Com Lívia
Acordo com o barulho dos criados entrando em meu quarto, eles entram para encher a banheira para eu tomar banho, eu olho para eles, mas nem se quer me importo, a única coisa que eu quero é nunca mais acordar. Eles que me dão banho todos os dias, no caso as criadas, elas ficam me olhando e eu ordeno:
Lívia: Saíam.
Ordenou em um tom de voz sério.
Criada: Mas senhorita, temos que dar seu banho, hoje é dia de café, almoço e jantar reunido, precisamos lhe preparar para o banho de mel com leite de burra.
Disse a Criada de cabeça baixa.
Lívia: Oque?
Perguntou incrédula.
Lívia: Mas, não celebramos isso sempre no final do mês, quando se tem convidados?
Perguntou.
Criada: Sim, senhorita, mas o senhor Conde Drácula quer reunir todos hoje, não sabemos o motivo da celebração.
Lívia: Que ódio. Quero lavar meus cabelos com aquela loção especial.
Digo me levantando, já sabendo que eles não vão sair, indo em direção ao banheiro.
Criada: Sim, senhorita.
Disse a Criada seguindo-a para a sala de banho da nobre.
Com Felipe
Depois de já ter tomado banho, eu me sento na cama enxugando os meus cabelos com uma pequena toalha que os Criados haviam me dado. Olho para a janela que tava aberta, e lembro de ontem tristemente. Eu a magoei, muito, demais, sei que ela não quer nem olhar na minha cara, que ela quer que eu morra, e o pior é que hoje todos vão almoçar reunidos, a gente vai ter que olhar para a cara um do outro.
Lembro de quando eu toquei meus lábios nos lábios dela, aquilo foi incrível, os lábios eram tão macios, tão gostosos, era doce como meu, a pele dela, macia como travesseiro. Eu queria mais, mas eu não podia, ela nem sequer vai querer olhar pra minha cara hoje.
Eu fui um completo idiota, um loco, não tenho nem vontade de sair dessa cama, mas preciso me levantar, preciso ao menos me esforçar, não posso ficar aqui e fingir que sou um babaca. Abotou o resto dos botões da minha camisa e saio do quarto, meu cabelo ainda estava um pouco molhado mas nem me importei, vou direto para a sala de refeições, não era muito longe do meu quarto, queria chegar sem encontrar Lívia no caminho.
Passo pelos corredores e por sorte não encontro ela, chego no meu destino e abro a porta, estava lá somente Gabriel e Alex, Lívia não estava, ainda era cedo. Eles estavam bebendo no canto da mesa, conversando sobre assuntos bestas, sobres mulheres é claro, eles não eram santos, mas também não eram covardes. A mesa já estava toda posta, só faltava eu e a Lívia na mesa.
Gabriel: Felipe, parece que acordou sem ânimo.
Disse o encarando dos pés à cabeça.
Alex: Talvez tenha tomado um fora de alguma Criada kkkkkkkk.
Disso zombando da cara dele.
Gabriel: Tem essa possibilidade, oque aconteceu Felipe?
Disse ainda sorrindo.
Felipe: Nada, minha cabeça só dói um pouco, por conta do vinho de ontem.
Disse mentindo, o vinho só fez efeito na hora em que ele beijou Lívia, e nem estava tão mal.
Gabriel: Você... Perdendo para uma bebida???
Perguntou incrédulo.
Alex: Muito estranho, logo você?
Disse indo em direção a mesa se sentando em uma das cadeiras.
Felipe: Esqueçam isso, não é nada, vamos tomar café.
Disse, também, se sentando em uma das cadeiras.
Gabriel: Ainda temos que esperar a Lívia, seu boco, acho que ainda não saiu o efeito do vinho kkkkk.
Disse sorrindo.
Felipe se espicha para trás já sabendo o quão ferrando ele estava se Lívia não falasse com ele, todos irão notar algo estranho e irão suspeitar. Eles voltam a conversar, parecem Araras tagarelando, era insuportável, e pra piorar eles sentaram um na frente do outro, ou seja, eu iria ficar de frente para a Lívia e vice-versa.
Não demora nada, alguém entra pela porta, ficava do lado esquerdo da mesa central, eu já sabia quem era, não queria olhar, mas lá no fundo meus instintos queriam, eu não consegui controlar, olhei de relance só para vê, mais fiquei paralisado.
Lívia
Penteado
Maquiagem
Brinco
Colar
Tiara
Ela entra na sala com o olhar cabisbaixo e percebo o porquê, é claro que fui eu, eu sei a dor que eu causei nela, sei que ela não vai olhar na minha cara. Ela entra sem olhar para ninguém, nem sequer pro próprio irmão. Ela se senta na cadeira, enfrente a minha e eu não consigo parar de olhá-la, meus olhos foram direto pro seios dela, eles estavam à mostra em um leve decote de seu vestido, eu tiro o olhar e olho para meu prato. Não sinto vontade de comer, era repugnante, eu tava louco. Gabriel olha para a Lívia e finalmente fala.
Gabriel: Está tudo bem, irmã?
Disse olhando para ela.
Lívia: Sim.
Isso foi a coisa mais seca que ela já disse para o próprio irmão, nem olhou para ele. Ele nem sequer ousou perguntar mais alguma coisa para ela.
Gabriel: Bom, então vamos comer.
Disse olhando para o Alex, e depois para o Felipe. Felipe também não olhava para eles, era estranho.
Todos começam a se servir, depois de já terem colocado tudo no prato, eles reparam no prato da Lívia, ela não havia colocado quase nada, é claro que ela tem que manter uma dieta para ter um bom físico, mas não daquele jeito.
Gabriel pensou em perguntar o porquê de ela estar comendo pouco. Ela não precisava disso, ela já tinha o corpo ótimo, aquilo só iria deixar fraca. Felipe olha para seu prato com tristeza, era claro que ela não sentia vontade de comer por conta dele. Ele passou de mago para um babaca na noite anterior. Ninguém decide perguntar nada, todos eles comem tranquilamente e ninguém diz nada.
Não demora muito Lívia é a primeira a terminar de comer, ela solta os talheres no prato, avasta a cadeira para trás e sai da sala de refeições, tudo oque se escuta dela é só seus saltos batendo no chão. Ela abre a porta e a fecha depois e some de vista dos 3.
Alex: Oque houve com ela?
Disse olhando para Gabriel.
Gabriel: Não sei, sabe de alguma coisa Felipe.
Disse o encarando.
Felipe: Não.
Disse também se levantando da cadeira, ele sai da sala de refeições com uma cara não muito boa.
Com Felipe.
Depois de sair da sala de reuniões, descido praticar luta na sala de treinamento, quero tirar meu estresse. Quero descontar essa raiva em alguma coisa. Chego na sala de treinamento e a primeira coisa que eu faço é tirar a minha camisa, é claro que eu tinha um bom peitoral, eu tinha físico. Tiro a camisa e pego algumas armas e começo a treinar com aqueles bonecos de palha.
Eu fico com tanto ódio que acerto um golpe bem na cabeça do boneco e ele se parte no meio, vejo o estrago que fiz, mas nem sequer ligo para isso, continuo treinando até eu me cansar, depois de mais de meia hora de treino, eu já não consigo mais respirar, havia uma cadeira perto, eu me sento nela bebo água e jogo minha cabeça para trás, fechando os meus olhos, fico imaginando a Lívia perto de mim, eu não conseguia tirar meus pensamentos daquela garota.
Peitoral
Eu ainda estava na mesma posição, de olhos fechados, eu era um mago, então conseguia sentir a presença de qualquer entidade, eu já sabia quem era, era Alex, já até sabia o porquê dele ter vindo aqui.
Alex: Felipe.
Disse em um tom sério, ficando de frente para ele, mas ele ainda estava de olhos fechados com a respiração ofegante.
Alex: Felipe, você me ouviu?
Disse sério.
Felipe: Fale logo.
Disse ainda de olhos fechados.
Alex: Me fala logo oque aconteceu?
Disse cruzando os braços.
Felipe: Do que tá falando?
Disse já sabendo que ele se referia a Lívia.
Alex: Não se faça de sonso, sei que o motivo de vocês estarem calados hoje tem haver com você.
Alex: Me diga logo de uma vez oque aconteceu.
Disse já revoltado.
Felipe: Você está ficando louco, não aconteceu nada, já disse.
Alex: Felipe, eu vou te dizer uma coisa... A Lívia ela é uma nobre, e você sabe oque as mulheres tem que fazer quando chegam na idade da adolescência, se aconteceu oque eu tô pensando, não cometa isso denovo.
Disse saindo.
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Atualizado até capítulo 32
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