Capítulo 4

Peguei a toalha, cobrindo meu corpo magro. Voltei para o quarto, sentando-me na frente do computador.

Abri o navegador e pesquisei algumas coisas que precisaria.

De repente, recebi um e-mail confirmando minha participação no programa de televisão.

O sorriso foi aumentando, o poder das pessoas que me protegem era tanto que conseguiram me colocar naquele programa em menos de meia hora.

… Os dias passaram muito rápido…

Chegou o momento que eu tanto esperava. A primeira a ir foi Lilit.

_ Nos vemos em uma semana. O dinheiro que eu ganhar será enviado diretamente para sua conta bancária.

Ela me dá um beijo e vai embora sem ouvir uma única resposta minha. Eu a vejo descer as escadas do velho prédio onde moramos.

Após a morte dos meus pais, perdemos tudo. Fomos obrigadas a procurar outro lugar para morar. Entrei em depressão por meses. A única a gerar dinheiro foi Lilit.

Então era a única coisa que eu podia pagar no momento. Fechei a porta, esperando que viessem me buscar.

Meia hora depois, uma van veio me buscar. Caminhei, empurrando minha bagagem até ela.

Do lado de fora da van estava um homem vestido de preto, semelhante ao que eu vi há alguns anos fora daquela velha casa.

O homem inclinou a cabeça para mim, permanecendo assim até que entrei na van. Mas antes deixei minha bagagem ao seu lado direito para que ele a levantasse.

Olhei discretamente para o homem pelo espelho, em vez de pegar minha bagagem, ele a jogou na lata de lixo que estava ao seu lado. Tentei dizer algo, mas uma mão cobriu minha boca.

Do nada, uma mulher apareceu sentada ao meu lado. Fiquei muito surpresa ao vê-la, sentindo um choque elétrico percorrer minhas costas.

Quando ela entrou na van e eu nem percebi? Ela tinha cabelo curto, preto, lábios da mesma cor do cabelo e pele branca. Olhos castanhos.

Ela usava uma camisa branca e um casaco sem mangas. Uma gravata preta. Saia preta. Ela parecia muito imponente.

De agora em diante, você nos pertence. Feche os olhos e durma. Sua voz era tão estranha, eu nunca tinha ouvido um tom de voz assim antes.

Olhei em seus olhos, ela me hipnotizou, pois logo minhas pálpebras começaram a ficar muito pesadas.

Tentei não dormir, mas foi em vão. Meu corpo inteiro começou a paralisar.

Durma. Durma. Foram as últimas palavras que ouvi antes de cair em um sono profundo.

Quando acordei, estava em um quarto. O cheiro era desagradável, um aroma de podre pairava por todo o quarto.

Movi minha cabeça de um lado para o outro. Só havia duas velas iluminando o interior. Não havia lâmpadas em lugar nenhum, apenas aquelas duas velas que estavam em cada canto da porta.

Eu sentia uma dor de cabeça latejante. Levei minhas mãos às têmporas. Tentei me lembrar o que tinha acontecido.

… "A mulher, quem era ela?..."

Endireitando minhas costas, olhando ao redor com dificuldade. Confusa, coloquei um dos meus pés no chão.

De repente, senti uma dor na planta do meu pé. Era como se uma faca afiada tivesse arrancado toda a pele da sola do meu pé.

Ahhhhh! Eu soltei um grito alto de dor.

Levantando minha perna de volta para a cama. Com a ajuda da pouca luz, olhei atônita para o ferimento no meu pé.

Era um corte profundo e o sangue não parava. Peguei um pedaço do lençol e o cortei para cobrir meu ferimento.

Depois de um tempo controlando o sangramento do meu ferimento. E suportando a dor, abaixei o olhar…

O chão estava cheio de cacos de vidro. Impossível eu sair daqui sem cortar a pele dos meus pés.

Olhei para as paredes. Não havia uma única janela por onde eu pudesse escapar.

_ Socorro! Socorro!

O medo e o desespero tomaram conta do meu corpo e mente.

Não importa quanto tempo eu grite, não ouço uma única resposta. Eu não sabia se era dia ou noite. Tudo estava escuro.

… "Pense, pense"…

… "Você caiu em uma armadilha?"…

Comecei a me questionar... Quem eram os homens de preto que sabiam tudo sobre nós?

Comecei a chorar, tudo era tão confuso na minha mente. Enrolei minhas mãos em meus pés, formando uma bola humana.

De repente, ouvi a porta se abrir. A luz de fora iluminava o quarto com mais clareza.

A mesma mulher de preto que me hipnotizou na van estava agora parada na porta. Atrás dela estavam dois homens altos e fortes.

Que com um único golpe me mandariam para o céu.

_ Senhorita 5, descanse, amanhã será um longo dia para você. Pena que você se machucou e não poderá correr muito pela sua vida.

Quem diabos são vocês?! Exclamei em voz alta.

O jogo começa amanhã. Agora descanse. Levantei-me na cama, impedindo-me de cair no chão. Encostei meu corpo na parede.

Seria uma pena se você não chegasse inteira ao jogo. Quando ela terminou de falar, ela jogou um celular para mim.

_ Vença e você continuará no jogo, mas se você perder, ninguém saberá que você está aqui.

Quero falar com Samuel! Ordenei, lembrando do homem que me contatou há dois anos e que me dava instruções.

A mulher sorri zombeteiramente. Ela passa a mão em seu cabelo preto curto...

Tão bonita e tão idiota. A mulher comentou zombeteiramente.

Ela dá um pequeno passo para trás, a porta se fecha. Não importava se eu queria correr até ela, só machucaria meus pés ainda mais.

Eu precisava pensar com a cabeça fria e não me deixar levar pelo impulso. Fiquei em silêncio. Olhei para a tela do celular que a mulher havia me dado.

Lili estava em outra sala, ao contrário da minha, a sala dela era a mais normal possível. Outras três garotas a acompanhavam. Pelo que pude ver, eles fizeram amizade rapidamente.

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