Atentado

 Serena...

Os meninos foram para a boate, ele e estávamos todas as mulheres reunidas na mansão, organizamos o casamento, rimos e brincamos até a confusão começar, Lavínia parecia ter bastante noção do que aconteceria e cuidou de tudo, mas não deixaria ela sozinha ali, quando fechou o quarto do pânico eu e Julia ficamos de fora, precisamos cuidar dela assim como cuida de nós todo dia.

__ Meninas, entrem — falou ela quando nos viu.

__ Vamos ficar com você e lutar — falou Júlia e corremos com ela, com tanta fumaça era possível que qualquer um estivesse ali, e ficaria muito perigoso, quando fomos voltar senti uma força puxar Lavínia e consequentemente todas nós.

Caladas as três ou morrem, vão morrer de qualquer jeito, mas assim não vou poder me divertir — falou uma voz.

Não toque nelas seu maldito — gritei e recebi um tapa de reclamação.

Amarre elas aí no sofá, acho que esse é o escritório do poderoso Rossi, veremos se eles chegam a tempo de mostrar como são poderosos mesmo — ele falou rindo.

Fomos jogadas em um sofá e comecei a sentir a mente cansada, acabei desmaiando e acordei horas depois sentindo meu braço queimar.

AAAAAI — chorei com a mão em meu braço vendo o sangue escorrer, percebi que meu pai e todos estavam ali, com muito medo avistei Luca e instantaneamente fiquei mais calma, pelo menos ele estava ali.

Luca

Hoje armamos o plano para pegar o desgraçado, mas acabamos enganados, quando voltamos na mansão onde elas estavam todas juntas não tinha um só soldado na rua, pela janela avistamos tia Samira com Leonardo no colo e atrás passavam outras pessoas, sabíamos que ali dentro tinha alguém e nesse caso o silêncio era preocupante demais.

__ Vamos manter a calma, precisamos saber quem está ali dentro, aí meu Deus, sua mãe está ali na sua janela filho, as mulheres estão ali, não ouvimos o que dizem, mas não vejo as meninas — falou Dante olhando para cima e avistei ela também, vi minha mãe, mas não Serena e meu coração estava em pânico.

__ Vamos descer, ele deve ter feito alguma coisa com as meninas, de alguma forma ele sabia que teríamos todas aqui para proteção delas e conseguiu nos enganar, se algo acontecer eu não vou me perdoar — reclamei e meu pai disse:

Coloquem o colete, se protejam — a fumaça dentro da casa era tão densa que logo pensamos em fogo, saímos correndo atrás delas, mas acabamos caindo em uma maldita cilada.

  Tem fumaça demais — ouvi Giovanni falar e ouço o primeiro barulho de queda, durou pouco a minha consciência e logo acabei caindo também perdendo a noção do que acontecia em minha volta.

 Acordo vendo que Enrico, Dante e Fernando já estão bem atentos, meu pai e os outros pouco a pouco acordando e ouço a voz do desgraçado.

__ Finalmente maldito, já estava cansado de esperar — falou direto ao Enrico, depois que saber que ele era irmão da vagabunda da Nicole ficou claro o real motivo de tanta provocação direcionada a Lavínia, ele quer vingança matando o amor do Enrico.

__ Onde estão as meninas? — Enrico perguntou e um soldado entra no escritório, ele traz no colo Julia, Serena e por último Lavínia, as três estão adormecidas e a forma como o desgraçado pega cada uma me faz querer destruir ele.

__ O que fez com elas? — Perguntou Giovanni furioso.

__ Elas serão brinquedos dos meus soldados, dos homens que usam a minha droga e de quem mais quiser, vocês assistirão toda tortura possível, eu não achei as outras e os vermezinhos, mas ainda vou encontrar, dizem que Luna Romano é uma delícia, mas ela evita aparições — falou ele.

 Dante olhava para a escada com cara de pavor e quando o soldado percebeu e foi em direção a ela começou uma verdadeira guerra, Dante levantou igual um touro e voou no cara.

__ SAMIRA VAI — gritou ele e ela correu, Lavínia tirou uma faca pequena da manga e enfiou no braço dele e correu para trás do marido que levantou e impediu que ele se aproximasse, Fernando se jogou para cima dele também e disse:

__ Desgraçado eu te mato — falou Fernando, de repente ele pegou uma arma e apontou para Serena rapidamente.

__ SE AFASTEM TODOS OU A PRINCESA ROSSI MORRE — ele gritou e para meu desespero ela estava querendo acordar, qualquer reação faria ele atirar, Dante levantou depois de deixar o soldado quase morto e foi em direção a ele:

__ Você está apontando sua arma para a minha filha, eu destruirei você assim como fizemos com a sua irmã — dizendo isso ele atirou no braço da Serena que gritou de dor despertando assustada.

__ Desgraçado — gritei quase me soltando.

__ Calma, vai ficar tudo bem — Lavínia disse e a abraçou forte e Julia levantou atrás do Derek e pulou nele o derrubando, nesse momento Dante reagiu evitando que ela também se machucasse e Enrico também com a  mão livre o atacou.

__ Acabou desgraçado, assim como matei a Nicole vai chegar a sua hora — disse Enrico, Julia conseguiu me soltar e ao Giovanni também e corri para ver minha noiva.

__ Recebi o pedido de socorro da Paola, vim salvar vocês, os soldados acordaram e estão vindo auxiliar, ele usou uma droga forte e o nível de sonífero foi tão grande que assim que a fumaça entrou eles já desmaiaram — falou ele.

__ Vamos para o hospital amor — falei pegando ela no colo, mas Enrico achou melhor chamar alguém ali, fomos para a casa do Fernando cuidar delas e Serena chorava muito, tanto pelo susto, quanto pela dor.

O médico já está vindo amor — falei para ela que estava abraçada ao pai, meu pai beijava Livia com força e minha mãe sempre calma não esboçava desespero, Fernando estava furioso e Dante também, Samira e Luna cuidavam dos netos e parecia que durante suas vidas já haviam vivido coisas assim muitas vezes.

Com licença, o médico chegou — falou Sônia que é uma empregada mais antiga.

Nos afastamos um pouco e enquanto os soldados faziam a limpeza e inspeção do lugar nós observávamos o médico cuidar dela.

Aparentemente o tiro entrou e saiu, precisa de observação e cuidado, vou deixar a lista de medicação e repouso de pelo menos dois dias — falou ele e assentimos, quando meu sogro pegou a receita para que o soldado buscasse o remédio me deitei no sofá ao lado dela que deitou a cabeça no meu colo.

Eu não tive medo, sabia que você viria, sabia que estaria ali, obrigado Luca, por me amar — ela falou.

__ Eu sabia que não teria medo, minha Rossi preferida, eu te amo minha bambina — respondi e fiquei acariciando seu cabelo.

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