Capítulo 3: A Jornada de Eldric
Subcapítulo 2: Só preciso de um corte
Eldric, ao avistar a criatura, puxa a espada com determinação, o metal frio reluzindo à luz mortiça do ambiente. Ele nunca tinha visto algo tão assustador, nem mesmo o gigante que destruiu sua vila. A visão do demônio da noite é suficiente para fazer qualquer um tremer, mas Eldric mantém a compostura, seus olhos fixos na criatura, sua respiração pesada.
O demônio da noite fala com um tom sarcástico, sua voz gélida e zombeteira, ressoando na escuridão que os cerca:
— Não precisa puxar a espada! Prometo que vou me comportar — ele diz, com a cabeça baixa e os olhos erguidos, brilhando com malícia em direção a Eldric, enquanto um sorriso cruel se forma em seus lábios.
Eldric tenta intimidá-lo, sua voz firme e carregada de determinação:
— Parado aí! Não vou falar duas vezes.
O demônio balança os braços de forma zombeteira, as sombras dançando ao seu redor:
— Ahh, que medo! — Mas ele resolve parar, inclinando a cabeça e perguntando: — O que um simples humano faz ao lado da própria Vida em pessoa? Quem seria essa pessoa tão digna disso?
A Vida responde, sua voz carregada de raiva, o ar ao seu redor parecendo vibrar:
— Não te importa!
O demônio ri, um som frio e cruel, ecoando pela paisagem desolada:
— Senhora Vida! Eu teria mais cuidado se fosse você! Olhe para trás de mim, vê essa montanha? Observe bem!
A Vida olha com atenção para a rocha e percebe, seu coração apertado:
— É a rocha que a gente estava procurando!
O demônio continua falando, ainda rindo, seus olhos cintilando com malícia:
— Então vocês estavam procurando? Há 80 anos, eu encontrei essa montanha. Percebi imediatamente o que ela era capaz de fazer, e, como não sou burro, fiz dela a minha casa. Caso algum ser como você, sem forma física, viesse atrás de mim!
Eldric pergunta para a Vida, a preocupação evidente em sua voz:
— Mas ele não deveria ser absorvido pela rocha?
Ela responde, a voz ainda tremendo de raiva, os olhos fixos no demônio:
— Demônios, ao contrário de criaturas espirituais, nascem com forma física.
O demônio confirma, rindo com desdém, a escuridão ao seu redor pulsando com energia maligna:
— Isso mesmo! Nós, demônios, somos seres superiores! Devemos destruir cada vida inútil e repugnante que respira neste mundo!
Em um flash rápido, a imagem de Pâmela morta em seus braços invade a mente de Eldric. Ele desce do cavalo com um semblante sério, sua determinação renovada. Ele dá dois tapinhas em Flufluzinho:
— Vai para longe daqui! Leve a Vida com você. É perigoso demais para vocês ficarem aqui!
A Vida o questiona, a preocupação evidente em seus olhos, a voz trêmula:
— O que você vai fazer? Ele é muito forte!
Eldric fala com confiança, seus olhos ardendo com determinação, cada palavra carregada de coragem:
— Se eu não ganhar dele, essa jornada é inútil. E você disse que eu não posso morrer, né?
A Vida balança a cabeça, entendendo a seriedade da situação, seu coração apertado:
— Cuidado com ele!
Ela no cavalo e se afasta o máximo possível. Eldric observa enquanto eles se afastam, seu coração batendo forte. Ele volta a atenção para o demônio, que agora tem garras enormes crescendo nas mãos, cada movimento seu carregado de malícia.
— Sabe, eu tenho que admitir! Estou surpreso com um humano me enfrentando. Geralmente, eles correm implorando por suas vidas. Às vezes, eu até brinco, deixando-os vivos para sofrerem mais.
Eldric, segurando a espada firmemente, aponta-a para o demônio, sua postura firme e pronta para o combate:
— Vou te mandar para o inferno, maldito!
Num movimento rápido, o demônio ataca, suas garras cortando Eldric da barriga até o rosto tão rapidamente que ele nem percebeu. O demônio fica atrás dele, de costas para as costas de Eldric, e murmura com desprezo:
— Ah! Humanos, seres tão frágeis. Só nascem para sofrer nesta vida.
Mas então, o demônio percebe algo. Eldric ainda estava de pé! Ele se afasta imediatamente, seus olhos cheios de confusão e medo, o coração disparado:
— O que ela fez com você? O que você é?
Eldric, apesar da dor, mantém-se firme, sua respiração pesada, mas seu olhar determinado. O sangue escorrendo pela sua face e roupa, mas ele não se permite fraquejar. Cada fibra de seu ser está em alerta, pronto para a batalha.
— Eu sou a esperança que você não pode destruir.
O demônio avança novamente, suas garras brilhando com uma luz sinistra. Eldric se esquiva por pouco, sentindo o vento cortante das garras passando perto. Ele responde com um golpe rápido de sua espada, um movimento fluido que o demônio desvia com um sorriso arrogante.
— Interessante! — o demônio exclama, seus olhos brilhando com uma mistura de diversão e fúria. — Vamos ver até onde sua esperança pode te levar!
Eldric não responde. Em vez disso, ele concentra-se, cada movimento calculado, cada passo firme. Ele sabe que não pode perder. Ele não pode falhar. Com um grito de guerra, ele avança, a espada erguida, pronto para enfrentar o mal que assola o mundo.
Eldric, ao ver o demônio avançando, sente o coração pulsar com uma mistura de medo e adrenalina. Ele tenta desferir um golpe, mas o demônio se move com uma rapidez assombrosa, deslizando pelo chão e se abaixando, passando por baixo da espada de Eldric. Num movimento rápido e preciso, as unhas do demônio cortam a barriga de Eldric, fazendo-o gritar de dor.
— Verme! Não importa o quanto você seja resistente, nenhum humano consegue ficar de pé após isso — o demônio zomba, com um sorriso cruel.
Eldric, sentindo a dor lacerante, usa a espada como apoio para se manter de pé. O demônio ri, uma risada gélida e desdenhosa.
— Cadê toda aquela confiança? Eu finalmente fiquei animado com um humano! E é só um blefe?
Eldric, cuspindo sangue pela boca, fica furioso. Ele aponta a espada com uma mão para o demônio enquanto limpa a boca com a outra, o olhar determinado.
— Eu ainda não acabei!
O demônio sente algo diferente em Eldric e seus pensamentos são atormentados pela dúvida.
— Tem algo errado com esse cara! Era para ele estar agonizando no chão! — Então, ele percebe, com horror, — Cadê os ferimentos que eu fiz nele?
Eldric segura a espada com ambas as mãos, usando toda a sua força. Uma aura quente, semelhante a chamas, envolve seu corpo, a mesma aura que a Vida possuía. O chão começa a tremer e rachar sob o poder de Eldric.
— Já me cansei desse merda! Vou acabar com ele!
O demônio, confuso e aterrorizado, observa a aura de Eldric.
— Como isso é possível? A mesma aura de um ser divino corre nas veias de um humano? Droga, não tenho tempo para isso! Vou ter que ir com tudo, não vou perder para um simples humano!
A aura do demônio cresce também, absorvendo toda a luz ao redor, até mesmo a do pôr do sol, mergulhando a região em trevas. Seus olhos brilham em contraste com sua aura negra. Ele abre a boca e começa a acumular energia, preparando-se para lançar a mais pura energia sombria em Eldric, visando destruí-lo.
Eldric prepara seu golpe, concentrando todo o seu poder.
— Só vou precisar de um corte!
O demônio lança seu ataque com uma velocidade estonteante, a explosão resultante é tão grande que a onda de choque é sentida a quilômetros de distância. A montanha e toda a floresta são destruídas.
Eldric surge da explosão, a espada brilhando em sua mão.
— Eu disse que só precisava de um corte!
O demônio, paralisado, agoniza em pé.
— Não pode ser! Ele simplesmente passou por dentro do meu ataque como se fosse nada e me cortou ao meio!
O demônio cai morto no chão, seu corpo dividido em dois.
Eldric, olhando para sua espada, ri impressionado consigo mesmo.
— Nossa! A Vida não tinha me dito que eu tinha ficado tão forte!
Ele se lembra da rocha e olha em sua direção. Pega um pedaço, esperançoso de que seja suficiente.
A Vida chega correndo, desesperada, pulando do cavalo e correndo para abraçar Eldric, lágrimas escorrendo pelo rosto.
Eldric, vendo-a se aproximar, joga a pedra que segurava para longe, não querendo correr o risco de machucá-la. Ela o abraça, encostando o rosto no peito de Eldric.
— Pensei que tivesse acontecido algo com você!
Eldric, rindo, tenta acalmá-la.
— Relaxa! Esqueceu que sou quase imortal?
A Vida retruca, com preocupação em seus olhos.
— É imortal, mas ainda assim sente dor, você pode sofrer!
Eldric passa a mão na cabeça dela, tentando confortá-la.
— Passou! Passou! Fica calma! Não tem como eu perder com um poder desses que você me deu! Por que não disse que eu tinha ficado tão forte?
A Vida levanta o rosto do peito de Eldric e olha para ele, curiosa.
— Como assim? Você só é imortal! Nada pode te matar, só isso!
A incredulidade e a surpresa se misturam nos olhos de Eldric e da Vida, enquanto tentam entender o verdadeiro poder que reside nele.
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Atualizado até capítulo 23
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