Capítulo 8

A sombra aproximou-se da porta da cela onde Cecília estava presa. Lentamente, tirou uma arma branca de trás da cintura.

Colocou-a na fechadura da cela da jovem e, com um único movimento, a porta abriu-se.

A luz do exterior ofuscou a jovem que se encontrava em cima da cama. Ao perceber que estava em perigo, levantou-se.

Quem é você?! Os lábios da jovem tremiam violentamente, olhando para a arma branca nas mãos do assassino.

Shiiii! O assassino colocou o dedo nos lábios, fazendo um sinal para que ela se calasse.

Cecília ficou imóvel, seu corpo congelou, incapaz de se mover. Ela não tinha saída, sua morte poderia acontecer a qualquer momento.

Nas mãos de qualquer psicopata. A sombra entrou na cela, fechando a porta atrás de si. Caminhou sem problemas sobre os cacos de vidro afiados, até chegar à cama onde Cecília estava.

A jovem ficou surpresa ao ver que nada lhe aconteceu. Sem lhe dar tempo para reagir, a sombra colocou a mão na boca dela.

Embora Cecília tentasse se defender, havia algo na luva do assassino. A jovem desmaiou e a sombra conseguiu tirá-la dali.

Melissa foi enviada para um quarto VIP, pelos seus próprios companheiros. Uma médica cuidou dela, curando seus ferimentos.

_ Calma, você precisa descansar por dois ou três dias.

Não posso descansar tanto tempo! Minha vida está em perigo. Melissa empurrou os lençóis que cobriam seu corpo para o chão.

_ Os ferimentos que você sofreu ao cair são graves. Você precisa ficar na cama por pelo menos dois ou três dias. Vou te dar um analgésico.

É isso que eu preciso! Me dê algo para a dor. Insistiu Melissa, temendo por sua vida.

A médica deixou dois pequenos frascos na mesa de cabeceira. Com eles, Melissa poderia aliviar as dores causadas pela queda das escadas.

A decisão é sua. A médica saiu do quarto luxuoso onde Melissa estava.

Observando tudo, o Conde cerrou os punhos. As apostas dos clientes estavam caindo cada vez mais.

Eles precisavam ver mais ação contra as garotas. Ouvir seus gritos de dor, seus pedidos de misericórdia, quando lhes arrancassem a pele.

Nada era como antes, ninguém mais gostava de assassinar a sangue frio como antes. Ver o choro delas, seus gritos, era música para os ouvidos de cada cliente.

Tudo mudou depois que dois agentes disfarçados da polícia se infiltraram entre eles. Tudo teve que ser interrompido por dois anos, e agora que recomeçou, nada era como antes.

Os apostadores esperavam algo mais sangrento, mais perverso contra as garotas.

O Conde deixou a mão cair sobre a mesa. Ouviu-se um forte golpe por todo o escritório.

Em menos de uma noite, perdemos milhares de dólares. A audiência caiu 45%. O que estamos fazendo de errado? Em um tom de voz suave, o Conde perguntou ao seu assistente.

Temos que usar a sombra para ganhar dinheiro e audiência. Propôs o assistente do Conde.

Explique-se. Ordenou o homem sem nenhuma expressão no rosto.

_ Vamos apostar na sombra. Vestimos alguém igual a ele e matamos a sangue frio cada uma das participantes.

_ Colocamos a tal Diana com as cheias e deixamos a tal Cecília no ninho das víboras.

_ Mas vamos começar com a idiota da Melissa. Ela não fez o trabalho direito, temos que dar a ela uma punição exemplar para que ninguém mais falhe.

O Conde sorriu com a ideia de seu assistente. Era o mínimo que ele podia esperar de seu melhor homem.

_ Vamos descansar esta noite, a caça começa amanhã.

O Conde se levantou, saiu do escritório e caminhou para fora. Seu assistente permaneceu imóvel até ver o Conde sair.

Então, ele pegou o celular e enviou várias mensagens. Ao terminar, guardou-o de volta na roupa e pegou os documentos em cima da mesa.

Na cela de Lilith. A jovem conseguiu soltar as pernas dos arames farpados. Embora a dor fosse intensa, ela não desistiu.

Ela se lembrava de cada cena que viu naquela noite. Era sufocante pensar que poderia ser uma das outras garotas.

Esforçando-se, ela conseguiu se levantar da cama e dar alguns passos em direção à saída. Por sorte, os ferimentos nas pernas não eram tão profundos e ela conseguia andar um pouco.

Ao chegar à porta, ela tentou abri-la. Mas foi impossível. Para impedir que escapassem, os guardas colocaram fechaduras mais reforçadas, depois que a sombra levou Cecília.

Cansada mentalmente e ferida fisicamente, Lilith não conseguia mais fingir que estava bem. Ela teve um ataque de pânico.

Começou a chorar e gritar, desejando extravasar um pouco de toda a angústia, o medo e a frustração que sentia.

Naquele momento, ela acreditou que não aguentava mais. Sua mente estava desmoronando aos poucos. Só de pensar que sua irmã doente estava sozinha, sua angústia se intensificava.

Lilith bateu as pernas com força, fazendo com que gotas de sangue brotassem de seus ferimentos. A dor que sentia não era nada comparada à raiva e à angústia que sentia por dentro.

Ela estava tendo ataques de ansiedade, aos quais ainda não havia se acostumado... Depois de chorar e gritar por muito tempo, abraçou o próprio corpo.

O silêncio se tornou sua melhor companhia. Durante muitas horas, a jovem permaneceu na mesma posição. Ao tentar se levantar, não sentiu mais as pernas.

Elas estavam dormentes por ficarem horas na mesma posição. Com a ajuda da parede, ela tentou se levantar, mas a dor que sentiu ao movê-las era muito incômoda.

Ela mordeu o lábio inferior com força. Permaneceu de pé, imóvel. Com o passar dos minutos, voltou a sentir as pernas endurecidas e caminhou até a cama.

Tirou os lençóis e os enrolou nos arames farpados.

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