capítulo 1: A Queda da vila
subcapítulo 3: Desespero de Pâmela
Nesse momento, Eldric resolveu voltar atrás de sua amada. Ele a amava demais para deixá-la para trás e continuar a vida.
Eldric: Eu vou voltar!
Seus amigos o seguraram, tentando impedi-lo.
Amigo: Não vai rolar, cara. Por mais que você goste dela, arriscar a vida não vale a pena.
Eldric: Que se danem! Eu vou atrás dela, nem que seja a última coisa que eu faça!
Eldric socou os rostos de alguns de seus amigos e foi em direção à ponte. A única coisa que fazia julgar que aquele lugar era seguro, era o grande desfiladeiro, no qual a única forma de passar era por uma ponte feita de madeira e cordas.
Torin: Venha! Não podemos perder tempo, temos que chegar na ponte o mais rápido possível!
Pâmela: Tá! Vamos!
Uma grande chuva tinha começado. O céu escureceu rapidamente, e trovões retumbavam como os rugidos de uma fera distante. O chão, que antes estava seco e coberto de grama, rapidamente se transformou em lama escorregadia. As pessoas corriam por suas vidas, mas a lama dificultava suas fugas. Entre essas pessoas estavam Pâmela e seu pai, correndo por suas vidas enquanto muitos eram esmagados, pisoteados, atingidos por destroços ou arremessados a longas distâncias. Os gritos de desespero ecoavam, criando uma sinfonia de caos.
Torin: Vai! Vai, Pâmela!
Pâmela: Tô indo! Mas eu já tô cansada, não consigo correr mais que isso!
O pai de Pâmela pisou em um buraco e acabou torcendo o pé. Ele tentou disfarçar e continuar, mas não conseguiu. Pâmela olhou para trás e viu seu pai parado enquanto todos passavam por eles sem sequer se importar.
Pâmela: Pai! Por que parou? Temos que continuar!
Torin: Desculpa, filha! Promete que vai viver por mim?
Pâmela, já em prantos e desespero, começou a gritar por ajuda, mas todos estavam muito preocupados em sobreviver e salvar suas próprias famílias para se importar com os problemas dos outros.
Mais à frente, Eldric gritava pelo nome de Pâmela, enquanto era empurrado pelas pessoas desesperadas que estavam fugindo do monstro que se aproximava. Na cabeça de Eldric, passavam-se pensamentos de como um dia tão bom tinha se transformado em uma tarde chuvosa e sangrenta. Então, ele ouviu uma voz familiar entre as outras vozes de desespero. Ele reconheceu e gritou.
Eldric: Pâmela!
Pâmela: Tô aqui!
Pâmela: Pai, o Eldric tá chegando! Ele vai nos ajudar!
Eldric chegou e viu Pâmela tentando fazer seu pai andar. Ele tentou ajudar também, mas o pai de Pâmela era um homem grande e muito pesado. Ele só ia atrasá-los.
Torin: Promete que vai cuidar dela?
Pâmela: Do que está falando? Só mais um pouco!
Torin: Salva ela a qualquer custo, mesmo que você morra tentando!
Eldric: Não desiste ainda!
Torin os empurrou.
Torin: Não tem como me ajudar sem que vocês morram! Vai logo, Eldric! Salva ela! Eu não tô pedindo, eu tô ordenando!
Naquele momento, Eldric entendeu que Torin estava certo. Não tinha como ajudar, pois o monstro estava muito perto. Pâmela tentou ajudar seu pai, mas Eldric a segurou enquanto ela gritava para ele soltá-la.
Torin: Agora eu deixo ela com você, garoto! Não me decepcione!
Eldric acenou com a cabeça para Torin, dizendo que entendeu, enquanto pegava Pâmela nos braços e corria com ela. Ela gritava por seu pai, desesperada. Torin olhou para a filha pela última vez, antes de ser pisoteado pelo gigante.
Torin: Já estou indo atrás de você, Elara.
Eldric estava quase passando pela ponte quando olhou para cima e viu o gigante saltando por cima deles e caindo do outro lado da ponte. A água do rio abaixo rugia como uma besta enfurecida, enquanto a chuva caía implacavelmente.
Eldric: Ele pulou?
O som do impacto do gigante ao cair fez a ponte balançar violentamente, e Eldric lutava para manter o equilíbrio enquanto corria. Os gritos de Pâmela ecoavam em seus ouvidos, misturados com o rugido da chuva e os trovões distantes. Com o coração acelerado, Eldric sabia que cada segundo contava. Ele apertou Pâmela contra si, determinado a protegê-la a qualquer custo.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 23
Comments