| A recepção

Chega o momento da troca de alianças. Baruch segura a pequena caixa de veludo vermelho e retira a aliança, uma obra-prima de ourivesaria incrustada com pedras preciosas. Com reverência, ele desliza o anel pelo dedo de Kassaya, seus dedos tocando suavemente a pele dela enquanto o faz. Então, é a vez de Kassaya. Com graça e serenidade, ela pega a outra aliança, tão magnífica quanto a primeira, e a coloca no dedo de Baruch. Um murmúrio de admiração percorre a assembleia diante da beleza e do significado daquele momento.

Enquanto as alianças brilham à luz das velas, Baruch e Kassaya se olham profundamente nos olhos, conscientes do compromisso solene que acabaram de selar. O salão ressoa com os aplausos e vivas da corte, celebrando a união dos reis e a promessa de um reinado próspero e harmonioso.

Na grande sala de recepção do palácio, a atmosfera estava repleta de elegância e excitação, com os convidados vestidos em trajes deslumbrantes. A música suave ecoava pelas paredes adornadas enquanto os servos circulavam, oferecendo taças de vinho e canapés. No centro do salão, um dossel magnífico adornado com flores exóticas aguardava o momento em que o rei Baruch e a rainha Kassaya seriam anunciados como marido e mulher. À medida que o sol se punha lá fora, a luz filtrada pelas janelas do salão criava uma aura de romance e magia. A cada canto, candelabros dourados emitiam um brilho suave, adicionando um toque de sofisticação à cena.

À medida que os convidados se acomodavam em seus lugares designados, uma expectativa silenciosa pairava no ar. E então, o som de trombetas ecoou pelo salão, anunciando a entrada triunfante do rei e da rainha. Todos os olhos se voltaram para o casal, cuja presença irradiava poder e graça. Com sorrisos radiantes, eles avançaram pelo corredor central, recebendo cumprimentos calorosos e aplausos entusiasmados. Enquanto os músicos começavam a tocar uma melodia suave, o rei Baruch estendeu a mão para a rainha Kassaya, conduzindo-a graciosamente para a pista de dança. Os dois giraram juntos, em perfeita harmonia, enquanto os convidados observavam admirados. Era um momento de celebração e união, marcado pela promessa de um novo capítulo na história do reino.

Após a dança, os reis e rainhas reunidos para a celebração do casamento se aproximaram dos soberanos de Mahishmath com sorrisos calorosos e palavras de felicitações. O rei e a rainha de cada reino expressavam seus melhores desejos ao casal real, honrando-os com presentes preciosos e palavras de bênção. Enquanto os convidados se misturavam, conversas animadas preenchiam o salão, ecoando os sentimentos de alegria e camaradagem. Os soberanos de Mahishmath recebiam os parabéns com humildade e gratidão, compartilhando sua felicidade com todos os presentes.

Entre os reis e rainhas, havia um sentimento de respeito mútuo e admiração pela grandeza do evento e pela união dos reinos. Era um momento de celebração não apenas para o casal real de Mahishmath, mas também para a paz e a prosperidade que essa união representava para todos os reinos ali presentes.

Kassaya: Acredito que o meu pai voltou atrás quando disse que queria um casamento discreto! — sorri ao sussurrar para o rei.

Baruch: Posso entender a alegria o rei Eros, afinal, não é todos os dias que se vê a filha em seu momento de coroação, ainda mais se tratando da rainha mais linda dentre todos os reinos!

Segurando a mão da rainha, o rei dá um beijo, voltando a observar junto com ela toda a alegria dos convidados ali presentes.

Descendo do seu trono, a rainha Kassaya atravessa a suntuosa recepção do casamento em busca do rei Eros, seu coração ansioso e seus passos firmes. Mesmo com toda a alegria de seu casamento, o seu coração ainda estava ansioso por conta da conversa que ela teve com o pai no anterior. Em seu coração, a rainha Kassaya sentia que deveria tentar descobrir mais do assunto, mesmo não sendo o momento correto para isso. Ao avistar Ísis, os seus olhos se estreitam, mas ela mantém a compostura.

 Ísis, com um sorriso mordaz, avança em sua direção.

Ísis: Ah, Kassaya, que surpresa vê-la aqui. Parabéns pelo casamento. Espero que seja duradouro. — diz Ísis, sua voz carregada de sarcasmo.

Kassaya retorce os lábios em um sorriso falso.

Kassaya: Rainha Kassaya, por favor! E, quando for se referir a mim, se refira como MAJESTADE. O meu casamento irá durar muito com a permissão dos deuses, e eu me sinto muito feliz em estar casada com o soberano. Os deuses estão a favor da nossa união, então, é um sinal de que me manterei casada com o meu marido por muitos e muitos anos. Serão anos de muitas glórias, amadurecimento e sempre adquirindo cada vez mais uma união com base no amor, no carinho, respeito e confiança. Eu sei muito bem que o meu marido jamais faria algo que colocasse em risco o nosso matrimônio, assim como eu também não faria. Com licença.

Passando por Ísis, a rainha Kassaya continua pela sua busca pelo rei Eros, enquanto tenta controlar a sua raiva. Como a Ísis poderia ser tão audaciosa dessa maneira? Como ela ainda ousa agir com sarcasmo? O que a deixa tão confiante assim? Por que ela acredita fielmente que pode acabar com o relacionamento dos soberanos? Será que ela tem algo em mente?

Enquanto ainda caminhava a buscar pelo rei, a rainha encontra a sua dama, que a olha preocupada.

Karoma: Minha rainha, vossa majestade se sente bem? A senhora está pálida.

Kassaya: Estou bem, Karoma. Sabe onde está o meu pai?

Karoma: Eu o vi mais cedo conversando com o rei Saulo, mas eu não o vi depois disso.

Kassaya: Tudo bem... Falei com ele depois.

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