Ryan acordou no domingo com a sensação de que tinha passado a noite em um carrossel de emoções. A lembrança da festa, do beijo de Felipe, da aparição de Daniel, o deixava em um turbilhão de sentimentos confusos.
Ele tentou se levantar da cama, mas seu corpo parecia pesado, como se estivesse carregando o peso do mundo. A sensação de estar preso em um jogo perigoso o deixava exausto e apavorado.
Ele se sentou na cama, com a cabeça nas mãos, tentando organizar seus pensamentos. A atração que sentia por Felipe era inegável, mas o medo de se envolver com um homem tão poderoso o paralisava. Ele não conseguia se livrar da sensação de estar sendo controlado, manipulado, como um peão em um jogo que não entendia.
Daniel, por outro lado, representava um passado que ele tentava esquecer, um amor que não deu certo, um fantasma que insistia em assombrá-lo. Mas ele também se sentia atraído por Daniel, pela segurança que a familiaridade lhe trazia.
Ryan se sentia dividido. Ele não conseguia entender seus próprios sentimentos. Ele queria a liberdade, a segurança, a tranquilidade de um amor tranquilo e compreensivo. Mas o desejo pelo proibido, pelo perigo, pela intensidade, também o atraía.
Ele se lembrou da conversa com Mariana. A amiga havia lhe dado um conselho que ecoava em sua mente: "Ryan, você precisa se proteger. Não deixe que ele te controle. Você precisa pensar na sua segurança, na sua felicidade."
Mas como se proteger de um homem como Felipe? Como negar a atração que sentia por ele, a força que o dominava?
Ele se levantou da cama e foi até a janela, observando a cidade acordar. O sol da manhã, que antes lhe trazia alegria, agora lhe parecia frio e distante.
Ele respirou fundo, tentando se acalmar, buscando a força para enfrentar os desafios que o futuro lhe reservava. Ele precisava encontrar um equilíbrio, um caminho que lhe permitisse ser feliz sem se perder.
Mas a resposta lhe parecia tão distante quanto a própria cidade que se estendia a seus pés.
Ele ligou para Mariana, precisando da companhia da amiga, de alguém para lhe dar apoio nesse momento de confusão. A voz de Mariana, carinhosa e compreensiva, lhe trouxe um pouco de alívio.
"Ryan, como você está?", perguntou Mariana, com a voz preocupada. "Estou aqui para você, não importa o que aconteça."
Ryan, com a voz embargada, contou para Mariana sobre seus sentimentos confusos, sobre a atração por Felipe, sobre o medo de Daniel, sobre a sensação de estar preso em uma teia de incertezas.
Mariana o ouviu com atenção, sem interromper, sem julgar. Quando ele terminou, ela apenas disse: "Ryan, você precisa se ouvir. Você precisa entender o que realmente te faz feliz. Não tenha medo de seguir o seu coração."
As palavras de Mariana o confortaram, mas não lhe deram as respostas que ele buscava. Ele ainda se sentia perdido, mas a voz de sua amiga lhe deu força para seguir em frente.
Ele precisava se encontrar, precisava entender seus sentimentos, precisava trilhar seu próprio caminho. Ele precisava se lembrar de quem ele era e do que realmente desejava.
Ele desligou o telefone e respirou fundo, sentindo a brisa da manhã lhe dar um pouco de esperança. Ele não estava sozinho. Ele tinha Mariana, ele tinha força para lutar por sua felicidade. Ele precisava ter coragem, precisava se libertar da prisão de medo e de incertezas que o prendia.
Ele caminhou pela casa, observando os detalhes, buscando um norte, um caminho a seguir. Ele ainda não sabia qual caminho escolher, mas sabia que precisava encontrar seu lugar, seu propósito, sua felicidade.
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Atualizado até capítulo 29
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