ENCONTRO

Haviam de passado 2 meses do casamento, João foi embora, estava próximo do feriado de ação de graça e Camila veio passar uns dias na casa dos seus pais com Eloá, que sentia saudades dos avós.

E lá estava ela correndo atrás de Bob, o cachorro da raça beagle que amava brincar. As perninhas curtas não conseguiam alcançar o cachorro e a corrida rendia vários tombos.

Cuidado para não se machucar. Os adultos as vezes diziam

Recebiam como resposta um levantar e mais corre-corre com risadas.

-- Preciso ir ir ao mercado disse sua a mãe.

_ Eu vou para a Sra. ê só me dar a lista.

_ Melhor ainda, enquanto você vai no mercado eu irei fazer outras coisas aqui em casa. Vou pegar a lista.

Camila conferiu a lista com a sua mãe.

_ Deixa a Eloá, eu fico de olho.

Camila pegou o seu carro e foi. O mercado era perto, mas tinha que trazer as compras.

Estava a buscar todos os itens da compra andando calmamente pelo local.

Várias pessoas paravam para conversar com ela, saber do bistrô, e também da Eloá. As pessoas de Hanover eram curiosas, mas tinham bom coração e sempre se uniam quando uma família precisasse, e Camila os tratava com carinho.

Estava na banca de Hortifruti escolhendo tomastes quando ouviu uma voz conhecida. Suspirou e continuou de costa para a voz, esperava que ela não a reconhecesse. Porém, seu coração deu um pulo e quase saiu pela boca quando ouviu a outra voz que respondeu. As suas pernas tremeram, os seus olhos encheram de lágrimas, uma crise de ansiedade a tomou e ela teve que se segurar na bancada para não cair, porém, os tomates que estavam na sua mão caíram e rolaram pelo chão.

_ Seus tomates caíram. Disse a voz rouca, que não mudara nada desde a última vez que a escutou.

A lembrança e a saudade bateu forte e doida No seu peito, e sentimentos guardados bem, no fundo do seu coração, pareciam ter emergindo para sua garganta e estavam-na sufocando derrepente.

Nem ela conseguiu entender a sua reação.

_ Ei, você está passando mal? Insistiu, tocando levemente no seu braço.

Camila respirou e tentando e conseguindo parcialmente controlar as suas emoções virou-se.

_ Não, me desculpe e obrigado. Disse sem olhar diretamente em seu rosto,focando os seus olhos nas mãos que lhe estendia os tomates.

_ Camila. A voz era de surpresa, e a sua postura tornou-se altiva na sua frente.

Camila sentiu o comportamento de João se tornar frio e olhou para o seu rosto.

O sorriso gentil havia sumido do seu rosto e agora a sua boca estava crispada em um traço fino, o seu olhar tornou-se duro e raivoso e ele colocou os tomates de volta na bancada.

Camila de irritou e se indignou com essa atitude, quem ele pensa que era para estar com raiva dela.

_ Ola João. Quanto tempo. Disse com a sua voz que saio clara, mas baixa.

_ Muito tempo.

_ Como tem passado.

_ Bem.

_ Ok, obrigado por pegar os tomates, já vou indo.

Estava a sair quando ele a segurou pelo cotovelo.

_ Quero conversar com você. Podemos marcar?_Penso que não precisamos conversar, e a sua morada pode não gostar. Disse Camila, soltando o seu braço e olhando para Raquel que vinha se aproximando.

_ Oi Camila, tudo bem? Onde está a sua filhinha linda?

Camila encolheu-se, a última coisa que queria era falar de Eloá perto de João.

_ Ela está bem.

_ Você casou? Perguntou João. A voz tinha um Tim de surpresa e decepção.

_ Não. Viu quando ele soltar o ar.

_ Olha foi bom encontrar vocês, mas preciso terminar minhas compras para voltar para casa. dia!am um bom dia.

Saiu sem olhar para trás, a sua vontade era esquecer o resto das compras e fugir, percebeu que a sua mãe tinha razão, algumas coisas necessitavam de serem finalizadas do jeito certo, João era uma delas. Sentiu que mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar.

Se obrigou a terminar as compras e saiu do mercado sufocada.

A sua mãe percebeu que algo havia acontecido assim que a viu desmoronar na cadeira da cozinha.

_ O que houve?

Camila olhou a filha brincando longe.

_ Encontrei João no mercado, a gente trocou três ou quatro frases. A Sra. acredita que ele tem raiva de mim?

_ Ele te falou isso? Ele te destratou.

Camila contou os detalhes.

_ Não foi uma impressão sua, filha?

_ Não, eu tenho certeza, mas embora isso tenha-me deixado indignada, aconteceu uma coisa pior, a Raquel perguntou da Eloá, na verdade, ela perguntou da minha filha.

_ E você julga que ele tentará saber ou ver a Eloá?

_ Eu não sei.

_ Você vai ficar para a ação de graça ou irá embora?

_ Eu vou ficar. Nesses 3 minutos com ele, percebi que ainda guardo muitos sentimentos não resolvidos. E mais cedo ou mais tarde a Eloá terá que saber do pai. Não vou procura-lo, mas não irei evita-lo. Que Deus me ajude.

Sua mãe apenas segurou a sua mão num gesto de conforto e solidariedade.

JOÃO

João havia chego em Hanover há três dias. Percebeu sentir falta daquela tranquilidade, de ficar com a sua família, e amigos quando veio para o casamento.

Ele sabia que ficou sem vir por devido ao trabalho, mas també, e em grande parte, por causa de Camila e resolveu dar um basta nisso. E por isso aqui estava ele.

Raquel chegou cedo em sua casa o chamando para ir ao mercado.

Ela passou os três dias, quase que o tempo todo na sua casa, eles não estavam oficialmente namorando, e nem falou nada a respeito disso com ela ou com ninguém, eles eram amigos com privilégios, e embora um pensando intrusivo lhe dissesse que ela poderia estar confundindo as coisas, ele ignorou o mesmo.

Ele se arrumou e os dois saíram. Estavam no mercado, ela se pendurava no seu braço sempre que alguém parava para os cumprimentar.

Ela o chamava de amorzinho, querido e isso deixava brecha para interpretações erradas. Decidiu que falaria com ela depois.

Próximo da banca de frutas e verduras, ela disse que iria buscar um kit de shampoo, eu disse tudo bem e vi tomates rolando até os meus pés, na minha frente uma mulher segurava a bancada e parecia estar passando mal.

Perguntei se ela estava passando mal, ela virou-se e era a Camila, a minha Camila, ela não mudará nada, continuava bela ou talvez mais bela.

Meu coração pulou no peito que se apertou. , merd@, o meu pau pulsou dentro da calça. Eu fechei o meu sorriso na hora, onde já se viu ter reações de adolescente naquele momento e ainda em frente a pessoa que me traiu. Coloquei os tomates de volta na bancada e me dignei a responder suas perguntas educadamente. Ela se mostrou indiferente. Fiquei irritado e num ato impulsivo, quando ela disse que iria embora, segurei o seu cotovelo e a impedi, e disse que queria conversar com ela. Que droga!", o que eu estava fazendo?

Senti Camila puxar o braço suavemente, dizer que não precisavam conversar, e que a minha namorada não iria gostar, apontando para Raquel.

Eu olhei, e ia responder que Raquel não era minha namorada, porém antes disso Raquel chegou e segurou o meu braço, cumprimentou Camila e perguntou da sua filha.

Nada mais tinha importância, na minha cabeça eu somei dois e dois, se tinha filha, casara, tinha que saber se era verdade e a pergunta saiu da minha boca.

Só percebi que estava segurando a respiração quando soltei o ar com a sua negativa. Ela se despediu e foi embora.

Se ela não casou, supostamente ela teve um outro namorado que a abandonou. Saber que Camila tinha tido outro homem, me fez querer cuspir fogo.

Tinha que ver a sua filha, quem sabe assim eu acabe com essa história de uma vez. É acho que vou ficar mais que uma semana em Hanover.

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