Aurora

...Acordo...

Ele conseguiu se mover para dentro do meu quarto sem que eu percebesse. E agora me encara com os olhos gélidos e os cantos da sua boca curvados em um sorriso desdenhoso os, traço perfeito do seu rosto faz com que algo em meu peito doa e seus olhos se fixam no meu sabendo que eu nunca iria desviar nunca nem mesmo quando tudo ao nosso redor parece desacelerar cercados apenas com sentimentos que vai ter entre nós ódio, decepção, impotência. Mesmo com a distância, sinto como se estivéssemos próximo eu encaro nunca desvio atenção e ele me olha como se mesmo na escuridão me reconhecesse toma-me o ar como se tivesse o direito de fazer isso ele causa mais adrenalina do que todo o percurso que fiz até agora em meio a batalha de hoje durante o dia diante os jornalistas, ele me pegou em uma situação vulnerável apenas de roupas íntimas o meu corpo desnudo toda a minha intimidade exposta tento mostrar que essa situação não me abala como se ficar apenas com um conjunto de renda francesa minúsculo cobrindo as partes mais importantes não fossem tão significantes.

- Você não devia estar aqui!

Falo com a voz firme, sem demonstrar temor não temor relacionado ao medo, já que ele não ousaria fazer nada que colocasse a minha vida em risco, e sim temor de fraquejar, sim, isso mesmo Lucca Black o idiota de nota maior fazia-me sentir tremores na minha região íntima, não algo ardente em fogo doente por sexo era algo, mas por sua aparência física já que ele e um homem com os seus charmes, os cabelos castanhos claro quase loiros que ficavam rebeldes e davam um charme a mais o maxilar cerrado o olhar penetrante os olhos azuis como um mar em dia de tempestade ele tem um porte físico muito bom, e alto 1,90 o corpo desenhado quase esculpido por um deus os músicos as curvas eram delirantes eu seria uma tonta se não reconhecesse os seus atributos ele e o meu calcanhar de Aquiles se não fosse por sua personalidade e falta de responsabilidade eu estava mais que satisfeita com esse casamento.

- por que não?

Ele dá um sorriso sarcástico, não demonstrava estar nervoso por ver-me naquela situação, e claro essa e uma imagem muito algo normal no seu cotidiano, eu tento me fazer de superior e indigente me sento na cama e o encaro de forma calculista.

- se quiser conversar sobre algo, aconselho que volte amanhã já que pelo que deve notar estou me preparando para descansar ou veio aqui com outras intenções além de conversar.

Jogo um pouco mais de lenha na fogueira

- e se eu tivesse vindo com outras intenções? Não teria problema né? Já que estamos em um relacionamento "ardente e apaixonado" nada mais justo que tirar proveito da situação.

Ele fechou a porta e caminhou até a minha cama e posicionou-se na minha frente.

- não tem medo?

- de quê?

- sou um homem, você tá praticamente nua, estávamos em uma sala trancada, ninguém estranharia ruídos vindo de um quarto onde há dois noivos.

Ele estava tentando me intimidar? Mostrar que tem poder sob a situação, mas não deitei isso barato, levanto-me reduzo o espaço entre nós, eu podia sentir a respiração dele em meu rosto o peito leve mente ofegante em um movimento rápido agarro e o jogo na cama, subo sobre ele assim eu fico em uma posição de superior.

- não deveria ser você até ter medo?

- você não teria coragem

- porque? como você disse, somos um casal apaixonados e fogosos ou usou tanto seu amiguinho que ele quebrou?

- Você está jogando um jogo perigoso

- eu sei jogar

Nesse momento ele toma controle da situação e muda as posições ele era bem mais forte me agarrou com forçar me imobilizou olhou-me dentro dos meus olhos os lábios praticamente, um sentimento de distância se ele me beijasse eu o pararia? Eu quero isso, eu sou igual as outras garotas que caem em seu Papinho? Ou pior, eu estava gostando disso? Apenas fechei os meus olhos e esperei ele me beijar, mas então a pressão sobre o meu corpo diminuiu, abri os meus olhos e ele estava com o semblante sério e acabou se levantando.

- eu não sou esse tipo de cara que toma uma mulher à força, eu só fico com alguém se ela quiser ficar comigo também.

- pelo visto ainda tem salvação para você.

Me senti aliviada e inquieta ao mesmo tempo, ele saiu às peças do meu quarto, eu corri até a porta e certifiquei-me que ela estava fechada, aí sim consegui respirar aliviada. Eu já estava consciente que morando na mesma casa iríamos nos iríamos nos esbarrar uma hora ou outra, mas não foi isso que aconteceu durante o resto daquela semana Eu praticamente não ouvi ele era um fantasma em casa não trocamos uma palavra ele não arrumou confusão não se meteu encrenca então aquele episódio já estava superado; no domingo eu estava terminando de fechar os contratos do casamento que aconteceria em alguns dias quando escuto uma batida na minha porta era ele Lucca.

- Oi, você está ocupada, podemos conversar?

- Sim,

- o que eu tenho que fazer?

- apenas não se meter em confusão

- quero participar das decisões da empresa, quero ser ativo

- justo

- então quando qual equipe vou gerir? Ou vou cuidar de uma filial

- fique tranquilo que eu já tenho um carro excelente para você, mas você só pode começar a trabalhar depois do casamento até lá você não pode se meter em nenhuma polêmica e para isso precisamos de regras

- ok, manda

- primeiro se afaste de algumas influências ruins

- tipo?

- qualquer um que use drogas, o que esteja relacionado a alguma polêmica de desvio de dinheiro esse tipo de coisa você sabe

- tranquilo

- segundo, durante esse relacionamento você vai agir como um homem e enquanto estivermos casados nada de mulheres traições, entendido

- e quanto às minhas necessidades

- você tem duas mãos não e

- você sabe do que estou falando

- a porta do meu quarto vai estar sempre aberta

- eu e você? tá de brincadeira você é tão fria que é capaz do meu pau congelar ao entrar em você

- então viva em castidade.