Largue seu marido!

...​Sofia...

Ele me acomodou na cama e me aplicou pomada, eu poderia fazer isso sozinha, mas ele insistiu, também cuidou de todos os meus "machucados" me deu remedio para dor e fez massagem nos meus pés, nesse meio tempo a comida tinha chegado fiz mansão de me levantar mas ele me repreendeu.

- quietinha no seu canto!

- eu nao estou doente, sabia disso?

- eu só quero cuidar de você, então apenas aceite.

Ele pediu umas comidas leves, suco, frutas e um docinho, no final e ele que me alimentou e foi ai que vi aqueles cortes em sua mão, como eu nao notei antes? Era bem sério já que levou ponto, aquilo devia ta doendo, eu toquei o lugar suavemente para não o deixar desconfortável.

- te deixei sozinho por um dia e você se mete em uma briga?

brinquei para descontrair, mas ele não sorriu, parecia imerso em um mundo paralelo onde eu nao consegui o alcançar e isso me deixou um quanto nervosa, eu sei que não devia me apegar, que isso seja lá o que for tem data de validade e que eu nao sou mais que um casinho de um homem casado.

- eu falei brincando, não me diga que brigou de verdade?

Finalmente ele me olhou, finalmente seus olhos estavam em mim, isso me trouxe um pouco de paz.

- eu esmurrei um espelho.

- o que ele te fez?

Ele deu um sorriso de canto de boca que formou uma pequena covinha na sua bochecha, encantador!

- nada, ele só estava no lugar errado na hora errada.

circulei a pequena área que estava com os pontos tomando todo o cuidado do mundo.

- isso dói?

- já senti dores maiores.

Isso machucou meu coração, um aperto e um desconforto que meus olhos se encheram de lágrimas e involuntariamente rolaram.

- Ei! Está chorando porque?

Ele limpava minhas lágrimas e me acolhia, e eu chorando nem sei porque, de verdade, o que me deixava triste? nem era um corte que o faria ficar sem as mãos.

- e só que você que está machucado e sou eu que está sendo mimada.

- não chore por algo bobo assim.

- não e bobo, você tá ferido e isso parte meu coração.

Eu me escondi debaixo das cobertas e me senti uma garotinha e ele começou a sorrir então minha simpatia se tornou raiva desse bobão. Ele tentava me fazer cócegas por baixo dos lençóis e eu esperneava, até que ele soltou um gemido de dor.

- ai! minha mão.

Eu pulei toda assustada.

- eu bati nela? abriu os pontos?

Foi ai que ele me agarrou e me olhou sério.

- vou tentar nao me machucar mais ta bom?

- você me enganou!

- foi preciso.

Eu começo uma guerra de travesseiros, plumas se espalhou pelo quarto junto com as varias gargalhadas por horas a fim. À noite recebi uma mensagem das meninas, elas queriam jantar em um restaurante perto da pousada. Simon estava me abraçando por traz escutando o noticiários enquanto estava no celular.

-Simon eu vou ter que sair.

- posso ir com você?

- nem pensar, não quero que ninguém descubra que estamos juntos.

- Ninguém nos conhece aqui então nao tem problema.

- minhas amigas te conhecem

ele me abraça forte que me deixa com um pouco de falta de ar mas nao chega a ser sufocante, só me fazia não querer sair do quarto.

- tem vergonha de mim?

- Primeiro você é um homem casado.

- estou me divorciando.

ele tenta me corrigir.

- enquanto não finalizar você ainda é um homem casado e eu também e segundo você e meu professor.

- não seja por isso eu me demito agora.

ele me solta e pega o celular e disca o número do reitor.

- o que tá fazendo?

- me demitindo.

- Ta maluco?

eu pulo na sua mão, tomo o celular

- se é isso que te impede de me assumir então eu me demito, nada me impede.

- seria uma perda para os outros alunos nao quero que eles me odeiem.

- que droga.

Ele fica emburrado mas eu corro para me arrumar, daria um pouco de trabalho esconder todas as marcas, mas fiz o melhor que pude, meias calças pretas vestido mini fluido bem praia ele escondia meu colo e o pescoço fiz uma maquiagem pesada, o cabelo com ondas e finalizei com um salto bem alto e uma bolsa de brilhantes da Dior e quando acabei e fui me despedir do Simon, ele estava na varana com alguém no telefone e parecia irritado mas assim que ele notou minha presença ele finaliza o telefona, me olha de cima a baixo e diz:

- Uau! Acho que terei que te prender nesse quarto.

Eu dei um abraço nele.

- não me diz que se demitiu.

- não é isso

- você parecia irritado

- e só um problema com meu divorcio

- ela desistiu?

- não, ela quer se divorciar tanto quanto eu.

- pode me dizer qual é o problema então?

- eu enviei uns documentos para ela revisar e ela já devia ter enviado de volta, mas adivinha, ela nem tocou ainda. E sem isso nao posso dar continuidade.

- ela deve estar ocupada.

- a governanta me informou que ela tá viajando

- ela vai demorar para voltar?

- não, mas já deixei outro recado para ela acelerar isso.

- que bom.

Foi ai que ele me olhou com um olhar de quem estava tramando algo.

- sabe, essa coisa de divorcio?

- o que aqui tem?

- você devia se divorciar!

Eu conto a verdade para ele ou o torturo, mas um pouco? optei pela segunda opção.

- eu preciso ir

- Por que não me responde

- eu vou demorar então nao me espere.

- o pau dele nem funciona.

- detalhe!

ele me segurava sem me deixar ir.

- ele trabalha com o que?

Eu devo dizer que nao sei nada sobre ele? isso levaria a história horrível da minha vida e quero esconder esse lado feio.

- não importa.

- olha, eu ganho muito bem só agora, nesses poucos segundos já faturei centenas de milhares de dólares

- bom para você! agora eu tenho que ir.

dei um beijinho nele e fugi deixando ele falando sozinho para traz.

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