Silêncio

Com Gabriel.

Gabriel: Oque foi, Noah? Oque houve com minha irmã?

Perguntou preocupado.

Noah: Senhor, eu fui chamá-la no quarto, como havia me pedido, mas quando eu cheguei ela estava de costas deitada na cama, aparentemente estava chorando. Eu disse que o senhor a esperava na sala de reuniões, mas ela não falou nenhuma palavra sequer.

Disse detalhadamente tudo.

Gabriel: Como assim? Oque fizeram com ela?

Disse já estressado.

Noah: Conde Drácula eu não sei, perguntei aos criados, mas eles não sabiam de nada.

Disse.

Gabriel: Se eles não sabem, então foi durante a noite, talvez as visões estejam atormentando elas, talvez alguém a esteja vigiando.

Gabriel: Vou pedir hoje mesmo para que Alex ande com ela para todos os lugares, talvez ela se sinta mais segura.

Noah: Senhor, tem certeza que isso é o certo a fazer?

Perguntou Noah, sabendo que ela não iria gostar nada, ela já tinha o dobro da proteção no castelo inteiro e colocar mais um guarda costa pra andar com ela em todos os lugares, só iria pesar mais ainda a sua consciência.

Gabriel: Não questione as minhas decisões Noah, eu sei oque é e oque não é bom para minha irmã.

Disse Gabriel se retirando, indo em direção ao quarto da irmã. Mas antes dele ir, ele diz a Noah.

Gabriel: Diga a Alex que quero falar com ele, mande ele ir até o quarto de Lívia.

Disse se retirando.

Com Lívia.

Estou no meu quarto, depois que Noah sai e os criados também, eu tomo meu banho e me visto, penteio meus cabelos e espero eles secarem quando eles secam, faço um penteado, em seguida me sento na parte de apoio da janela onde era própria para se sentar.

Olha a vista da janela, e consigo ver o horizonte, o campo, a vida do lado de fora. Como deve ser bom sentir o cheiro de ar fresco, sentir o cheiro das flores, sentir a chuva molhando a sua pele. Quem dera eu pudesse ir para o lado de fora, era meu único desejo, ser livre.

Falta poucos dias para o meu aniversário, todos os anos meu irmão pergunta-me oque eu quero, ele disse que eu poderia escolher qualquer coisa que existisse nesse mundo, até mesmo as jóias mais caras, mas não é isso que eu quero, oque eu quero é poder sair desse castelo e pisar meus pés na grama. Sei que ele jamais aceitaria isso, então nem ouso perguntar. Isso me deixa tão triste que começo a chorar denovo.

Vestido

Penteado

Eu fico lá por horas chorando, mas meu irmão aparece, ele bate na porta e entra, ele vê o meu estado, mas eu não digo nada fico com meus olhos vidrados para a janela.

Gabriel: Irmã, oque você tem?

Perguntou se aproximando um pouco.

Lívia: Nada Gabriel, por favor me deixe sozinha.

Disse sem virar o rosto.

Gabriel: Alguém te fez algum mal?

Disse com raiva.

Lívia: Gabriel ninguém fez nada, por favor saia.

Disse chorando mais.

Gabriel: Ei...

Disse se aproximando da irmã segurando nos braços dela, enquanto ela tentava tirar a qualquer custo.

Lívia: Gabriel sai por favor.

Disse já sem conseguir respirar direito, sem olhar pro irmão.

Gabriel: Irmã me diga oque foi para que eu consiga resolver.

Disse olhando para ela, que chorava terrivelmente.

Lívia :Eu não aguento mais ficar aqui.

Disse soluçando.

Gabriel: Aqui no castelo? Por que? Oque aconteceu? Alguém te fez algum mal?

Perguntou desesperado.

Lívia: Eu quero poder ver o mundo, é muito ruim ter que ficar presa nesse castelo, eu quero ser livre Gabriel, por favor deixa eu sair, o mínimo que seja.

Disse olhando para ele, vendo ele mudar o rosto, já sabendo oque ele iria responder.

Gabriel: Eu não posso.

Disse soltando a irmã se levantando olhando de um lado para o outro.

Lívia: Ta vendo por que eu não queria te falar, você nunca me entende, toma a decisão das minhas próprias escolhas, isso é horrível.

Disse virando o rosto para a janela denovo.

Gabriel: Isso não, não posso deixar que te machuquem, não quero que nada lhe aconteça, isso é pelo seu bem.

Lívia: ...sai do meu quarto...

Disse sem ânimo.

Gabriel: Me perdoa irmã.

Lívia: Sai do meu quarto...

Gabriel: Lívia... Eu não posso.

Disse encarando ela.

Lívia: Sai daqui por favor.

Disse chorando de novo.

Gabriel: Me dá um tempo pra pensar em relação a isso.

Disse ele, e ela olha pra ele um pouco feliz.

Lívia: Oque?

Disse sem acreditar se levantando.

Gabriel: Talvez eu reconsidere isso, mas não é certeza.

Lívia: Sério irmão, isso quer dizer que eu vou poder sair?

Disse sem acreditar.

Gabriel: Eu não sei Lívia, ainda vou pensar.

Disse já irritado.

Lívia: Irmão, eu saí com um bilhão de guardas, mas me deixa sair.

Disse suplicando.

Gabriel:...

Não soube oque dizer.

Lívia: Por favor.

Gabriel: Tá bom, irá sair acompanhada de Alex ou de Felipe e eu preciso ficar ciente disso.

Disse.

Lívia: Isso!!!

Disse pulando de alegria e logo em seguida abraça o irmão.

Lívia: Obrigada irmão, você não faz ideia de como isso me faz feliz.

Disse abraçando-o fortemente.

Gabriel: É mais uma coisa, não poderá ir além das fronteiras do castelo e da vila dos vampiros, entendido?

Disse sério.

Lívia: Tá bom, obrigada.

Disse o soltando e olhando nos olhos dele.

Lívia: Quando eu vou poder sair?

Disse ansiosa.

Gabriel: Depois, você vamos primeiro conversar na sala de reuniões, vá para lá, vou conversar com Alex antes, inclusive ele já deve estar chegando, falando nele.

No exato momento em que ele termina de falar Alex aparece na porta do quarto.

Alex: Queria falar comigo, Gabriel?

Disse entrando no quarto.

Gabriel: Sim, por favor Lívia vá para a sala de reuniões.

Lívia: Ok.

Disse saindo, indo em direção a porta.

Com Lívia.

Estava tão feliz com a decisão de meu irmão, foi um decisão que demorou quase 18 anos completos para acontecer. Estava caminhando até a sala reuniões que é um longo trajeto, já que o castelo é enorme. Quando chego na porta, entro normalmente achando que não teria ninguém, só que aí na hora que eu abro, dou de cara com Felipe que estava em pé olhando para a janela, além de estar bebendo vinho.

Sala tamanho.

Ele olha para mim, parece que ele estava admirado, não demora muito paro de olhar para ele e me acomodo no sofá. Ele tira o olhar de mim e volta a olhar para a janela. Não sabemos oque falar um para o outro, mas eu só consigo olhar para as minhas mãos sem sequer mexe-las, e ficamos um bom tempo assim, só que aí ele diz.

Continua.

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