Os dois homens vestidos de negro e com pele branca, como a dos fantasmas, carregaram cuidadosamente Cristal, tirando-a da água.
O corpo molhado da rapariga deixou um rasto até chegar à cama. A água não era clara, era vermelha por causa do sangue que saía das suas feridas.
Um dos homens adiantou-se para o quarto, preparando a cama onde o outro homem colocaria Cristal.
Os lençóis brancos ficaram manchados de sangue em pouco tempo... Com o olhar fixo em Cristal, Melissa ficou atónita.
A quem pertencia a silhueta que viu escapar do quarto de Cristal? Essa pessoa tinha de ser muito ágil, para poder entrar e sair sem ser vista.
_______ Fechem as saídas e entradas. Ninguém mais pode entrar ou sair da velha mansão, matem sem piedade a todos os que se mexerem.
Seguindo as ordens de Melissa, os homens prepararam-se para sair do quarto luxuoso.
Ao ficar sozinha, Melissa voltou à casa de banho, levando um balde com água morna e algumas coisas para tratar das feridas do corpo de Cristal.
Enquanto tratava cuidadosamente de cada ferida, apercebeu-se que a Cristal tinha sido arrancado um pedaço de pele. Exatamente onde a rapariga tinha a tatuagem da seita a que pertencia.
Melissa, cobrindo cada ferida com ligaduras, saiu do quarto. Caminhou apressadamente pelo corredor.
Parou ao chegar a uma porta de madeira. Bateu constantemente à porta até que esta se abriu por dentro.
Outra mulher de meia-idade atendeu Melissa.
______ O que foi que aconteceu? _ Melissa questionou a mulher, irritada.
______ Ninguém viu nada... As câmaras de segurança não captaram a sua presença. Era um maldito fantasma.
Melissa empurrou a mulher para o lado, assumindo o controlo das câmaras de segurança.
Do momento em que ela saiu do quarto de Cristal, até ao momento em que voltou. O estranho é que em nenhum momento as câmaras captaram a presença do homem.
Tal como a mulher atrás dela tinha dito. "Foi um fantasma".
______ A sério, achas que eu acredito em malditos fantasmas?!
_______ Eu trabalho aqui há anos! Sei o que vi, não era um maldito fantasma. _ Exclamou Melissa.
_______ Diz-me então como é que lhe chamamos? Milhares de pessoas assistiram ao momento em que tiraste a Cristal da banheira. Ninguém viu o homem que entrou para a ferir. Eu revi todas as câmaras, não há sinal dele!
Confusa, Melissa leva as mãos ao pescoço. Era a primeira vez em muitos anos que lhe acontecia uma coisa destas.
______ Temos pouco tempo para apanhar a sombra, senão o conde vai cortar-nos a cabeça.
Ao dizer estas palavras, Melissa sentou-se em frente aos múltiplos ecrãs à sua frente. Fazendo uma busca por toda a mansão para saber quem era a sombra que viu no jardim.
Chegada a noite e sem encontrar nenhuma pista do assassino. Melissa foi ao quarto da Diana.
Ela para em frente à porta. Observando a fechadura. Algo não estava bem, empurrou a porta rapidamente e com a luz da tocha iluminou o interior.
Todas as tarântulas estavam mortas. Apenas um par delas sobreviveu. Atónita com o que via, Melissa começou a suspeitar que Diana poderia ser a sombra.
Ela era a única que não estava ferida, fingiu ser frágil e ter uma personalidade fraca. Lembrando-se de tudo o que tinha investigado sobre Diana.
Melissa apertou os punhos com força... Todos os apostadores ficaram muito animados ao pensar o mesmo que Melissa.
Todos perderam grandes quantias de dinheiro ao pensar que Cristal estava fora do jogo e que a sombra do mal era Diana.
Entretanto, num local distante da mansão, Diana acordou depois de ter estado inconsciente durante algum tempo.
Ao abrir os olhos, apercebeu-se de que não estava no quarto, com todas aquelas tarântulas à sua volta.
Lentamente, foi-se levantando, agora mais do que nunca a sua vida corria perigo. O conde ordenou que largassem os cães com a intenção de caçar Diana.
A rapariga, atordoada com tudo o que tinha visto naquele quarto, deu um pequeno passo, voltando a cair no chão.
As suas pernas não tinham força, cederam sem esforço. Diana tentou recuperar-se e sair dali.
Os latidos dos cães começaram a ouvir-se cada vez mais perto. Diana colocou as duas mãos na relva, usando a sua força para se levantar.
Ao conseguir, caminhou rapidamente na direção da floresta. Gritos de dor foram ouvidos. Os cães que seguiam Diana foram cortados ao meio.
A rapariga não parou e continuou a avançar por entre os ramos das árvores. Caia continuamente no chão, ferindo as mãos e os joelhos.
A noite caía e Diana internava-se cada vez mais na floresta. Os uivos dos lobos começaram a ouvir-se.
O medo foi o sentimento mais forte que se apoderou do corpo e da mente da rapariga. Caminhando sem rumo, Diana aninhou-se na margem do rio.
Melissa e vários homens de negro seguiram o rasto dos cães. Ao vê-los mortos, a rapariga praguejou do fundo da sua alma.
Inclinou-se, observando de perto os cortes no corpo dos cães. Eram cortes limpos e precisos. Quem quer que o tivesse feito, era um assassino experiente.
______ Procurem em todas as partes. Tragam-me essa cadela! _ Melissa, convencida de que era Diana a assassina, regressou à mansão.
Ela iria descarregar a sua fúria nas irmãs Whop. Ainda mais na Lilit, por ter sido ela a desafiá-la abertamente.
Ao voltar, Melissa subiu as escadas. Sentindo uma sombra atrás dela. Sem lhe dar tempo de reagir, a rapariga foi atingida na cabeça.
O seu corpo caiu repentinamente pelas escadas. Do outro lado dos ecrãs, todos estavam muito entusiasmados. As apostas aumentaram como espuma.
A sombra permaneceu no lugar, observando Melissa a deslizar violentamente por cada degrau. Ao vê-la cair até ao último, avançou para o quarto de Cecília.
O público estava louco para ver Cecília ser assassinada pela sombra. Queriam ver sangue e sentir a excitação da sua morte.
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Atualizado até capítulo 40
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