VISITA ESTRANHA.

Durante sua gestação trabalhou em lanchonetes, fez trabalho particular, deu aulas, qualquer serviço que pudesse lhe dar condições de dar a sua filha o que ela precisava. E depois da faculdade juntamente com Dani abriu seu próprio negócio, com coragem e determinação.

O sol já estava se pondo quando voltaram para casa.

Camila deu banho na filha, deu mamadeira e a colocou para dormir, depois tomou seu banho e desceu para a cozinha.

Encontrou Dani.

_ Enrico foi embora?

_Sim. Eu vou subir para tomar banho e já desço. Acho melhor você atender a sua mãe. Ela ligou para o meu celular uma 10 vezes.

_ Vou ligar.

Dani a abraçou e subiu.

Camila ligou para a mãe.

_ Como você foi embora sem avisar nada e ainda não atendeu essa droga de celular?

_ Boa noite para você também.

_Boa noite.

_ A Sra. sabia que eu iria embora. Eu te disse quando te pedi a chave.

_ Não achei que iria embora fugida.

_ Eu tenho o direito de tomar as minhas decisões, principalmente sobre esse assunto vocês não tinham. E fizeram.

_ Ele foi na festa de braços dados com a Raquel.

_ Sinal de que realmente eles estavam e estão juntos. Mãe, eu não quero falar sobre ou com o João. Por favor.

_ Está bem, mas eu não gosto disso. Você virá buscar suas coisas?

_ Vou depois que ele for embora.

_ Ok, boa noite. Manda um beijo para a minha neta. Deus te abençoe.

_ Amém, dou sim. Boa noite e um beijo.

Dani desceu e aproveitaram um pouco o momento de tranquilidade para beber um vinho e organizarem a semana.

Elas tinham um bistrô, cujo o deferencial era comida natural.

Para isso além de administrar o bistrô, tbm administravam uma horta orgânica e uma associação de mulheres.

Manhã seguinte.

Camila acordou cedo, fez sua higiene e foi acordar e trocar Eloá.

_Acorda coelhinha. Fez casquinha na sua barriguinha.

_ Mimi mamãe. Disse virando de bruços.

Camila deu um tapa de leve na fralda.

_ Não, não preguicinha, hoje vou vai para a escolinha. Vai ver a Mari, a Jake, o Itam e todos os amiguinhos. E a professora Lu.

Eloá olhou para mãe.

_ Tem o Digo, a Tá, o Lu também mamãe.

_ Isso mesmo. Então hora de pular dessa cama.

Ajudou a filha a levantar e calçar os chinelinho das princesas.

Camila supervisionou a filha escovando os dentes, depois tirou sua fralda e viu que estava seca, talvez não fosse mas preciso usar. Iria observar por mais uns dias.

Colocou o uniforme e desceram.

_ Bom dia tia Dani. Disse indo dar um abraço.

Dani se agachou para receber o abraço.

_ Bom dia gatinha. A titia fez seu cereal com esses morangos enormes e bemmm docinho. Quer experimentar esse morango?

Eloá abriu a boca.

_ Hum! Qual é mesmo essa cor do morango? A tia esqueceu.

_ É vermelio. A Sra. é muito esquecida. Disse abocanhando o morango.

_ Acho que é porque estou muito velhinha Eloá. Me ajuda que a tia não consegue levantar.

Eloá foi ajudar a tia.

_É achu que tá veiia memo. Senta um pouco aqui que a doí logo passa.

Dani sentou e Camila ajudou Eloá se ajeitar na cadeira. Pegou sua colher da Lilo e começou comer o cereal.

_ Tá mellholando? Perguntou segurando a mão da Dani.

_ Sim.

_ Ufa, que bom. Você da muito tabalio.

Dani e Camila riu da cara seria.

_ Eu vou melhorar baixinha.

_ Tudo bem. Eu goto de você axim.

Isso fez as duas darem muitos beijinhos.

Eram 7:30 quando saíram de casa, Camila foi levar Eloá na escola, depois iria até a horta

Dani iria na associação.

Depois elas se encontraram no bistrô.

O dia estava começando.

O horário de almoço era sempre corrido, muitas pessoas tinham transformado o bistrô em um local de almoço diário.

As verduras e legumes sempre frescas e orgânicas, os pratos bonitos e gostosos, eram um ponto positivo, mas a decoração também era um grande marketing.

Por fora ele era pintado de verde escuro, com detalhes em outro tons.

Na frente havia um painel em madeira, onde vasos de flores coloridas e suculentas estavam pendurados.

Também havia uma grande varanda, com mesas e cadeiras de madeira. As toalhas eram brancas, de pano com pequenos apliques florais. dentro os jogos de mesas eram iguais, e por todo salão ao invés de flores eram vasinhos com temperos, chás e leguminosas que enfeitam e perguntavam o ambiente.

Também havia uma mini horta vertical ao fundo, onde os clientes podiam visitar e escolher os legumes que gostaram de comer.

O cardápio era dinâmico e mudava semanalmente, sendo que alguns pratos demoravam um mês para ser servido novamente.

Camila e Dani eram as responsáveis pela cozinha.

Além delas trabalhavam mais sete pessoas. Duas ajudantes de cozinha, uma no caixa, um nas bebidas, e três servindo as mesas.

Erica uma das garçonetes entrou na cozinha e disse que uma mulher estava querendo falar com a chef Camila.

Era natural clientes querendo falar com ela ou com a Camila.

Lavou as mãos e saiu.

Quando chegou a mesa para sua surpresa a cliente era Raquel.

_ Boa tarde Raquel, tudo bem?

_ Boa tarde. Estou bem sim e você e a sua filha?

Alguma coisa no jeito que ela falou o "sua filha" chamou a atenção e incomodou Camila.

_ Você me chamou, quer falar alguma coisa sobre a comida?

_ Na verdade não, eu só queria saber se você estava bem, eu fui com o João no casamento e vi seus pais mas você não. E eu tinha te visto na cidade no sábado de manhã.

Camila ouviu quando ela frisou levemente o " eu fui com o João no casamento".

_ Eu não fui em Ranover para o casamento, fui para ver meus pais, o casamento foi coincidência.

_ Mas era o casamento da sua prima.

_ Sou avessa as festas. Minha prima sabe disso. Eu agradeço sua preocupação. Vou voltar para a cozinha. Fique a vontade.

Se despediu e saiu

_ E aí quem era.

_ Raquel, atual namorada do João.

_ O que ela queria?

_ Eu não entendi, na verdade. Ninguém em Ranover sabe que eu tive um relacionamento com o João, com excessão dos meus pais. E também não sabem quem é o pai da Eloá. E mesmo assim eu tenho a impressão que ela feito me dizer que está com o João e mantenha distância. Muito estranho.

_Muito. Disse Dani.

_ Esquece, vamos trabalhar.

Eram 16h e Camila buscou Eloá que nao parou de tagarelar. Ela amava muito aquele pinguinho de gente.

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