Aurora

Por um momento pensei em desistir de tudo largar as empresas, as fazendas e ficar naquele paraíso com ele pelo resto da minha vida, mas já fiquei afastada tempo suficiente do comando das empresas e ainda tem o casamento que vai acontecer em menos de uma semana e agora eu estou nervosa não vai mais ser um casamento falso, agora e de verdade e isso me fazia sentir borboletas no estômago. Estamos algum tempo dirigindo até em casa ele quis conversar o caminho todo fazendo perguntas sobre como eu era quando criança o que eu gostava de fazer ele escultou algumas coisas do meu passado em silêncio e me deu carinho quando essas lembranças me fizeram derramar uma lágrima eu não era uma pessoa muito emotiva mais ultimamente ando sentindo coisas novas esse relacionamento fez-me ter uma percepção diferente os últimos cinco meses foram intenso, mas a volta não foi só lágrimas teve negociação também, Lucca quer se mudar para o meu quarto pôs dizendo ele que só tem sonhos felizes quando dorme comigo e se eu não deixasse com certeza ele não renderia no seu trabalho, eu acabei aceitando também entramos em um acordo de não mentir um para o outro a parte mais difícil e negociar a parte do trabalho ele não consegue entender que eu não posso sair cada uma hora e ficar de pegação na escada ou que eu não posso ficar usando apelidos carinhosos na frente dos funcionários, ele e bem meloso.

- Então que tal o almoço?

- eu só saio para almoçar quando tenho uma reunião de trabalho.

- podemos almoçar na sua sala.

- eu trabalho almoçando, você ficaria entediado.

- não ficaria, eu só quero te ver.

- apenas ver é suficiente?

- não mais eu me controlo.

- então quando eu não tiver reunião podemos almoçar juntos apenas para almoçar.

- ok! Mas quero ir e voltar com você.

- tá bom.

Não eram grandes negócios, mas precisamos estabelecer regras, sou uma mulher comandando vários negócios milionários homens questionam as minhas qualificações, as pessoas só querem um pé para me desrespeitar para duvidarem das minhas atividades e ser melosa no trabalho vai atrapalhar. Chegamos em casa ainda cedo, a minha mãe e o Diogo estavam tomando um chá da tarde nos juntamos a eles e tivemos uma breve conversa rápida senti o olhar de Diogo queimando o meu cangote ele deve ter notado o clima diferente que voltamos.

- fizeram as pazes?

- sim, querida sogra.

Os dois pareciam tá se dando bem, bom não sei quando isso aconteceu mas aconteceu.

- Aurora, podemos ir ao escritório falar sobre algumas coisas.

Diogo me olhava sério, mas eu não queria falar de trabalho agora.

- se for sobre trabalho, vamos deixar para amanhã tô cansada.

- é importante.

Senti um tom ríspido na sua voz, Lucca deve ter notado já que começou a falar.

- ela tá cansada, vocês podem conversar amanhã.

O clima começou a ficar estranho.

- Não é, porque você vai se casar com um preguiçoso que deve ser transformar em um desleixada.

- Diogo!

Digo com a voz mais forte que tenho.

- você está na nossa casa, não é porque você e meu amigo que vou deixar você desrespeitar o meu marido.

Lucca conseguiu se controlar achei que ele iria retrucar as baboseiras do Diogo.

- Desculpa!

- você não deve desculpa para mim e sim para o Lucca.

Ele exitou um pouco, mas eu conheço o Diogo ele e um bom garoto só deve tá preocupado.

- Sinto muito Lucca não quis ofender.

Diogo fez aquela carinha de quando era criança, um jovem doce e bem-educado um querido que beijava o chão que eu pisava, nunca o vi bravo comigo ou com raiva de alguém isso só acontecia quando alguém tentava mexer comigo, ele só tá sendo maldoso por ser super protetor. Os dois se desocuparam e o clima voltou a melhorar, Diogo se aproximou de mim e falou baixinho.

- Aurora eu preciso de verdade falar com você e um problema com uma das fazendas.

- tudo bem, vamos.

Entramos no escritório, ele estava com o olhar baixo triste, eu me sentei na minha mesa e ele deu a volta e sentou sobre a mesa, essa não era a posição de uma conversa de trabalho.

- você vai me jogar fora né!

- Diogo, de onde tirou isso? você além do meu advogado e meu melhor amigo alguém que confio de olhos fechados e isso não vai mudar.

- já mudou.

Ele toca o meu pescoço onde ontem Lucca fez um estrago tentei cobrir com um lenço, mas quando olhei no espelho sobre a mesa deu para notar alguns chupões visíveis espero que minha mãe não tenha visto, não que ela não saiba que eu transo, mas e chato sei lá ela e a minha mãe.

- vocês estão transando isso é óbvio.

- somos um casal.

- de mentira você me disse que isso duraria um ano no máximo.

- eu...

- e quanto aos seus negócios? você pensa em largar tudo e me cuidar dele ser babar dele? você não lembra que tem pessoas que conto com você?

- você pensa que eu não dou conta?

- pelo contrário eu sei que você é super capaz, mas isso é muito trabalho até para você eu tô preocupado.

- não precisa eu tenho tudo sobre controle, vou devolver o comando das empresas para o Lucca e vou apenas supervisionar.

- tá de brincadeira, você não percebe que é isso que ele quer? Ele te conquistou com sexo e você não consegue perceber no final ele vai destruir tudo até seus negócios.

eu me levanto da minha cadeira, não quero escutar alguém que eu amo falando tantas atrocidades.

- você está enganado eu confio nele e sei que ele vai se sair bem, e vejo que talvez eu e você não possamos mais trabalhar juntos então pelo bem da nossa amizade isso acabou vou contratar outro advogado.

Tentei sair, mas ele bem atrás e agarra a minha mão me fazendo parar não foi forte ele era cuidadoso nunca me machucaria.

- Desculpa! Eu só estou amargo teve um acidente em uma das fazendas uns trabalhadores.

- alguém ferido?

- alguns, eu fiquei abalado sabe o quanto me importo com aquelas pessoas, achei que estava nos abandonando e me abandonando e eu fiquei apavorado.

Ele tá certo, eu tenho pessoas para cuidar e compreensivo.

- desculpa por te fazer se sentir assim Diogo você sabe que eu nunca já mais te deixaria.

- obrigada

Ele me puxa para um abraço

- eu te enviei uns documentos com relação ao hospital e melhor você dar uma olhada vou organizar as coisas para voltamos para a fazenda tá bom.

- tá bom, obrigada

Ele puxa o meu rosto e dá um beijo em minha testa, esse era o Diogo amoroso que eu conheço.

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