Capítulo 5 Casa Nova

Duas semanas passaram-se muito rápido.. Micaela já se encontrava nos Estados Unidos, enquanto Evelyn estava no cartório da cidade ao lado de Alexandre.

Uma caneta é segurada pelos dedos finos, frágeis e gelados de Evelyn. A expressão escura no rosto dela revelava o quanto seu emocional estava deplorável.

Ela pensava larga tudo e sair dali correndo..Mas não podia fazer isso, embora o seu coração triste quisesse.

Algumas lágrimas insistia em caí nos seus olhos enquanto Evelyn segurava firme a caneta na mão.

Alexandre observando a hesitação e tristeza dela entrega-lhe um lenço e tenta consolar e encoraja-la para saírem logo daquele lugar.

-- Senhorita! Sei que é muito difícil fazer isso.Mas realmente não tem escolha.A sua irmã já está nos Estados Unidos estudando, e o senhor Sulivan deixou claro que se recusasse a proposta cumpriria as ameaças.

Ele a olhou firmemente. Alexandre tinha compaixão por Evelyn, mas o que podia fazer, se ele também estava alí , cumprindo ordens ?

Evelyn respirando fundo , assina o papel, e logo depois eles saem do cartório com a certidão de casamento em mãos.

-- Senhora Sulivan? a levarei para a sua nova casa. De novo, peço desculpas pelo meu atraso, acrescentou Alexandre abrindo a porta do carro.

-- Preciso pegar as minhas coisas na minha casa! Replicou Evelyn olhando para o banco vazio do passageiro. -- Sim, Claro! vamos passar na sua casa, responde Alexandre fechando a porta do carro após Evelyn entrar.

O caminho para casa dela é tranquilo e silencioso..Ela olhava a rua com olhos cheios de lágrimas.. Alexandre a observa de soslaio.. Nessas poucas semanas que conheceu Evelyn, Ele passou não só admirar, mas também ter carinho especial por ela ..Era como que Evelyn fosse uma irmã para ele...

O carro estaciona em frente a velha casa de muro baixo e portão enferrujado.

-- Espere aqui! Evelyn saiu do carro e entra na casa. Apesar de ter vivido uma vida sofrida ao lado de Micaela, Evelyn era agradecida a Deus por ter a irmã e uma casa para morar.

Mas agora, drasticamente, a sua vida foi mudada,e se tornou esposa de um homem frio e ambicioso.. Ela não esperava daquele dia em diante, ser feliz.

Após cinco minutos, ela saí carregando uma mala não muito grande, com apenas algumas roupas, peças íntimas, coisas de higiene pessoal .

Alexandre rapidamente sai do automóvel para ajudar-la .

Ele abre o porta mala do carro e guarda as coisas dela.

A expressão de Evelyn era freneticamente triste.. Ela havia se casado com um homem desconhecido , estava longe de sua irmã e iria morar numa mansão enorme, e ela se sentiria ainda mais solitária..

Evelyn ainda tinha esperanças que algum dia, uma empresa entraria em contato com ela .

Ela sentia muito falta de trabalhar na sua área de formação.

Eles chegam na mansão Sulivan.

Alexandre sai do carro para abrir a porta para ela , mas Evelyn se antecipa.

-- Eu ia abrir pra você, mas cheguei tarde. Ele sorri discretamente.

Evelyn sai e o encara desconfiada.

-- Por favor, me diga o real nome do cretino que me forçou a casar com ele.

A expressão do rosto dela era de raiva e tristeza.

Alexandre engole em seco ao se ver encurralado por ela .

-- Infelizmente, não posso te informar isso. Ele não quer que você o procure. Ele disse que não quer nenhum contato com você.

Evelyn aperta os lábios involuntariamente ao escutar o argumento do advogado.

-- Ok ! Diga a ele, que o odeio com todas as minhas forças. E nunca apareça na minha frente, porque sou capaz de mata-lo com as minhas próprias mãos.

Alexandre arregala os olhos surpreso da resposta dela.

Ele tira a mala dela do carro.

-- Quer que eu entre na mansão contigo?

-- Não! Obrigada pela sua ajuda de destruir a minha vida.

Ela saí segurando a mala . O segurança da mansão abre o portão para ela entrar.

Alexandre fica paralisado por um tempo. Ele sentia , sim , de certa forma, culpa por ter sido participante, mesmo que indiretamente, da vida miserável que Evelyn estava vivendo.

Evelyn é bem recebida pelos funcionários da mansão.

-- Seja bem vinda, senhora Sulivan. Irei levar-la até o seu quarto..

Logo a governanta a leva até o quarto..

Evelyn fica completamente admirada..

O quarto era enorme, com uma grande cama confortável, as janelas eram de vidros divididas por duas cortinas, com tons escuros e também claros.. Ela se apressa e vai até a janela.

O jardim da mansão era enorme. Havia vários tipos de flores e plantas. Um lugar maravilhosamente lindo, e harmonioso.

-- Quer comer alguma coisa, senhora? Pergunta a governanta.

-- Me chame só de Evelyn . Gostaria de um copo d'água, por favor.. Ela se afasta da janela. -- Como é o nome da senhora?

-- Laura, senhora. Governanta responde envergonhada.

-- Dona Laura, quem é o dono dessa mansão? Qual o nome dele? Evelyn estava decidida a saber a verdade sobre o seu marido misterioso.

-- Senhora Sulivan, recebermos ordens severas para não informar-la nada sobre o seu marido.

Laura abaixa a cabeça.

Evelyn se aproxima um pouco mais de Laura.

-- Então, o cretino miserável, cafajeste do meu marido, não quer que eu saiba de forma nenhuma nada sobre Ele? Ele é muito feio? Gordo? Magro? Baixo? Alto? É um criminoso?

Ela insistia a pressiona a mulher.

-- Senhora, se falamos qualquer coisa, Ele disse que nos mandaria embora. Todos nós que trabalhamos aqui, precisamos muito desse emprego..

A governanta fica com lágrimas nos olhos.

Evelyn solta um grunhido abafado de ira .

-- Esse homem é uma peste. Agora o odeio ainda mais.

-- Obrigada pelo seu cuidado comigo. Não se preocupe, não irei te pressionar com esse assunto..

Evelyn agradece dando um sorriso discreto para Laura.

-- Por nada, senhora, vou trazer a água que pediu.

-- Não, não...Eu mesmo vou buscar. Quero conhecer o lugar que irei morara parti de agora. Vá descansar um pouco.

-- Certo senhora, o almoço será servido as onze e meia da manhã.. Caso, deseja mudar esse horário, é só me avisar.

A governanta sai rapidamente.

Evelyn arruma as suas coisas no closet.

E depois desce para a cozinha.

Ela se perde um pouco para encontrar, mas logo seguindo o cheiro da comida, ela encontra Laura cozinhando no fogão.

Evelyn vai até um gelágua e bebe a água..

-- Precisa de ajuda? Pergunta olhando para Laura..

-- Não, não senhora..Pode ficar a vontade para passear pela casa e também pelo jardim.

Laura Gentilmente recusa a ajuda de Evelyn.

-- Ok,. Agora vou tomar um banho. Estou um pouco molhada da água da chuva.

A roupa de Evelyn estava suja e os seus cabelos ainda bagunçados.

Mas a tristeza era tão grande, ela não se importou com a aparência..

A chuva havia cessado um pouco antes de Evelyn deixar o cartório..

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