Capítulo 13 Um observador secreto?

Eva conversou um pouco com Dereck. Ele não sabia mais o que dizer na tal situação. Esse tipo de assuntos familiares, não era muito suportado por Dereck. Ele tinha muito apego pela mãe e era com ela que desabafava , contava os seus medos. E depois que Marta faleceu, Dereck passou a se trancar no seu mundo solitário.

Apesar de viver completamente em solidão, Dereck ia visitar ao pai e as vezes ligava para resolver assuntos de trabalho..

-- Por favor, venha a minha sala. Ele ligou para Evelyn.

Rapidamente a ruiva apareceu no escritório dele..

-- Senhor Norton, o que deseja? Evelyn pergunta sorridente.

-- Evelyn, se sente por favor. Preciso te perguntar uma coisa.

Ele argumenta meio frustrado .

-- Diga, senhor.

-- Tenho um amigo que é casado com uma mulher, e esse nos últimos dias, tem estado muito estranho. Ele era carinhoso, atencioso com a esposa, mas de repente, ficou desatencioso, tem saído de casa e aparecido dias depois como se não tivesse acontecido nada. Evelyn, me der a sua opinião, o que acha que está acontecendo com esse amigo?

Evelyn arregala os olhos, muito perplexa diante da interrogação dele.

-- Senhor Norton, realmente é um tipo de assunto que por não saber de quem se trata, com certeza, não tenho muito que opinar nessa situação, mas o fato desse homem está estranho, com certeza deve está acontecendo algo na vida dele que não quer que a família saiba.

-- E o que seria, Evelyn? O que ele está escondendo?

Dereck arquea as sobrancelhas respectivamente durante a pergunta.

-- Senhor, essa pergunta não posso responder. Mas independente de quem seja, é preciso sentar e conversar com esse homem.. Ninguém sabe o que ele está passando..

Dereck lança um olhar de admiração para ela..

Sem palavras e timidamente, ela abre os lábios deslizando no sorriso encantador.

O coração de Dereck dispara no peito ao observar o sorriso lindo escapa dos lábios de Evelyn.

-- Obrigado por sua opinião. Pode retornar a sua mesa.

Dereck pigarreia a garganta tossindo simultaneamente, e tenta afrouxar a gravata do pescoço.

-- Deixe-me te ajudar, senhor.

Evelyn o ajuda a afrouxar a gravata que Dereck pelo nervosismo não conseguiu fazer.

-- Prontinho, senhor.

Ela estava bem próxima ao rosto dele.

O cheiro do perfume dela inundou as narinas do CEO deixando-o perturbado..

-- Obrigado. Ele diz sem encara-la.

-- com licença. Ela saiu deixando Dereck totalmente atordoada na cadeira.

-- O que está acontecendo comigo? Ele perguntou a si mesmo olhando para ela através da janela de vidro do escritório.

Evelyn o olha e sorrir novamente.

Aquilo fez com que Dereck ficasse ainda mais nervoso fazendo gotas de suor se formarem na sua testa.

Ele saiu do conforto da cadeira e foi até o banheiro rapidinho lavar o rosto..

-- Acorda Dereck. Ele bate no rosto como querendo despertar de um sono. -- Evelyn Aguiar é apenas a minha secretária. Ele respira fundo tentando manter-se calmo olhando para o seu reflexo no espelho..

Ele fica mas tempo que o esperado no banheiro..

-- Porque não consigo parar de pensar no sorriso lindo dessa ruiva? Essa mulher só pode ter me feitiçado..

Ele sai do banheiro e fecha às cortinas da janela. Deixa-las abertas tornaria as coisas ainda mais difíceis.

No final da tarde, Evelyn terminou o seu trabalho.

-- Só falta dez minutos para ir embora. Não aguento mais esse salto. Está apertando demais o meu pé.

Ela olha para os pés e ver que estavam feridos.

Dereck sai do escritório e passa por Evelyn em silêncio.

-- Senhor? ela fala fazendo cara de dor. -- Pode me dá uma carona até o Morumbi? Dereck imediatamente para ao escutar a voz de Evelyn.

-- Não sou taxista e nem caridoso, senhorita Aguiar pra te dá carona.

Ele a olha com desprezo e logo depois sai .

Evelyn bufa de raiva o praguejando em pensamento.

Com dificuldade ela vai até o elevador, logo chega na recepção do prédio..

Ao sair pelas portas, encontra quem menos esperava.

-- Evelyn? O que está fazendo aqui? Marcelo estava esperando um cliente que havia solicitado uma corrida.

Ele agora trabalhava como taxista para complementar a renda.

-- Marcelo? Evelyn respondeu muito surpresa e ao mesmo tempo sem jeito..

-- Pensei que estivesse no Rio de janeiro? Chegou hoje?

Ele perguntou fitando os seus olhos nela.

-- Sim, cheguei hoje. Ela mentiu sentindo uma tristeza enorme por dentro.

-- Vamos, eu vou te levar pra casa. Gentilmente ele sorriu ao abrir a porta do carro, e então argumentou novamente: -- Gata, não tenho muito tempo. Ele diz a piscar os olhos pra ela tentando apressar Evelyn.

Os pés de Evelyn estava muito doloridos.. Ela até pensou em recusar, mas não aguentaria andar até o ponto de ônibus mas próximo..

Ela entrou no carro com Marcelo segurando cordialmente as mãos dela..

Do outro lado da rua, um par de olhos castanhos observa Evelyn e Marcelo.

Enquanto o carro táxi ligava o motor para sair dali, Dereck Norton olhava para o casal que acabara de entrar.

-- Que patético! Ele zombou de si mesmo após se arrepender de não ter dado carona a Evelyn.

E voltando para frente da empresa, contemplou a cena romântica. Ele não tinha dúvidas. Aquele homem era o namorado de Evelyn.

Uma onda de tristeza invadiu o coração dele.

-- Me leva para o apartamento do Adriano. Ele resmungou ao motorista que esperava atento as ordens dele..

No carro de Marcelo o clima estava sombrio. Os dois amigos estavam silenciosos durante a viagem.

-- Acho melhor te levar no hospital. Os seus ferimentos estão muito expostos. Se não cuidar, pode gerar coisa pior.

Marcelo quebrou o silêncio que os rodeava.

-- Não precisa, Marcelo.. Só quero ir para casa e descansar.

-- Está bem, se deseja assim.

Ele segue caminho e Evelyn percebe que esta indo para a sua velha casa.

Ele para o carro em frente a casa.

-- Obrigada pela carona..

Marcelo saiu do carro ao ver Evelyn sair.

-- Espera.. Marcelo aproximou-se e segurou firme na cintura dela.

-- Não pode andar assim. Vai acabar se ferindo ainda mais..

-- Marcelo, muito obrigada. Mas pode ir agora.

Evelyn estava muito constrangida por ter que dispensar o amigo assim, mas ela não viu outra opção.

Marcelo abre o portão da casa e olhando seriamente para Evelyn pergunta:

-- O que está acontecendo? Não minta pra mim. Sei que está escondendo algo.

Evelyn fica atordoada ao escutar a pergunta.

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