|Medo?

Depois que a princesa saiu dos seus aposentos, o soberano estava deitado com um sorriso no rosto, se lembrando do momento intenso que teve com a princesa. O cheiro da princesa estava presente nas almofadas, na concha e na memória do rei, que sente o seu coração imensamente feliz. Ainda deitado, ele é notificado que tem alguém querendo falar com ele, e ouvindo que se tratava de Ísis, ele aceita ir falar com ela. Colocando as suas vestimentas, ele sai dos seus aposentos, encontrando-se com ela na porta.

Baruch: O que deseja? Por que pediu para que me chamassem?

Ísis: Porque, eu achei que o senhor quisesse relaxar um pouco... A última vez em que nós ficamos juntos, foi quando me deu a notícia de que iria se casar com a princesa Kassaya. Eu até vim nos seus aposentos para lhe procurar hoje mais cedo, mas eu não lhe encontrei, até passei pela princesa hoje no café da manhã, dando até uma provocadinha, fingindo estar me arrumando após estar com senhor para ver se ela tem sentimentos, se isso vai atrapalhar em alguma coisa do nosso relacionamento.

Baruch: Você fez o quê?! Ficou maluca?! É isso? Ísis, eu não quero que você se meta no meu casamento com a Kassaya, me entendeu bem?

Ísis: Por que o senhor está falando assim comigo? Eu já não estou fazendo bem em aceitar a vossa união com uma mulher que não sou eu, depois de acreditar que eu me tornaria rainha?

Baruch: Estou falando assim com você, porque vocês está se metendo onde não foi chamada! A princesa Kassaya logo se tornará a minha esposa, a rainha deste reino e não permitirei que ela seja afrontada dessa maneira! Nunca existiu nada entre nós dois depois que ela chegou aqui, nem existirá! Se você colocou na cabeça que teríamos, você colocou isso na sua cabeça por você mesma!

Ísis: Por que está fazendo isso comigo? Por que está falando assim por causa dela? Já se esqueceu...

Baruch: Chega, Ísis! CHEGA! Eu não me esqueci de como você salvou a minha vida, e eu vou lhe agradecer eternamente por causa disso! Porém, não fique acreditando que eu irei tolerar desrespeito da sua parte com a minha futura esposa, porque eu não irei permitir! A princesa Kassaya logo será a rainha de Mahishmath! Eu não vou me deitar com nenhuma outra mulher nem agora, nem depois do meu casamento! Pare de querer me atormentar com esse assunto, porque eu não serei tão tolerante da próxima vez! Que comportamento degradante!

Entrando para dentro dos seus aposentos, o rei estava realmente furioso com o comportamento imaturo de Ísis, pois, mesmo compreendendo a frustração dela por não poder se casar com ele, ela passou dos limites ao tentar insinuar algo para a princesa Kassaya que não aconteceu. Preocupado com o fato de Kassaya acreditar que ele está dormindo com outras mulheres, ele se lembra do que ela disse mais cedo, sobre querer aprender satisfaze-ló, começando se questionar os motivos da princesa ter dito isso, ficando agora muito inquieto. A noite acaba sendo longa para o soberano, que é torturado pela ansiedade de saber o que a princesa estava pensando a respeito do assunto, e o seu perfume que antes era algo muito bom, se torna algo que o deixa ainda mais com medo, já que ele não quer que ela se machuque por algo que não foi esclarecido.

Logo que amanhece, o soberano já estava de pé. Se arrumando para os seus compromissos do dia, ele olha para o seu escriba.

Thaddeus: Majestade, hoje a agenda do senhor está bastante agitada. O senhor tem uma reunião com o conselho para tratarem de assuntos políticos importantes.

Baruch: Algum súdito para atender hoje?

Thaddeus: Não, majestade.

Baruch: Okay! Remarque todos meus compromissos e peça para que chamem a minha futura esposa para o desjejum comigo.

Thaddeus: Como quiser, soberano!

Fazendo uma pequena referência ao rei, Thaddeus sai dos aposentos reais, cumprindo de imediato aquilo que lhe foi ordenado.

Kassaya por sua vez, assim que recebe o convite do rei, ela logo se apronta com um sorriso enorme no rosto, mal consigo controlar a sua ansiedade para vê-ló novamente. Assim que ela entra nos aposentos, ela logo dá um sorriso assim que os seus olhos se encontram com os olhos do soberano, e após fazer uma pequena reverência á ele, ela corre até ele, pulando nos braços dele, que a abraça forte.

Kassaya: Bom dia, soberano! Como vai?

Baruch: Eu me sinto muito melhor agora que lhe tenho perto de mim, minha doce Kassaya.

Kassaya: Fico muito feliz em saber disso, pois, o meu coração também tem estado muito aflito longe do senhor!

Baruch: Como você está?

Kassaya: Agora eu estou muito melhor!

Sorrindo, Baruch a beija delicadamente, matando a saudade de apenas há algumas horas, mas que pareciam horas intermináveis. As línguas de ambos dançavam numa perfeita sincronia, e nenhum dos dois estavam dispostos a encerrar aquele beijo que transmitia muita química e sentimentos.

Necessitando se afastarem por falta de ar, Kassaya sorri acariciando o rosto do rei ainda estando no seu colo. Se sentando na cama, o soberano continua com Kassaya no seu colo, que agora, está sentada de frente para ele com as pernas abertas.

Kassaya: É tão bom estar assim após horas de uma saudade esmagadora!

Baruch: Eu que o diga! — ri.

Kassaya: Saudades de mim?

Baruch: Muitas! Saudades, ansiedade e um certo medo.

Kassaya: Medo? Eu fiz o maior rei do mundo sentir medo? — brinca e o beija.

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