Sun King. London: Anchor Books. ISBN 0-7538-2293-8

Mitford, Nancy (1966). The Sun King. London: Penguin Publishing. ISBN 0-14-023967-7

Symcox, Geoffrey (1983). Victor Amadeus II: absolutism in the Savoyard State, 1675-1730. [S.l.]: University of California Press. ISBN 978-0-520-04974-1

Williams, H. Noel (1909). A Rose of Savoy, Marie Adelaide of Savoy, duchesse de Bourgogne, Mother of Louis XV. New York: Charles Scribner's Sons.

MARIA LUÍSA DE SABOIA

Maria Luísa Gabriela (Turim, 17 de setembro de 1688 – Madrid, 14 de fevereiro de 1714) foi a primeira esposa do rei Filipe V e Rainha Consorte da Espanha de 1701 até sua morte. Era filha do então Vítor Amadeu II, Duque de Saboia, e sua esposa a princesa Ana Maria de Orleães.

Ela era filha de Vítor Amadeu II, Duque de Saboia e de Ana Maria de Orleães (filha do duque Filipe da França, duque de Orleães, irmão de Luís XIV de França) sua irmã mais velha Maria Adelaide de Saboia foi duquesa de Borgonha e mãe do rei Luís XV.

Em 3 de novembro de 1701 com apenas treze anos de idade contraiu matrimônio com seu primo, o rei Filipe V (primeiro rei espanhol da Casa de Bourbon), neto do rei Luís XIV.

Sob a influência de Marie Anne de La Trémoille e do cardeal Portocarreño, foi nomeada governadora e administradora geral quando seu esposo esteve na Guerra da Sucessão Espanhola, agindo com responsabilidade durante toda a guerra. É considerada uma eficaz rainha regente e uma governadora muito competente, dedicada aos destinos nacionais espanhóis. Foi também a mãe do rei da Espanha Fernando VI.

Faleceu aos 25 anos de idade devido ao mal de escrófulas (no pescoço) e depois de grande agonia.

De seu marido Filipe V de Espanha, Maria Luísa Gabriela deu à luz seu primeiro filho em 1707. Ela deu à luz mais três filhos, dois dos quais sobreviveriam à infância:

Luís I (25 de agosto de 1707 - 31 de agosto de 1724), sucedeu seu pai como rei da Espanha. Casado com Luísa Isabel de Orleães, sem descendência.

Filipe Luís (2 de julho de 1709 - 18 de julho de 1709), morreu na infância.

Filipe Pedro (7 de junho de 1712 - 29 de dezembro de 1719), morreu na infância.

Fernando VI (23 de setembro de 1713 - 10 de agosto de 1759), sucedeu seu irmão como rei da Espanha. Casou-se com a Infanta Maria Bárbara de Bragança, sem descendência.

Como todos os seus filhos iriam morrer sem filhos, não há descendentes de Maria Luísa Gabriela de Saboia.

Referências:

Pitti, Palazzo (1995). Visite Realia a Palazzo Pitti (em italiano). Florença: Centro Di. p. 66

Raeymaekers, Dries; Derks, Sebastiaan (2016). The Key to Power?: The Culture of Access in Princely Courts, 1400-1750 (em inglês). Leida: BRILL. p. 195

LEONOR DE SABOIA

Leonor Maria Teresa de Saboia (Turim, 28 de fevereiro de 1728 – Moncalieri, 14 de agosto de 1781era uma princesa de Saboia, era a filha mais velha de Carlos Emanuel III da Sardenha e de sua segunda esposa Polixena de Hesse-Rotenburg.

Leonor Maria Teresa de Saboia nasceu no dia 28 de fevereiro de 1728 no Palácio Real, em Turim, como a segunda criança e primeira filha de Carlos Emanuel III da Sardenha e de sua segunda esposa, a princesa alemã Polixena de Hesse-Rotemburgo. Ela recebeu o seu primeiro nome em homenagem à sua avó materna, a princesa Leonor de Löwenstein-Wertheim-Rochefort.

Entre seus primos maternos incluíam Vítor Amadeu II, Príncipe de Carignano e sua irmã mais nova, a futura princesa de Lamballe, Maria Luísa, ambas nascidas na corte da Saboia. Seus primos paternos incluíram o rei Fernando VI, que era o rei da Espanha no momento do nascimento.

Ela nasceu para um casamento relativamente feliz entre seus pais. Sua avó paterna Ana Maria de Orleães morreu em agosto de 1728 quando Maria Teresa tinha seis meses de idade.

Sua mãe morreu em 1735 quando Maria Teresa tinha seis anos. Assim, ela era a mais alta do sexo feminino na corte Saboia até o casamento de seu irmão, o futuro Vítor Amadeu III com a infanta espanhola Maria Antonieta de Bourbon em 1750.

Maria Teresa e sua irmã Maria Luisa foram propostas como noivas para Luís, Delfim da França, filho mais velho de Luís XV da França, que era seu primo em primeiro grau. O casamento nunca se materializou devido a negociações de casamento com os espanhóis, que levaram o delfim a casar-se com Maria Teresa Rafaela de Bourbon, uma irmã mais velha de Maria Antonieta de Bourbon em 1744.

Suas duas sobrinhas, as princesas Maria Josefina de Saboia e Maria Teresa de Saboia, mais tarde se casaram com dois dos filhos de Luís, Delfim da França em 1771 e 1773, respectivamente.

A princesa Maria Teresa morreu solteira no Castello di Moncalieri aos cinquenta e três anos de idade. Ela foi enterrada na Basílica de Superga com vista para Turim. Sua cunhada Maria Antonieta de Bourbon morreu em Moncalieri em 1785.

Títulos e estilos:

28 de fevereiro de 1728 – 14 de agosto de 1781: Sua Alteza Real, a Princesa Maria Teresa de Saboia

Referências:

van de Pas, Leo. «Princess Eleonora of Savoy». Genealogics .org. Consultado em 1 de dezembro de 2009

A mãe de Luís XV, Maria Adelaide era sua tia e a irmã mais velha de seu pai, o rei Carlos Emanuel III.

MARIA FELICIDADE DE SABOIA

Maria Felicidade de Saboia (Turim, 19 de março de 1730 - Roma, 13 de maio de 1801) foi uma princesa italiana da Casa de Saboia. Era a quarta filha, a terceira menina, de Carlos Emanuel III da Sardenha, com sua segunda esposa a princesa Polixena de Hesse-Rotemburgo.

Referências:

van de Pas, Leo. «Princess Maria Felicita of Savoy». Genealogics .org. Consultado em 1 de dezembro de 2009

MARIA ANA DE SABOIA (1757-1824)

Maria Ana de Saboia (Turim, 17 de dezembro de 1757 – Stupinigi, 11 de outubro de 1824) foi uma princesa da Sardenha por nascimento e de duquesa de Chiablese por casamento. Era irmã de Maria Josefina de Saboia, esposa do futuro Luís XVIII da França e de Maria Teresa de Saboia esposa do futuro Carlos X da França.

Maria Ana nasceu no dia 17 de dezembro de 1757 no Palácio Real, Turim, ela era filha do rei Vítor Amadeu III da Sardenha e da infanta Maria Antônia da Espanha, filha doo rei Filipe V da Espanha e de Isabel Farnésio, nascida princesa de Parma.

Ela foi dada em casamento com seu tio Benedito de Saboia, duque de Chablais. O casamento foi celebrado em Turim em 19 de março de 1775, a união não resultou em filhos. Ele tinha boas relações com as cunhadas Maria Clotilde da França, irmã do rei Luís XVI da França e Maria Teresa da Áustria-Este e também com Benedito, mas sempre viu como seu tio e não como um marido. Na ocupação francesa por Napoleão e do Tribunal, ela e o marido eles deixaram Turim para a Sardenha, onde permaneceram até o final de 1799 e, em seguida, deixar a ilha e se mudar para Roma. Viúvo em 1808, ela passou a viver no palácio Chiablese, que mais tarde legou para Carlo Felice di Savoia. Em 1820 ele comprou Villa Rufinella de Luciano Bonaparte, irmão do ditador Napoleão Bonaparte. Maria Ana morreu no Palácio de caça de Stupinigi em 11 de outubro 1824 com a idade de sessenta e seis anos.

Referências:

Artemont. Louis Leopold d', A Sister of Louis XVI; Marie-Clotilde de france, queen of Sardinia (1759-1802), London, London, 1911, pg.86

The Edinburgh magazine, or Literary miscellany, p 25.

MARIA TERESA DE SABOIA

Maria Teresa de Saboia (Turim, 31 de janeiro de 1756 — Graz, 2 de junho de 1805), foi uma princesa da Casa de Saboia e esposa de Carlos, Conde de Artois, futuro Carlos X da França, o mais jovem neto de Luís XV da França.

Nascida a 31 de janeiro de 1756 no Palácio Real de Turim, Maria Teresa era filha de Vítor Amadeu III de Saboia, rei da Sardenha, e sua esposa Maria Antônia da Espanha.

Casou-se com o Conde de Artois, neto do rei Luís XV da França e irmão mais novo de Luís XVI da França.

Maria Teresa era descrita como diminuta, um tanto mal-formada, desajeitada e de nariz comprido e não era considerada bonita, mas sua tez era geralmente admirada; como pessoa, ela era considerada como "não distinguida em nenhum sentido", mas, no entanto, de bom coração. O Conde Mercy, embaixador austríaco na corte francesa, relatou que ela era taciturna e interessada em absolutamente nada. O irmão de Maria Antonieta, o Sacro-Imperador José II, durante sua visita à França em 1777, relatou que Maria Teresa "era a única na família real a dar à luz filhos, mas em todos os outros aspectos é uma completa idiota."

Cerca de um ano após a chegada de Maria Teresa a Versalhes, ela engravidou de seu primeiro filho, Luís Antônio, Duque de Angolema - ele foi o primeiro filho da nova geração real -, o que foi um acontecimento importante, pois havia a preocupação de a sucessão porque tanto rei Luís XVI quanto o seu irmão Conde de Provença, não tinha filhos, e o nascimento teria sido estressante para Maria Antonieta, na época ansiosa pela consumação de seu casamento.

Antes da reunião dos Estados Gerais, todos os membros da família real francesa foram ridicularizados publicamente por versos difamatórios, nos quais diziam que Maria Teresa teria dado à luz um filho ilegítimo.

Maria Teresa deixou a França com o marido após a Tomada da Bastilha a 14 de julho de 1789, que marcou o início da Revolução Francesa, e se refugiou em sua terra natal de Saboia. Ela partiu uma semana depois seu marido com um séquito de trinta pessoas; a declaração oficial do casal de que eles deveriam retornar na primavera foi questionada.

Quando o marido deixou Saboia em 1791, Maria Teresa nunca mais viu o marido. O Conde de Artois recusou-se a dar-lhe permissão para ficar com ele ou visitá-lo, até mesmo recusando-a a comparecer ao casamento de seu filho, o Duque de Angolema, com Maria Teresa de França. Logo após a partida de seu marido, seus dois filhos também deixaram Saboia para servir no exército francês emigrado. Maria Teresa foi descrita como desolada e profundamente entristecida depois que seu marido e seus filhos a deixarem e, supostamente, cogitou se tornar freira; Ela foi persuadida a não entrar em um convento por sua cunhada Clotilde, que apelou para seu senso de dever para com seus filhos.

Em abril de 1796, quando Saboia foi derrotado pela França de Napoleão Bonaparte durante as campanhas italianas das Guerras Revolucionárias Francesas, Maria Teresa e sua irmã Maria Josefina deixaram Turim para Novara, em paralelo com a partida do marido de Maria Josefina para Verona. Enquanto sua irmã seguia para a Áustria, Maria Teresa aceitou o convite de seu pai para retornar a Turim após a paz entre França e Saboia em maio.

Em dezembro de 1798, quando Piemonte foi anexado pela França, Maria Teresa partiu com sua dama de companhia de Graz na Áustria, onde foi autorizada a permanecer e onde morreu a 2 de junho de 1805 .

De seu matrimônio com Carlos, Conde de Artois (futuro Carlos X da França), tiveram 4 filhos, dos quais apenas 2 chegaram à vida adulta.

Luís Antônio (6 de agosto de 1775 - 3 de junho de 1844), Duque de Angolema. Casado com Maria Teresa Carlota de França, sem descendência.

Sofia (5 de agosto de 1776 - 5 de dezembro de 1783), Princesa da França;

Carlos Fernando (24 de janeiro de 1778 - 14 de fevereiro de 1820), Duque de Berry. Casado com Carolina das Duas Sicílias, com descendência.

Maria Teresa (6 de janeiro de 1783 - 22 de junho de 1783), Princesa da França;

Referências:

Taylor, William Cooke (1830). History of France & Normandy, from the accession of Clovis, to the battle of Waterloo (em inglês). Londres: Whittaker, Treacher & Company. p. 398

Anthony, Louisa (1852). Footsteps to history, being an epitome of the histories of England and France, from the fifth to the nineteenth century (em inglês). Londres: Whittaker & Company. p. 161

The Java Annual Directory and Almanac for .... (em inglês). Batávia: A.H.Hubbard. 1816. p. 96

« 144 – MARIE-THERESE DE SAVOIE (1756-1805) » archive, princesse-savoie.fr

Hardy, B. C. (Blanche Christabel), The Princesse de Lamballe; a biography, 1908, Projeto Gutenberg

Fraser, Antonia, Marie Antoinette, The Journey, Anchor Books, (American edition, 2002): in Part One: Madame Antoine, p. 100

Joan Haslip (1991). Marie Antoinette. Stockholm: Norstedts Förlag AB. ISBN 91-1-893802-7

Fraser, Antonia,Marie Antoinette: The Journey ORION, London 2002, ISBN 978-0-7538-1305-8

Nagel, Susan. " Marie-Therese, Child of Terror: The Fate of Marie Antoinette's Daughter ". NY: Bloomsbury, 2008. ISBN 1-59691-057-7

A sister of Louis XVI, Marie-Clotilde of France, Queen of Sardinia (1759-1802), 1911

Reiset, Emile-Paul de, Joséphine de Savoie, comtesse de Provence, 1753-1810, Paris 1913.

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Comments

Erica Andrade

Erica Andrade

essas rainhas e Princesas do passado morriam muito de parto, também não tecnologia e nem estudo necessário pra salvar vidas/Scowl/

2024-11-29

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