capítulo 4

LAIS- Finalmente esse dia acabou.

CAROLINA - Pois é, eu não aguentava mais ficar sorrindo e fingindo que eu gosto da sua irmã.

LAIS- É minha família, eu não posso criticar.

CAROLINA - E o que sentiu, quando viu a cobra cascavel se casar com o encostado?

LAÍS - Nada, eu fiquei magoada no princípio, agora já não me fere mais.

CAROLINA - Isso, você tem que esquecer ele mesmo, principalmente agora que você tem o gostosão na sua vida.

LAIS- Para com isso.

CAROLINA- Agora é sério, o que pretende fazer em relação a o casamento?

LAIS-O Hugo disse que não vai aceitar que eu more em outra casa, enquanto estivermos casados, eu achei muito estranha a atitude dele, o que você acha que ele quer?

CAROLINA - Te come.- Disse de uma vez.

LAIS - Que isso.- Disse ficando vermelha.

CAROLINA - Me responde uma coisa, a quanto tempo você não transa?

LAÍS - A última vez foi um dia antes do acidente.

CAROLINA - Então a última vez foi com o saco mucho do Kayke.

LAIS - Sim, foi com ele, o que eu faço?

CAROLINA - Compra uma hipoglos.- Disse sorrindo.

LAÍS - Carolina.- Disse tocando o travesseiro na amiga e depois riu junto a ela.

CAROLINA - É só um conselho, eu mesmo, tem dia que nem sentar eu consigo.

LAIS- E como está a sua preparação para o primeiro dia de trabalho.

CAROLINA - Bem nervosa, mais eu sei que tudo ficará bem, o meu pequeno está curado e agora eu quero ser feliz.

LAIS - Isso aí amiga.

CAROLINA - Eu vou indo embora, porque hoje se encerra um capítulo da minha vida.

Carolina se despediu da amiga e foi para casa, depois de passar um tempo com o irmãozinho, ela saiu novamente, para terminar uma coisa que havia começado a alguns meses atrás.

#COM RUDÁ #

HUGO - Oi pai.- Disse chegando em casa e encontrando o pai bem arrumado, pronto para sair.

RUDÁ - E ai filho, você não ia ter plantão hoje.

HUGO - Sim, estou no meu horário de almoço,vim buscar algumas coisas, e o senhor?

RUDÁ - Vou sair.- Disse arrumando o casaco.

HUGO- Vai ver a sua dama?

RUDÁ - Ela não é minha dama, nem sei se esse tipo de mulher tem um dono.- Disse e abaixou a cabeça.

HUGO - Você sente alguma coisa por essa garota?

RUDÁ - Eu não sei filho, ela é tão misteriosa, mais o pouco que ela me falou, me agrada tanto, ela é gentil e inteligente.

HUGO - Então porque não conversa com ela e tenta ver se dá certo, quem sabe o senhor não pode acabar sendo feliz.

RUDÁ - Não sei, minhas experiências como mulher desse tipo não foram boas, veja a sua mãe, quando ela engravidou, eu a trouxe para cá e dei tudo a ela, mesmo assim, ela continuou se envolvendo com coisas erradas e foi encontrada com um buraco na cabeça.

HUGO - Mais essa garota não é a minha mãe, papai.

RUDÁ - Vamos ver no que dá.- Disse e pegou as chaves do carro.- Eu vou indo.

HUGO - Divirta-se pai.

Rudá saiu em direção a um lugar que após um ano, ele já era capaz de chegar de olhos fechados, a boate na qual ele havia conhecido uma das mulheres mais fascinantes do mundo.

Ela era nova no local, nunca havia de envolvido com esse tipo de coisas, Rudá foi o único homem que a tocou, enquanto esteve naquele lugar e mesmo já a conhecendo a quase um ano, ele nunca soube o seu nome e seu rosto ele sabia

ROSA DO DESERTO - Voltou rápido dessa vez.- Disse assim que entrou no quarto e viu o belo homem negro sentado na cama, lhe esperando.

RUDÁ - A culpa é sua.- Disse se levantando e indo em direção da mulher mascarada.- Esta cada vez mais difícil ficar longe desse maldito lugar.- Disse e abraçando a cintura da mulher de um jeito possessivo e a beijou.- Não sei o que você fez, menina, mais estou louco por você, sou capaz de dar o dobro, só para poder ver o seu rosto sem essa porcaria de máscara.

ROSA DO DESERTO- Sabe como funciona gato e agora mais do que antes, não posso te deixar ver o meu rosto.- Disse fazendo carinho no braço do homem.

RUDÁ - Porque?

ROSA DO DESERTO - Hoje é o meu último dia aqui Ruda, depois eu nunca mais vou colocar os pés nessa boate.

RUDÁ - Fico feliz que vai sair daqui, mais o que me deixa triste, é o fato de você não querer me ver mais.

ROSA DO DESERTO - Não é questão, de eu não querer te ver mais, eu falei, o motivo de eu ter entrado nesse lugar.

RUDÁ - O seu irmão.

ROSA DO DESERTO - Sim, agora ele está bem, graças a você, ele fez o tratamento e esta totalmente curado, consegui um bom emprego, temos uma vida instável e agora, eu quero recomeçar.

RUDÁ - E a sua melhor opção de recomeçar, é me mantendo afastado de você?

ROSA DO DESERTO - Eu acho que não sou o tipo de mulher que você deseja ter.

RUDÁ - E eu não posso conhecer a pessoa que está por debaixo da máscara? Talvez eu possa gostar.

ROSA DO DESERTO - Vai por mim, não sou nenhum pouco Interressante, sou só uma garota comum, com diversos problemas e ainda um irmãozinho para cuidar, é um bagagem imensa, que nenhum homem merece.

RUDÁ - Eu não sou qualquer homem linda.

ROSA DO DESERTO - Não vamos pensar nisso, vamos aproveitar a nossa última noite.

RUDÁ -Não, eu me recuso a aceitar que isso é uma despedida.

ROSA DO DESERTO - Só vamos aproveitar.

Rudá pegou a mulher no colo e a levou para cama, que como sempre foi incendiada por uma paixão avassaladora, os corpos se fundiram um ao outro, como se fossem um, enquanto cada um se fazia uma proposta, a mulher prometeu que faria falar cada sacrifício que fora feito, inclusive o de se afastar de Rudá, e o homem, prometeu que não descansaria enquanto não encontrasse a dona de seus pensamentos.

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