Mais tarde, quando pretendia ir almoçar, Alessandra saiu da sala e ouviu um barulho vindo do banheiro de Joana.
Alessandra: Joana?
Ela se aproximou da porta e bateu.
Alessandra: Joana, está tudo bem?
Sem resposta, Alessandra abriu a porta e encontrou Joana desmaiada.
Alessandra: Joana!
Ela se agachou para verificar se ela estava respirando e percebeu que sim. Alessandra se levantou rapidamente para chamar alguém para ajudar, mas quando o funcionário chegou, Joana já havia acordado.
Alessandra: Joana, você está bem!? Vou chamar um médico.
Joana: Estou bem, não chame ninguém.
Alessandra: De jeito nenhum! Você desmaiou, precisa ir ao hospital.
Joana: Não precisa, foi só porque não tomei café e acabei desmaiando.
Alessandra: Que falta de responsabilidade é essa, Joana? Quase me matou do coração! Vou pedir o nosso almoço, você precisa comer.
Alessandra dispensou o funcionário e pouco tempo depois, o almoço delas chegou. As duas estavam sentadas à mesa do escritório almoçando.
Alessandra: Tem certeza de que está bem?
Joana: Sim, fui no médico ontem e ele disse que isso pode acontecer de vez em quando.
Alessandra: Como assim? Você está com algum problema de saúde?
Joana, sem conseguir responder, começou a chorar. Alessandra se aproximou preocupada.
Alessandra: Respira, está tudo bem.
Ela entregou um lenço a Joana e voltou para sua cadeira.
Joana: Não está tudo bem, dona Alessandra…
Alessandra: É ainda sobre aquele assunto delicado que você não quis me contar?
Joana balançou a cabeça afirmativamente.
Alessandra: Joana, você contou ao Domenic naquela noite, não contou?
Joana: Não tive coragem… Ele me pediu em namoro antes que eu pudesse contar e agora me chamou para conhecer os pais dele que moram no interior.
Alessandra: Joana, o que você está escondendo? Vamos, me diga de uma vez. Estou preocupada com isso!
Joana olhou para Alessandra com os olhos vermelhos de tanto chorar.
Joana: É que…
Ela respirou fundo.
Joana: É que eu estou grávida.
Alessandra: O quê?
Alessandra ainda estava muito surpresa com a notícia.
Alessandra: Como assim, grávida? Mas então…
Joana: Sim, não é do Dominic… É de um cafajeste da minha rua que assim que eu contei, se mandou e nunca mais mandou mensagem.
Alessandra: Meu Deus, Joana! Eu nem sei o que te dizer… Não consigo imaginar o quanto isso deve estar sendo difícil.
Joana: Está mesmo, patroa, mas bem que eu mereço!
Alessandra: Não diga isso. Nenhuma mulher merece passar por isso.
Joana: Mas eu devia ter me cuidado. Já passei por aquela experiência com meu ex e sei bem que muitos homens não prestam! Mas não, preferi arriscar mais uma vez e acabei me ferrando! Tive a sorte de conseguir esse emprego mesmo sem experiência e sem uma formação decente, tudo porque você me ajudou e teve pena de mim. Mas agora joguei tudo no lixo, porque além de ser demitida, vou perder o Dominic.
Alessandra: Vira essa boca pra lá! Não repita mais isso. Eu não te contratei por pena, mas sim porque vi que você é uma menina esforçada e de aprendizado rápido. Agora você está fazendo seu curso e logo estará formada. Vai continuar trabalhando até onde der, depois cuidará do seu filho e voltará. Não vou te demitir.
Joana: É sério?
Alessandra: Claro que sim!
Joana: Agradeço, dona Alessandra, mas o Dominic vai me odiar! Estou com ele e grávida de outro homem.
Alessandra: Quanto a isso, não posso negar que é uma situação complicada… Você deveria ter contado logo no início.
Joana: Mas eu não tive coragem.
Alessandra: Então não deveria ter aceitado o pedido de namoro, Joana… Desculpe, mas preciso ser sincera. Você agiu mal e se o Dominic ficar chateado, será com razão.
Joana: O que devo fazer agora, dona Alessandra? Me ajude!
Alessandra: Seja sincera e cancele essa ida para conhecer os pais dele. Caso contrário, isso vai virar uma bola de neve e quando você menos esperar, o Dominic vai perceber. Até porque não tem como esconder por muito tempo.
Joana: A senhora tem razão… Preciso contar assim que ele voltar da viagem.
Alessandra: Ele está viajando?
Joana: Está, mas volta em três dias… Vou esperar ele voltar porque acho melhor contar pessoalmente.
Alessandra: Isso. Te desejo sorte, Joana. Pode ser que ele não aceite, mas você estará fazendo a coisa certa.
Elas se deram as mãos e Joana balançou a cabeça.
Esses três dias esperando Dominic voltar foram como uma tortura para Joana, por outro lado, ele estava contando as horas para vê-la novamente.
Para Alessandra, os últimos três dias também foram marcados por um único evento, a viagem que faria com Vincent.
Ele chegou pela manhã no apartamento dela. A mala de Alessandra já estava pronta e quando Katia abriu a porta, Vincent apenas desejou bom dia a ela enquanto pegava a mala.
Alessandra saiu do quarto e ao perguntar pela mala, Katia disse que Vincent já havia descido com ela. Alessandra se despediu da funcionária e desceu de elevador para encontrar Vincent que a esperava no carro.
Alessandra: Bom dia!
Vincent: Bom dia.
Ela entrou no carro e ele começou a dirigir.
Alessandra: Você está com cara de quem não teve uma boa noite…
Vincent: Na verdade, a noite foi maravilhosa, mas o dia não começou tão bem assim… Faz parte.
Ela olhou para ele.
Alessandra: Isso foi uma indireta? Olha, se eu te faço tão mal assim, por que você aceitou me dar essa carona?
Vincent: São seis horas da manhã e você está gritando no meu pé de ouvido…
Alessandra: Está bem, vou fingir que estou viajando com um desconhecido e calar a boca.
Vincent: Obrigado!
A viagem, como esperado, não foi das melhores. Os dois não trocaram mais do que três palavras durante o trajeto e, ao chegarem, foram direto para o terreno onde o engenheiro responsável pela obra e seus funcionários já estavam.
Enquanto Vincent a ignorava de um lado, Alessandra tentava manter a postura de quem não se importava, embora estivesse se consumindo de raiva por dentro.
Arthur: Vão almoçar com a gente?
Vincent: Não, eu vou para a fazenda.
Arthur: E você, Alessandra?
Alessandra: Eu fico sim.
Arthur: Então estou esperando por você.
Alessandra: Já vou indo.
O engenheiro vai à frente e Vincent olha para ela.
Vincent: Como você vai ficar sem carro?
Alessandra: Eu me viro sozinha. Olhe ao seu redor, tem vários carros aqui. O Arthur pode me dar uma carona.
Vincent: Você não pode ficar aqui sozinha com tantos homens.
Alessandra: Não há perigo aqui. Você pode ir, porque eu fico para almoçar.
Ela tenta ir, mas ele segura o braço dela.
Alessandra: Da última vez que fez isso, você tentou me beijar. Acha que isso seria bom para a sua imagem? Tem muitas pessoas por aqui…
Vincent: Eu nunca te agarraria à força. Só estou tentando te fazer entender que esse lugar está cheio de homens e você não pode ficar aqui sozinha!
Alessandra: Você também é homem, qual a diferença?
Vincent: Eu não te faltaria com respeito.
Alessandra: E você acha que alguém aqui faria algo comigo?
Vincent: Não posso ter certeza de nada, mas você quer arriscar?
Alessandra: Eu sei me defender.
Ele a soltou.
Vincent: Então pode ficar, sabe tudo. Mas depois que se meter em encrenca, não venha chorando, estou te avisando!
Ele seguiu para o carro e ela foi em direção aos outros.
Vincent: Mais que mulher...
Ele desceu do carro e foi atrás dela.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 102
Comments
Maria de Fatima Chaves
O Vicente tem que contar o que a cobra fez
2024-11-13
0
Maria Helena Pereira
Tomara que o Vicente conte o que a cobra falou pra ele sobre ela pra ela ver a cobra de amiga que tem
2025-01-10
2
Amélia Rabelo
tomara que o Vicente conte sobre a cobra invejosa
2024-11-05
1