Incrédulo

Com Felipe.

Depois que Alex saiu, a partir do momento em que Noah disse que Gabriel estava o chamado, eu fico na sala de reuniões sozinho, fico pensando na Lívia, ela era a única coisa que vinha na minha cabeça, a única. Se ela não fosse a irmã do meu melhor amigo, ou uma descendente da família Drácula, séria bem mais fácil eu tentar um relacionamento, mas por conta de uma maldita lei do bruxos, isso me impedi.

Estava cansado de ficar sentado o tempo todo, isso só me deixava agoniado. Levanto-me e fico de frente para a janela, segurando uma taça de vinho, bebo ela quase toda. Quando ele menos espera, a porta se abre, ele olha para ver quem é e se surpreende.

Seu coração começa a ficar acelerado de novo, mil vezes mais, ela tava deslumbrante, seu vestido verde estava tão colado que marcava maravilhosamente sua cintura, seus seios estavam à mostra e isso só me deixava mais agoniado. O rosto dela era tão perfeito, tão bonito, tão angelical. Eu não consigo parar de olhar para ela, eu tô paralisado, ela caminha em direção ao sofá e se senta, e é só nesse momento que eu volto meu rosto novamente para a janela.

Ficamos silêncio, não sabemos oque falar um para o outro, isso dura um bom tempo, descido quebrar o gelo e falo.

Felipe: Lívia... Me desculpe por hoje de manhã, desculpe-me por minha atitude, já que não gostou.

Disse olhando para ela e depois virando o rosto novamente para a janela.

Lívia: Não precisa se desculpar, sei que só queria meu bem.

Disse olhando para a suas mãos.

Felipe: mesmo assim me perdoe, agora entendo como é a sensação de ficar aqui presa.

Disse virando seu corpo totalmente para ela.

Lívia: Não precisa mais se preocupar com isso, conversei com meu irmão, ela falou que poderei sair acompanhada.

Disse olhando para ele, por pouco tempo.

Felipe: Sério! Nossa... E você, não está feliz com isso?

Perguntou achando estranho, ela ficar sem reação.

Lívia: Não... Pelo contrário, estou feliz.

Disse olhando para ele.

Felipe: Então por que não está animada?

Perguntou.

Lívia: Não é nada.

Felipe: então tá, você já provou vinho?

Disse mostrando-lhe a taça.

Lívia: Não... Meu irmão não deixa.

Felipe: Então por que não prova? Aproveita que ele não está aqui.

Disse se aproximando dela.

Lívia: Eu não posso, ela jamais me perdoaria.

Disse se levantando rodando o outro lado da mesa.

Felipe: Só um gole, ele não vai nem saber, depois me diz se você gostou ou não.

Disse colocando um pouco de vinho na taça que estava bebendo.

Lívia:........

Fiquei parada pensando no que ele disse, enquanto ele estendia a mão, me entregando a taça.

Lívia: Promete que não irá contar para ele?

Disse preocupada.

Felipe: Jamais contaria, experimente.

Disse-lhe entregando a taça, ficando próximo dela.

Lívia pega a taça e leva a sua boca, ela fecha os olhos e bebe só um gole. Pela sua reação, Felipe acha que ela tenha gostado.

Felipe: Gostou?

Disse na dúvida.

Lívia: Não é ruim, arde um pouco a garganta.

Disse entregando a taça para ele.

Felipe: Por que você ainda não tem costume, tem bebidas mais fortes que essa, bem mais.

Lívia: Achei que era melhor, me enganei em relação ao que minha professora me falou.

Disse indo em direção a janela.

Felipe: Oque ela te falou?

Perguntou colocando a taça na mesa.

Lívia: Ela disse que A descoberta do vinho é de uma ordem mais elevada do que a descoberta de uma constelação. O universo é grande demais para se perder, enquanto a garrafa de vinho é do tamanho exato.

Disse lembrando detalhadamente do que ela disse.

Felipe: Nossa... Ela podia ser filósofa.

Disse se sentando no sofá, olhando para ela que estava de costas.

Lívia: Eu acho que essa frase se refere mais aos homens do que às mulheres. Ta na cara que os homens tem bem mais direitos do que a gente.

Disse entrelaçando os braços.

Felipe: Pior que é verdade, mas existem mulheres que fazem coisas bem piores.

Disse colocando uma perna acima da outra.

Lívia: Que tipo de coisas?

Perguntou curiosa.

Felipe: Seu irmão me mataria se eu te falasse.

Disse sorrindo um pouco.

Lívia: Ele nem tá aqui, por favor.

Disse implorando.

Felipe: Não posso, Lívia.

Disse sorrindo da sua cara.

Lívia: Está zombando de mim?

Perguntou incrédula.

Felipe: Não, jamais faria isso.

Disse se levantando e se aproximando dela.

Lívia: Se não me contar, direi ao meu irmão que você me obrigou a tomar vinho.

Disse sorrindo.

Felipe: Não... Você não faria isso, eu não acredito.

Disse incrédulo.

Felipe: Está me ameaçando?

Perguntou sorrindo.

Lívia: Entenda como quiser, vai me falar ou não.

Felipe:... Tá bom, você venceu, irei contar, mas se você não gostar do que vou falar não poderei fazer nada.

Avisou-lhe.

Lívia: Ok.

Felipe: Existem mulheres... Que... Não tem onde morar, ou como se sustentar, então... Elas.........

Ficou com medo de continuar.

Lívia: Elas oque?

Perguntou.

Felipe:... Vendem seu corpo.

Lívia: Como assim?

Felipe:......... Vendem o seu corpo por dinheiro, e dormem com homens.

Lívia: Mas... Não precisa ser casada para dormir a noite com um homem.

Felipe: Oque você entendeu?

Perguntou, desconfiado, já que parecia que ela ainda não sabia nada sobre uma mulher ter relação sexual com um homem.

Lívia: Que as mulheres que não tem como se sustentar, vendem o seu corpo para homens, dormindo com eles, mas isso é inadequado, achava que as mulheres poderiam dormir na mesma cama que um homem quando estivessem casadas.

Felipe: Meu Deus...

Disse passando a mão na cabeça.

Lívia: Oque foi? Eu entendi errado? Me desculpa!

Falou preocupada.

Felipe: Não, não você não fez nada, é que... Achei que você sabia sobre oque acontecia entre o homem e uma mulher.

Lívia: Não... Oque... Eu não consigo compreender oque está dizendo.

Felipe: Não Lívia você não precisa se preocupar, acontece que seu irmão tinha que ter te falado isso, ou até mesmo uma de suas amas( criadas ), deveriam ter te falado sobre isso.

Lívia: Isso oque?

Perguntou curiosa.

Felipe: Eu não posso falar para você, seria inadequado.

Disse se afastando.

Lívia: Se eu perguntar para as minhas amas elas nunca me contaram e falaram para o meu irmão.

Felipe: Você se importa de me dar um tempo, quando for a hora certa eu te falo, pode ser?

Perguntou preocupado.

Lívia: Tá bom.

O meu irmão entra pela porta.

Continua.

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