capítulo 12

CAROLINA - Vamos dormir coisinha linda.- Disse cobrindo o irmãozinho.

MATHEUS - Eu gostei do tio Rudá, se quiser eu deixo você namorar com ele.

CAROLINA - Vai dormir, amanhã você volta para a escola.- Disse rindo para o menino.

MATHEUS - Boa noite mana.

CAROLINA - Boa noite meu amor, te amo mais do que tudo.

Logo Matheus adormeceu e Carolina voltou para sala, onde encontrou Rudá de pé, olhando em volta do apartamento.

O local era um lugar simples mais muito bonito, havia várias fotos de Carolina e Matheus juntos e algumas dos pais dos dois.

RUDÁ - Eu adorei conhecer o meu cunhado.- Disse sorrindo para a mulher de cara amarrada.

CAROLINA - Ele não é o seu cunhado.

RUDA- Ainda não é, mais mesmo assim, ele é um garoto incrível.- Disse se sentando no sofá.- Você fez um bom trabalho.

CAROLINA - Eu estou tentando, mais é difícil tentar suprir a falta que ele sente dos meus pais.- Disse se sentando ao lado dele.

RUDÁ - O que aconteceu?

CAROLINA - Motorista bêbado, eu tinha acabado de me formar e tinha ganhado um prêmio por ser a melhor aluna da universidade, os dois se dedicaram tanto para que eu pudesse me formar, então decidi que eles mereciam um final de semana para eles, eu fiquei com o Matheus. enquanto eles viajaram na sexta-feira, no domingo que era para eles voltarei, quem apareceu batendo a porta da nossa casa, foi a polícia, eles comunicaram que um homem alcoolizado havia últrapassado o sinal e bateu neles, o carro dos meus pais capotou e o motorista foi arremesado longe por estar sem cinto, bom nenhum dos três sobreviveu.

RUDÁ - Quantos anos o Matheus tinha?

CAROLINA - Quatro, esse garotinho sofreu muito nos últimos anos, com a perda dos nossos pais e o diagnóstico de leucemia, os últimos três anos foram difíceis, eu só quero que agora nos tenhamos uma vida tranquila para variar um pouco, não quero mais confusão na minha vida Rudá.

RUDÁ - Eu entendo, que você pode ter medo de que eu entre na sua vida, sei que tem tantas coisas que nos separa, a começar pelos nossos mais de vinte anos de diferença na nossa idade, mais você não pôde negar que sente algo por mim, e eu não posso negar que estou louco por você.

CAROLINA - Quem te garante que eu sinto algo por você Rudá?

RUDÁ - O seu corpo me diz isso.

CAROLINA - Rudá, eu vou ser franca com você, eu não sou mulher para você, a minha vida já está complicada o suficiente, então vamos esquecer o que passou naquele quarto da boate, a rosa do deserto e eu, somos completamente diferentes, então vamos nos tratar como patrão e funcionária, combinado?

RUDÁ - Eu poderia até aceitar esse acordo, mais uma coisa que você não sabe sobre mim.

CAROLINA - O que?

RUDÁ - Eu não sou um homem de desistir fácil do que eu quero, e o que eu quero é você, então nem tenta me tirar da sua vida, porque por você, eu sou capaz de seguir as regrinhas idiotas do meu filho, então aconselho você a começar a arrumar as suas malas, porque em breve,vou levar vocês para morar comigo, boa noite minha rosa.- Disse e roubou um beijo da mulher, em seguida foi embora, deixando Carolina totalmente confusa.

#COM LAIS#

NA MANHÃ SEGUINTE...

MALVINA - Bom dia filha.- Disse acordando a filha, morrendo de curiosidade para saber se havia acontecido alguma coisa entre Hugo e sua filha.

LAIS- Bom dia.- Disse com um sorriso no rosto.

MALVINA - Pelo jeito a noite foi boa.

LAIS- Foi maravilhosa.- Disse se sentando.

MALVINA - Me diz como está sentindo? Alguma dor?

LAIS - Só estou sentindo as pernas meio sensível, só isso.

MALVINA - Então o instrumento do Hugo é milagroso, até as suas pernas ele está curando, conta para a mamãe, o Hugo é bom de cama?

LAIS- Não...

MALVINA - Vai me dizer que o negrão não funciona?

LAÍS - Não mãe, nos dois não transamos não, ele me levou para conhecer a clinica dele, é um lugar lindo, lá ele me levou para a área de fisioterapia e iniciados um tratamento, ele prometeu que iria me ajudar a voltar a andar.

MALVINA - Que bom filha, eu fico feliz que esteja animada com a fisioterapia, mais estou decepcionada por você ainda não ter aproveitado o corpinho do médico.

LAIS- De corpinho aquilo não tem nada.

MALVINA - Pelo menos reparando no seu noivo você está, menos mal.

LAIS- Até porque é meio difícil não ver ele.

MALVINA - Agora falando sério, o seu pai e eu não perguntamos antes, mais como você está se sentindo em relação ao seu casamento com o Hugo.

LAIS- Na verdade eu nem tive muito tempo para pensar, quando me contaram que eu teria que me casar no lugar da Diana, com um homem que eu nunca havia visto, eu pensei que poderia levar esse casamento de maneira diferente, cada um em sua casa, nenhum se metendo na vida do outro, mais aí, aquele moreno cor do pecado, grande, gentil e doce apareceu e todos os planos que eu mentalizei, caíram por terra.

MALVINA - É assim mesmo minha filha, tem homens que nos surpreendem.

LAÍS - Eu confesso que o Hugo anda me fazendo bem, ele é atencioso e carinhoso, mesmo assim, respeita o meu espaço, não faz nada que possa-me encomodar.

MALVINA - E então, você acha que pode se apaixonar por ele?

LAIS- Eu acho mãe, ele tem se mostrado um homem perfeito, e eu acho que podemos tentar ter alguma coisa, como eu já havia prometido para ele, mais eu ainda tenho um pouco de medo.

MALVINA - Olha, eu sei que não tem nada haver, mais o Hugo não tem nada haver com o primo, eu tenho certeza de que aquele rapaz, seria incapaz de te ferir, então, caí de cabeça nessa relação e vai ser feliz.

Laís pensou por um momento, e percebeu que sua mãe tinha razão, Hugo e ela eram solteiros, então porque não investir no relacionamento dos dois.

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