Conversa séria

Felipe: Lívia oque houve?

Disse preocupado.

Lívia: Eu não aguento mais ser tratada por vocês como se eu fosse uma boneca de porcelana.

Disse chorando.

Felipe: Lívia, você não é uma boneca de porcelana, a gente só faz isso pra te proteger, é pelo seu bem, seu irmão te ama tanto que não quer que nenhum mal lhe aconteça.

Disse olhando nos olhos dela, enquanto o sol ainda brilhava diante deles.

Lívia: Fala isso por que não é você que tá no meu lugar, você sempre foi livre, pode fazer suas próprias escolhas, fazer oque quiser, não é a tia que sabe de tudo oque faz hoje.

Disse já se levantando e ficando na sombra que havia lá por conta da parede.

Lívia: Eu vou voltar para meu quarto e não ouse vir atrás de mim e questionar oque eu digo.

Disse ela se transformando em morcego de novo e indo em direção a janela do seu quarto, ela não se queimou já que o sol estava do lado oposto de seu quarto.

Felipe fica parado no mesmo lugar, refletindo sobre tudo oque ela disse, ele não pode ajudá-la e se pudesse, com certeza já teria feito. Ele se teletransporta e volta para seu quarto. Ele fica andando de um lado pro outro pensando no que fazer pra ajudá-la.

No momento ele não pode fazer nada nem se quer falar com Gabriel, ele conhece seu irmão a anos e sabe que ele jamais aceitaria que Lívia deixasse de ser vigiada. Oque pode-se fazer agora é esperar Lívia falar pra eles sobre oque ela viu em relação ao feitiço que fiz com ela. Ele vai tomar banho depois que os criados enchem a banheira e depois se vestem.

Algum tempo depois.

Com Lívia.

Depois de tudo que aconteceu lá no telhado, estou aqui em meu quarto deitada na minha cama, enquanto as lágrimas caem do meu rosto. Os criados estão enchendo a banheira para eu me banhar, enquanto isso, fico me lembrando do sonho terrível que eu tive, na verdade, eu nem sei se isso foi um sonho, tá mais para uma memória. Oque eu realmente não compreendo é quem era aquela mulher e o que o homem fez especificamente, para ela.

Se eu realmente estiver envolvida nessa história, eu com certeza sou o ponto principal disso tudo. Meus pais morreram drasticamente, e eu nem pude conhecê-los, era tudo oque eu mais queria, uma vida normal. Sei que eu tenho tudo que uma pessoa queria ter, mas eu queria ser livre.

Deixo meus pensamentos de lado quando Noah entra no meu quarto.

Noah: Senhorita.

Me chamou, mas eu estava de costas pra ele e ainda estava chorando. Não respondi.

Noah: Senhorita.

Disse se aproximando mais para ver oque estava acontecendo.

Noah: Senhorita, seu irmão e seus convidados a aguardam na sala de reuniões.

Mais uma vez ela não respondeu.

Noah vai para fora do quarto e pergunta para os criados, que já saíram, oque havia acontecido pra ela estar daquele jeito.

Noah: Vocês sabem oque aconteceu pra ela estar desse jeito?

Perguntou para os criados.

Criada: Não senhor. Quando chegamos ela já estava daquele jeito.

Noah: Tem certeza que não sabe de nada?

Disse na dúvida.

Criada: Sim senhor, quando chegamos a senhorita já estava naquele estado.

Noah: Ok, se retirem.

Criada: Sim senhor.

Me curvo e saio.

Noah caminha em direção a sala de reuniões para falar com o Gabriel. Ele percorre um longo trajeto, quando chega lá os três estão tomando vinho e sorrindo à beça, mas um deles está meio cabisbaixo.

Noah: Conde Drácula, preciso falar com o senhor.

Disse fazendo uma reverência e falando sério.

Gabriel: Aí Noah, nada me tiraria do ânimo agora, não deve ser muito importante.

Disse sorrindo.

Noah: É sobre a Lívia.

Disse ele.

Gabriel: Oque tem minha irmã?

Disse preocupado.

Noah: Preciso falar a sois.

Disse se referindo ao Felipe e o Alex.

Gabriel: Vamos para o lado de fora.

Disse Gabriel se levantando.

Noah e ele saem e fica Felipe e Alex na sala.

Alex: Oque será que aconteceu?

Disse ele se levantando e rodando em volta da mesa.

Felipe: Não sei.

Disse cabisbaixo, bebendo ainda mais o vinho.

Alex: Eu passei a noite vendo alguns livros de maldições do passado, e achei várias, mas a que eu mais achei parecida com as poucas informações que Lívia falou, foi a maldição Morgana a anos atrás.

Felipe: Morgana?

Disse sem acreditar.

Alex: Sim, e possivelmente ela é a garota da maldição.

Felipe se levanta da cadeira e começa a rondar de um lado para o outro desesperado, ele passa as mãos no cabelo e diz a Alex.

Felipe: Você tem certeza?

Alex: Não, eu deduzi com as informações que ela me disse, mas possivelmente é ela.

Disse encarando ele.

Felipe: Talvez não, talvez não seja ela, talvez a gente esteja se confundindo com algo, mas não pode ser.

Alex: Por que está tão preocupado?

Disse com um pouco de raiva.

Felipe: ...

Nem ele não soube responder o por quê.

Alex: Você não pode.

Falou bem devagar para ele escutar.

Felipe: Eu não quero, você sabe, mas eu não consigo e eu tô fazendo de tudo pra evitar, mas não dá.

Alex: Isso é impossível.

Disse sem acreditar.

Alex:Como?

Felipe: Eu não sei tabom, eu não faço a mínima ideia.

Disse colocando as mãos na cabeça.

Alex: Por que justo ela Felipe?

Disse incrédulo.

Felipe: Eu não sei.

Alex: Tem tantas mulheres bonitas por aí, você foi escolher justo a irmã do nosso melhor amigo!

Disse.

Felipe: Eu não escolhi por que eu quis, tá bom. Isso é passageiro, com certeza vai passar, ela só deve ser um rostinho bonito pra mim igual todas as outras.

Alex: Só espero que não acabe com seu futuro.

Alex: Se isso continuar você já sabe oque tem que fazer.

Disse a ele.

Felipe: Vou ter que me distânciar, ou seja ir embora.

Alex: Sim.

Continua

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