Quando Dereck voltou ao hospital, já envolto pela manta suave da noite, o seu coração batia com uma mistura de ansiedade e anseio. A última vez que vira Evelyn, a sua secretária e secretamente esposa, fora sob raios solares do começo da tarde.. Agora, caminhando pelos corredores silenciosos, o seu único desejo era ver o seu sorriso uma vez mais.
Ao abrir a porta do quarto de Evelyn, Dereck foi recebido por uma cena que capturou totalmente a sua atenção. Evelyn repousava, um vislumbre de serenidade no seu rosto, tão alheia à turbulência que os seus sentimentos provocavam no peito de Dereck. "Como é linda!" Ele pensou, admirando-a sob o véu do sono, a luz suave do abajur iluminando os seus traços com gentileza.
Sem querer perturbar esse momento de paz, Dereck escolheu uma poltrona próxima, acomodando-se com a cautela de quem não deseja quebrar um encantamento. Lá, sentado, ele contemplava Evelyn, perdido na profundidade dos seus próprios pensamentos. O seu coração, um tambor que batia a uma cadência de admiração e dúvida, refletia sobre o turbilhão que Evelyn, mesmo adormecida, provocava nele.
Naquela sala, sob a luz suave que dançava nas paredes, Dereck permitiu-se reconhecer o quanto a sua vida tinha mudado desde que Evelyn se tornou parte dela. Cada sorriso, cada conversa, cada olhar compartilhado voltava à mente, tecendo a trama de uma história não contada, mas profundamente sentida. Ele sabia, enquanto a observava, que a relação entre eles podia ultrapassar os limites de um de escritório..
Enquanto a noite avançava, e o silêncio do quarto de hospital se fundia aos seus devaneios, Dereck encontrou uma certeza dentro de si. Prometeu, naquele instante silencioso, que faria tudo ao seu alcance para ver Evelyn sorrir, para ser o motivo de sua felicidade, assim como ela era a dele. E ali, com o coração cheio de esperança, Dereck aguardou ao lado de Evelyn, vigilante em sua vigília, até que as primeiras horas se passaram e já quase dez horas da noite, Evelyn, enfim, acorda.
Ao despertar do sono pesado, nocauteada pelos remédios que estava tomando, Evelyn visualiza Dereck sentado ao seu lado na poltrona confortável. A luz suave do abajur infiltrava-se pelo quarto, envolvendo-o. Os belos olhos da ruiva demoraram a focar completamente o CEO, mas quando o fizeram, encontraram Dereck num sono tranquilo, com a sua cabeça levemente inclinada para o lado.
Evelyn, ainda sob o torpor dos medicamentos, observava encantada os traços de Dereck, notando a serenidade inconfundível que o seu rosto transmitia enquanto dormia. Sem perceber, o seu coração começou a disparar inesperadamente, um fenômeno estranho e súbito que a fez sentir os seus cílios tremerem involuntariamente.
Uma onda de emoções desconhecidas, intensificadas pelo estado vulnerável em que se encontrava, começou a preenchê-la, trazendo à tona sentimentos que ela não sabia ser capaz de nutrir por ele..
-- Porque o meu coração está tão agitado? Ela resmungou baixinho enquanto o olhava com ternura..
Ao observar Dereck, Evelyn sentiu uma conexão profunda se formando entre eles, algo que ultrapassava a compreensão usual de amizade ou cuidado. Era como se, naquele momento de fraqueza e de total exposição, uma ponte invisível se erguesse, ligando os corações e as almas de ambos.
O silêncio do quarto, apenas quebrado pela respiração compassada de Dereck, parecia ser o único testemunho desse despertar de uma conexão misteriosa entre Evelyn e Dereck..
Com um suspiro quase inaudível, Evelyn fechou os olhos por um instante, tentando entender as emoções que a inundavam. Quando os abriu novamente, Dereck a observava com um meio sorriso, os olhos cheios de uma compreensão silenciosa.
Dereck, notando que Evelyn tinha acordado, segurou as suas mãos com uma gentileza que ela jamais havia sentido vindo dele. Essa simples ação despertou uma enxurrada de emoções intensas e novas dentro de Evelyn, que até então, ela não sabia ser possível sentir.
Uma sensação de calor percorreu o seu corpo inteiro, deixando-a curiosa e, ao mesmo tempo, vulnerável.
-- Como está se sentindo, Evelyn? A voz de Dereck quebrou o silêncio, repleta de uma suavidade que Evelyn pensava que ele não era capaz de possuir. Ainda sob o efeito das emoções que o toque dele havia despertado, ela respondeu com um sussurro hesitante: -- Estou bem, senhor Norton. Faz tempo que chegou?
Dereck sorriu, um sorriso cheio de significados ocultos, antes de responder.
-- Faz tempo que cheguei. Fiquei aqui te olhando enquanto você dormia.
Esta revelação fez o coração de Evelyn bater mais rápido, uma mistura de apreensão e fascínio a invadiu. Pensamentos e perguntas inundaram sua mente, mas as palavras pareciam se perder antes mesmo de serem formadas.
No silêncio que se seguiu, os dois se encontraram presos em um olhar intenso e prolongado, como se cada um tentasse ler os pensamentos mais profundos do outro sem dizer uma palavra. Os segundos passaram sentindo-se mais como horas, numa troca silenciosa que parecia dialogar com as emoções despertas dentro deles.
-- O senhor pode ir para casa. Ficarei bem. Ela articulou quebrando o olhar fixo sobre Dereck.
Ele logo ficou desapontado. Ela não respondeu necessariamente as insinuações amorosas dele. Mas tentando fingir normalidade, Dereck respondeu.
-- Tudo bem. Vou para casa. Ele se virou lentamente caminhando na direção da porta. -- Trouxe a sua bolsa. Ele argumentou antes mesmo de sair do quarto.
Dereck saiu do quarto carregando uma aura de tristeza profunda, os ombros caídos e o olhar perdido no vazio. Cada passo parecia ecoar não apenas pelo corredor silencioso, mas também pelo vazio do seu coração. A sensação era de que tudo o que ele sentia por Evelyn estava destinado a permanecer um segredo guardado, sem esperança de ser correspondido. Encostado na fria parede do corredor, as lembranças começaram a fluir incontrolavelmente.
Como um filme, cenas de Evelyn sorrindo dançavam em sua mente.
A frieza da parede era um afago comparada à frieza que sentia por dentro ao pensar que seus sentimentos por ela talvez nunca fossem retribuídos.
Entretanto, ali, na solidão daquele corredor, algo dentro de Dereck começou a mudar. A sensação de desamparo começou a dar lugar a uma centelha de esperança.
-- E se eu não tiver que viver neste silêncio? Questionou-se. A ideia de viver sem ao menos tentar parecia agora mais assustadora do que a possibilidade de um coração partido. Naquele momento, ele soube que algo precisava mudar, que ele precisava mudar..
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Marlete Lemos Souza
estou ansiosa para descobrir gual será a atitude dela quando descobrir que seu chefe é seu marido que ela tanto odeia /Drool/
2025-03-14
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Angela Freitas
ele precisa falar pra ela que é marido dela uai
s
pq como ela é casada não vai traí seu marido uai kkk
2025-03-12
0
Andrea Gama
porq ela não fala pra ele que é casada pra vê o que ele fala
2025-01-24
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