capítulo 14

LAIS- Bom.- Disse sem graça após encherar o beijo.

HUGO- O que achou?

LAIS- Foi incrível.

HUGO - Eu também achei.- Disse sorrindo.

LAIS- E agora?

HUGO- Comemos a sobremesa, eu fiz uma torta de limão, já que eu sei que você é alérgica a morangos.- Disse pegando a travessa.

Hugo serviu a jovem e voltou a se sentar, o clima ficou meio tenso, apesar dos dois desejarem muito o beijo, ainda sim não puderam evitar de ficarem envergonhados, os dois eram semelhantes nisso.

Tanto Hugo, quanto Laís não tiveram muitas experiências em relacionamentos, dava para contar nos dedos os seus casos amoroso, talvez fosse esse motivo para os dois estarem se dando tão bem, eles tinham pensamentos e metas semelhantes para o futuro.

HUGO- Não se cale, eu sei que você ficou surpresa com o beijo, mais não fica em silêncio.

LAIS - Não precisa se preocupar, eu não fiquei assim por causa do beijo em si, é que já faz um bom tempo que eu não tenho ninguém.

HUGO- Eu também.- Disse e sorriu para a mulher.

LAIS- Você, bonitão desse jeito?

HUGO- Primeiramente, obrigado pelo elogio, mais vê se não fala para o meu pai, ele se acha quando reconhecem que ele caprichou me fazendo, seguidamente, eu sempre fui um rapaz focado nos estudos, assumo que eu era um nerdzinho, e isso não atraia a atenção de muitas meninas, confesso que eu só fui perder o meu BV com vinte anos.

LAÍS- Eu também nunca fui namoradeira.

HUGO- E você sempre quis ser arquiteta?

LAIS- Sim, é uma coisa de família, e eu sempre gostei de construir coisas, então eu sinto que é algo que me complementa.

HUGO- Eu sinto a mesma coisa sobre a medicina.

LAIS- E porque você foi estudar na Europa? Pelo que eu pude perceber, o seu pai era capaz de doar uma ala inteira, só para que você estudasse na melhor faculdade de medicina do Rio de Janeiro.

HUGO- E se eu te falar que ele pretendia fazer isso mesmo.

LAIS- Serio?- Perguntou rindo junto com o rapaz.- Então porque foi embora?

HUGO- Foi por causa do meu pai, mais não tirei conclusões precipitadas, eu amo o meu pai e se sou o que eu sou, é por causa dele.- Disse e sorriu para a mulher.- O meu pai acabou me protegendo demais, eu cresci um jovem tímido e inseguro, quando fiz dezoito, eu percebi isso, foi aí que eu pensei em que tipo de homem, eu gostaria de ser, é na minha mente, veio a imagem do senhor Rudá, então foi por isso que eu quis ir embora, me afastar um pouco do ninho, pedi que o meu pai só pagar a minha faculdade, o resto eu me virei sozinho, sai daqui um menino e acho que voltei um homem, pelo menos consigo tomar as minhas próprias decisões.

LAIS- Você é um homem incrível Hugo, eu que te conheço a pouco tempo, já consegui perceber isso.

HUGO- Sabe o que eu acho?

LAÍS- O que?

HUGO- Que coisas boas vão começar a acontecer para nós dois.- Disse pegou gentilmente na mão da mulher, que sorriu de volta, pensando que talvez, essas coisas já estivessem acontecendo.

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