malditos estupradores

Minha mãe ainda na sua adolescência sofreu abuso sexual pelo homem que ela achava ser o seu pai, meu pai contou que ela veio cheia de dores e traumas e se libertou com amor e apoio, tanto da nossa família quanto das amigas inseparáveis, ainda na faixa dos seus 18 anos as três tomaram caminhos diferentes, mas durou pouco, logo o destino tratou de unir as três e dessa vez para sempre, os relatos dessa história nos fez ter o pior dos ódios dessa raça, odiamos sim, é um asco incalculável e é um tipo de crime que não recebe segunda chance.

__ Vamos até o orfanato ver esses dois nomes e descobrir o que estão tramando — falou Enrico e assenti, fomos cada um no seu carro, Enrico estava ainda furioso com a história da Lavínia e essa dificuldade em se resolverem está o deixando bem desnorteado.

  Quando chegamos e ele viu Lavínia me deixou ali sozinho e brinquei um pouco com as crianças, depois alertei a empregada que não deveriam descer nenhuma criança e fui com alguns soldados me adiantando, quando estavam todos ali no espaço em fila Enrico chegou e dessa vez ria, mas assim que me olhou me mandou ficar quieto e ergui as mãos em sinal de rendição.

__ Boa tarde a vocês, sabem porque estão aqui? — perguntou ele e todos negaram, quando iriamos continuar as perguntas e finalizar a vistoria Lavínia aparece no nosso campo de visão furiosa e vai em direção a um soldado específico, Richard, justamente o que estava com o nome na lista, não deu nem tempo de perguntar o que ela queria, acertou de imediato um soco certeiro no cara que até cambaleou para trás.

  Enrico se aproximou dela que urrou de dor parecendo que havia quebrado a mão e o soldado falou:

__ O que aconteceu? — ele perguntou descarado.

__ Você não sabe soldado porque ela te bateu? — o questionei sabendo que Lavínia era calma e equilibrada e para chegar a uma agressão a coisa deveria ser grave.

__ Senhorita? Está louca? — ele questionou como se ela fosse louca e recebeu dessa vez um belo chute na sua parte baixa, a menina mais uma vez gritou de dor, bateu com tanta raiva que acabou se machucando.

__ Lavínia? Me explica o que ele fez? — Enrico falou enquanto a ajudava a sentar, eu não tirava meus olhos dele, sabia que para essa atitude tinha sido algo sério.

__ Esse infeliz estuprou uma das meninas, ela só tem 15 anos, e pior de tudo, a menina está grávida, gravida Enrico — esse desgraçado é um estuprador, e pior de crianças cara, que nojo, vou arrancar cada parte desse maldito, nesse momento os homens logo o seguraram e ele falou:

__ Ela queria senhor, eu juro — choramingando ele continuou implorando.

__ Ela tem 15 anos, acha que qualquer coisa que você disser vai justificar? — Respondi, comecei a lembrar do que minha mãe viveu e ficar cada minuto mais estressado, eu reviveria o maldito para o matar mil vezes mais.

__ Vem que vou te levar na clínica, sua mão ta quebrada, levem ele para o galpão e avisem que meu pai venha para cá, Luca assume aqui — Enrico falou e seguiu com ela para o hospital, fiquei ali com aquele desgraçado, nossos soldados o levaram para o galpão com o outro suspeito e foi feito uma varredura em todos os celulares, mas nada mais foi encontrado, então no momento que o tio Dante e Fernando assim como a tia Samira chegaram fui para o galpão.

Serena...

  Estamos em um dia com aula somente um período e vim mais cedo para casa, minha tia Luna disse que algo havia acontecido com Lavínia no orfanato e envolvia outra menina, uma menor de idade, ela disse que não sabia ao certo, mas envolvia um estupro, custei a acreditar que isso aconteceria dentro do nosso orfanato, sei que vão matar esse homem, mas e como está Lavínia e a vítima disso tudo?

__ Estão chegando? Acho que vou até lá — falou meu primo Giovanni e minha tia negou.

__ Não filho, espere aqui, não podemos ficar sozinhas né, fique conosco pelo menos um pouco — falou e ele assentiu parecendo inconformado, Giovanni fará 18 anos e anseia veemente pelo dia que poderá ser 100% mafioso e não estudante também, passou mais ou menos duas horas e eles chegaram, Enrico trazia minha prima e ela tinha a mão enfaixada e o pé também.

__ Me diz que você socou aquele infeliz — perguntei achando que essa era a única resposta para sua mão quebrada e ela riu.

__ Sim não consegui resistir, mas não foi nem perto do que ele merecia, tenho certeza que os homens da família farão justiça — respondeu.

__ Tenha certeza sim, Oliver, Fabrizio e Julian assim como os meninos sentiram na pele isso com sua tia Marisa, Fernando me disse que eles farão picadinho do cara

__ Mãe, como está a menina? — perguntei nervosa, ela tinha a minha idade e deve ser horrível a sensação de ter alguém te tocando sem consentimento, não consigo imaginar o que ela viveu e descobrindo depois que engravidou vai com certeza precisar de muita ajuda psicológica.

__ Vamos apoiar da forma necessário bambina, ela está arrasada e diferente de você que tem um corpão e não aparenta ter 15 anos, ela é só uma criança sem forma alguma, é triste ver a situação, ela está falando com a sua tia Marisa e nós já voltaremos, seu pai pediu que fosse logo embora porque ele quer ir para o galpão participar, acredito que uns 20 minutos estaremos ai — falou minha mãe e contando que o orfanato era bem perto aquilo seria real, então me despedi da tia e entrei em casa, fui tomar um banho e vi uma mensagem estranha, ela era direcionada a mim com um convite para fazer fotos de colegial, não respondi, mas imaginei ser da agência do Giuliano, não tenho tempo para isso e não irei perder tempo sabendo que meu pai jamais deixaria isso.

Após meu banho minha mãe veio falar comigo, me mostrou uma foto da menina e me doeu o coração, tinha um olhar sem brilho e realmente aparentava ter uns 13 anos, queria poder ajudar e me tornar amiga dela, apagar esses traumas que ela sente e fazê-la melhorar, tomara que eu tenha oportunidade para isso ainda.

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