Lucca

...ESTRELAS...

Eu fui atrás dela mas acabei dando de cara com a porta, não era esse o resultado que eu queria eu não planejei nada disso eu só queria fazer um pouco de ciúmes nela convidando algumas garotas não sabia que o idiota do Maike traria toda aquela gente, bato na porta giro a maçaneta e vejo que não tá trancada então acabo entrando.

- Aurora?

chamo por seu nome que sai quase como uma súplica por perdão, não há vejo pelo quarto a luz do banheiro acesa eu não devia mas entro lá, ela estava lavando o rosto na pia assim que notou minha precisa senti um ódio possuindo o seu corpo ela queria pular no meu pescoço me bater e me xingar de vários nomes me jogar pragas bom era isso que eu esperava mas o que ela fez e que me deixou mais apavorado, ela apenas me lançou um olhar gélido um silêncio cortante.

- eu posso explicar, eu não queria não era minha intenção então vamos fazer as pazes.

Ela voltou a sua atenção à pia e continuou lavando o seu rosto.

- vai pode me bater me xingar só fala contigo

Ela desligou a torneira, secou o rosto e saiu do banheiro, foi até a escrivaninha que normal ficava trancada, ela retirou a chave de algum lugar e abriu.

- vai faz alguma coisa mas fala comigo!

Continuei falando.

- eu não sabia que isso ia acontecer, nada foi planejamento meu.

- sabe quando eu era pequena meu pai viajava muito por causa das fazendas ele tinha um responsável na casa principal.

- legal e ...

- mas quando eu completei 12 anos ele me chamou e disse: Agora e você a responsável por todas as decisão que serão tomadas enquanto eu estiver ausente você e o homem da casa e foi assim que eu fiquei responsável por dar ordem a mais de trezentos funcionários homens

- não ficou com medo?

- pelo contrário, fiquei animada, e fiz um bom trabalho e então por ter feito um bom trabalho ele me presenteou com a estrela

- estrela? Um cavalo?

- não, é muito melhor.

então de repente ela se vira apontando um revólver e apontando em minha direção.

- Aurora, calma, vamos conversar!

- eu te disse que arrancaria suas bolas se arrumasse confusão, mas agora estou cogitando atirar nas suas duas pernas e te deixar de cama trancado em um quarto.

- você não faria isso.

- Escolha as bolas ou as pernas e seja grato por eu tá te dando uma escolha.

- essa é a estrela?

- sim, naquele dia meu pai não viajou ele arruma uma situação para ver como eu me sairia um dos funcionários me desacatou e quis me bater então o corpo daquela criança de 12 anos entra dentro de casa e pegou a espingarda que eu só tinha usado algumas vezes não pensei duas vezes fui lá fora e apontei pro pião e disse: AQUI QUEM DAR AS ORDENS SOU EU, E SE NÃO QUER ME OUVIR PEGUEI SUAS COISAS OU TE FAÇO VER AS ESTRELAS AGORINHA.

- isso não foi muito extremo?

- Extrema seria se eu te castrar que nem eu faço com o gado, agora escolhe.

Ela estava com um olhar cruel, não parecia ter vida e nem vacilos em suas palavras, ela não parecia tá brincando, mas eu não poderia deixar de contemplar aquela beleza selvagem de uma mulher indomável.

- Eu juro que não foi minha culpa.

- nunca é né! Eu achei que você iria se tocar que suas ações geram reações e quem lidam com essas reações sou eu, enquanto você tá com essa vida fácil tem alguém por trás de você cuidando de tudo cuidando do legado que seu pai deixou porque não podia confiar nem no seu próprio filho, você não passa de um garoto mimado ridículo com alma de Peter pan, e acha que o mundo gira em torno de você já pensou se aquela garota morre na frente dos acionistas? você não consegue se tocar que você é um adulto, e se não fosse por as suas ações ridículas eu poderia estar comemorando essa data em casa com a minha família com as pessoas que eu gosto e não aqui servindo de babá para você seu babaca.

Eu sabia que tudo que ela estava falando era verdade mesmo não tendo planejado nada disso as escolhas foram minhas foi eu que escolhi convidar o Mike e o Rafael eu que quis fazer ciúme para ela eu também não quis ficar bem eu peguei o copo enganado de um dos caras aquele pessoal drogado não queria mesmo que ele estivesse vindo eu não queria estragar o momento dela, eu não sei porque ela continua agindo assim e eu não sei nem o que falar para ela.

- o que eu posso fazer para limpar essa bagunça?

- você não acha que já fez muito?

- AURORA!

Minha voz saiu um pouco mais alta do que eu queria.

- eu fiz eu resolvo, então por favor, só me diga o que fazer.

- você não consegue limpar sua bagunça mas você quer fazer alguma coisa vai no hospital e certifique que aquela garota não morra agora sai daqui antes que eu resolva atirar em você.

- eu não sei..

- EU JÁ MANDEI SAIR

Ela grita comigo

- vou te explicar o que foi que aconteceu, eu só saio daqui quando você estiver entendido

- e você que não entendeu garoto, Você só tem que admitir que a culpa é sua e se mancar

- mas você não acha também tem que ser um pouco culpa sua?

- espera o que?

eu não sei porque eu continuo falando o meu cérebro manda eu calar mas a minha boca continua falando.

- foi você que quis usar um anel de outro cara, você não achou que eu me sentiria magoado, você não achou que isso me deixaria abalado, você ama jogar na minha cara como meu pai me desprezava como ele precisou de outra pessoa mas você também não acha que o teu pai deve tá se sentindo humilhado em saber que a filha dele tá servindo de babá para um "otario" então estamos no barco.

Eu não conseguiria falar como eu me senti Eu só não queria perder mais ninguém eu já não tinha minha mãe eu já não tinha meu pai e a minhas empresas o meu dinheiro e eu tava me apegando a ela de uma forma bizarra e ver outro cara se aproximando dela eu me senti inferior eu me sentia abalado mas então porque eu não consigo por isso em palavras eu continuo ofendendo ela.

- eu não ia usar o anel como anel de noivado eu ia guardar eu não pensei em nenhum momento em usar ele como anel de noivado garoto, o nossa né vai ficar pronto por esses dias eu já disse eu não tenho nada com Diogo acabou nem significou Na verdade nada agora saí daqui.

- Aurora.

então um tiro, o som ecoava em meu ouvido o cheiro de pólvora e a sensação de sangue escorrendo, ela me deu um tiro que passou raspando na minha orelha e fez um pequeno corte, alguns funcionários entraram no quarto a mãe dela quando viu tudo me tirou do quarto e eu aínda podia escutar a voz da aurora gritando.

- SÓ APARECE NA MINHA FRENTE QUANDO TIVER DISPOSTO A IMPLORAR PELO MEU PERDÃO DE JOELHOS.

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