Capítulo 11

Não sei em que momento adormeci, mas acordei na manhã seguinte nos braços do meu companheiro, o cheiro dele inundando o lugar. Olhei para o seu rosto tão relaxado, pequenos suspiros escapavam de seus lábios. Aproximei-me e beijei sua testa, seu nariz, suas bochechas, seus lábios, seu maxilar, desci pelo seu pescoço, seu peito descoberto, beijei-o e me aconcheguei nele, ouvindo as batidas do seu coração. Eu estava tranquila e em paz quando o laço se abriu, a voz embargada de Elaine me despertando da tranquilidade dos braços do meu companheiro.

- Azula

- Minha lua, bom dia

- Desculpe te acordar a esta hora, mas...

Ela ficou em silêncio e eu esperei que ela falasse, mas ela não disse nada.

- O que foi, minha lua? Eu já estava acordada.

- Você está na casa da matilha?

- Sim, eu dormi com meu companheiro, lua. Espero que não seja incômodo.

- Não, não, não, você nunca é um incômodo, Azula. Vocês tomarão café da manhã conosco? As crianças estão bastante agitadas desde ontem, eu preciso de você aqui, você poderia... Vir?

- Sim, claro. Daqui a pouco estou aí, lua.

- Tudo bem, obrigada, Azula.

O laço se fechou e eu ia me levantar dos braços do meu companheiro quando ele me puxou para si.

- Onde vai minha rainha tão cedo?

- Minha lua quer que tomemos café da manhã com ela.

Seus olhos se fixaram nos meus com um olhar penetrante. - Ela não é mais sua lua, você é a rainha dela agora, Azula.

- Ainda não sou sua rainha, jurei lealdade à Elaine há 5 anos como minha lua, não posso apagar isso de um dia para o outro só porque você é meu companheiro, entende isso?

- Então? Devo marcá-la para que você entenda quem você é agora?

- Eu sou Azula Rosseltod, Beta da matilha Lua Nova e companheira do Rei Alfa, claro que entendo.

- Você não é Azula Rosseltod, você é Azula Rosseltod, Rainha Luna, é isso que você é agora. E quando resolvermos esse estranho ataque daqueles rebeldes, partiremos e eu a coroarei como minha Lua, a Rainha Luna do Rei Alfa.

Aproximei-me dele e beijei seus lábios lentamente. - Bem, enquanto isso não acontecer, eu continuo sendo a Beta da Lua Nova e também a melhor amiga de Elaine Wood, então hoje eu quero tomar café da manhã com ela e seus filhos adoráveis. Você me fará esse favor, meu rei?

- Se você me pede assim, como posso recusar?

Eu ri e me levantei de seus braços, fui ao banheiro, me arrumei e quando saí, lembrei que não tinha nenhuma roupa minha aqui. Minhas roupas tinham se rasgado quando me transformei e agora estou com uma camisa longa que definitivamente é do meu companheiro, pois tem o seu cheiro delicioso.

- Aconteceu alguma coisa, minha rainha?

- Eu não tenho nada para vestir, não vou tomar café da manhã com eles com esta camisa.

- Você está linda, mas definitivamente não quero que você vá tomar café da manhã com todas aquelas pessoas com essa camisa.

- Vou pedir algo emprestado à Elaine.

Abri o laço mental e Elaine me respondeu rapidamente.

- Você já vem, Azula?

- Sim, mas não tenho roupa aqui, você poderia me emprestar algo, lua, por favor?

- Ah, sim, claro, desculpe, não tinha pensado nisso. - ela riu. - Vou mandar algo agora.

- Obrigada.

O laço se fechou e eu vi Alec já vestido, ele parecia pensativo. Ele olhou para mim e falou. - Eu não sabia que o Alfa Jace e sua lua não eram companheiros destinados.

- Ninguém na matilha sabia.

- Eu percebi que todos pareciam bastante surpresos enquanto ela se lamentava no meio de todos, ninguém fez nada, mas você sim.

Ele estava me olhando como se estivesse analisando tudo e obviamente chegaria àquela conclusão. - Você sabia, você sabia que eles não eram companheiros destinados.

Fiquei em silêncio, sem saber o que responder.

- Bem, se ela é sua melhor amiga, suponho que ela tenha te contado. As crianças disseram que você, o Alfa e a Lua eram melhores amigos, mas da maneira como você os trata, como você fica tensa quando os dois estão por perto, não parecem melhores amigos.

- Bem... Nós deixamos de ser amigos há 6 anos, é bastante tempo.

- Você vai me contar por quê?

Suspirei, sentindo que tudo o que eu guardava dentro de mim começava a pesar, mais do que eu imaginava. Eu realmente queria contar a ele, mas me calei.

- Eu não quero falar sobre isso agora. - Naquele exato momento, alguém bateu na porta. Alec se levantou, foi até a porta e voltou com roupas. Fui ao banheiro e me vesti rapidamente, um vestido azul de verão e umas sandálias. Eu não estava acostumada a me vestir assim, sempre fui uma guerreira notável, normalmente usava roupas de treino, calças, botas, camisas que me cobriam bastante. Eu me sentia nua com essas roupas. Aproximei-me do espelho do banheiro e penteei meu cabelo, fiz uma trança rápida e saí do banheiro. Alec se virou e olhou para mim encantado.

- Não sei se quero que todos te vejam com essa roupa, por que não tomamos café da manhã aqui, só você e eu?

Aproximei-me dele rindo e o abracei. - Eu quero ver as crianças, vamos, já os fizemos esperar demais.

Puxei-o pelo braço e saímos do quarto, caminhamos pelo corredor e descemos as escadas. Embaixo, as crianças brincavam com seus brinquedos enquanto Elaine estava sentada de um lado do sofá e Jace do outro, seus rostos pareciam tão desconfortáveis, como se não gostassem de estar juntos na mesma sala.

- Bom dia. - Alec chamou a atenção deles e os dois se levantaram para cumprimentar.

- Bom dia, Rei Alfa, Azula.

- Bom dia, Alfa, Lua. - As crianças levantaram a cabeça para nós e correram em minha direção.

- Senhorita Azula!

- Senhorita Azula, hoje você vai tomar café da manhã conosco!

- Sim, querido, hoje vou tomar café da manhã com vocês.

Eu me levantei e Elaine me olhou sorridente, ela se aproximou de mim e me pegou pelo braço como quando éramos meninas. - Azula, vamos ver se a mesa já está posta.

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