cap 4

• Ayla •

O avião começa a vibrar quando os motores são acionados, ouço a voz da comissária avisando a decolagem.

Pela janela, vejo começar a se afastar do portal, fecho os olhos e respiro fundo quando o avião ganha velocidade na pista, fazendo um barulho alto.

Sou pressionada contra o assento pela força da gravidade, o avião se inclina levemente, seguro o apoio para braços enquanto o avião sobe mais.

Assim as coisas lá embaixo vão ficando menores.

Começo a ficar surda por causa da pressão do ar.

Logo o chão desaparece e o avião fica imerso no céu infinito.

Fecho os olhos e encosto a cabeça sobre o assento, sentindo as mãos frias por conta do medo.

...

- Acorda! - sou despertada ouvindo a voz ao meu lado, enquanto sinto meu braço ser balançado.

- O que foi ? - como um choque, me sento rapidamente, com o coração acelerado.

O homem de olhos cor de chocolate me observava sem nenhuma reação a princípio.

- Você não ouviu que estamos prestes a pousar ? - ele pergunta como se não fosse a coisa mais óbvia. - Estava parecendo que havia morrido.

- Eu estava dormindo, se é que não percebeu. - digo, me ajeitando no assento. ele sabia como não ser delicado com as palavras e pessoas que nem conhecia.

Meu cabelo que estava em uma trança já havia se soltado e se mantinha jogado pelo meu rosto.

O homem apenas se vira para o lado, arrumando sua camisa azul marinho.

Então, o silêncio volta até o piloto avisar a aterrisagem.

Meu coração acelera, a pior parte para mim era essa.

Como se meu coração fosse sair pela boca, um frio corria pelo meu corpo, fazendo sentir náusea.

Aperto firme o apoio de braço do assento e fecho os olhos, respirando fundo.

O avião começa a tremer e logo consigo ver as pequenas árvores, consequentemente tudo em mim começava a piorar também.

- Tá tudo bem ? - a voz do homem ecoa pelos meus ouvidos.

Apenas balanço a cabeça afirmando que ESTAVA TUDO BEM.

- Acho que não hein. - podia jurar que ele estava me encarando. - Tem algum animal de estimação? - ele pergunta de repente.

- Tenho. - digo, um pouco tanto confusa. - Por que ?

- Está no avião também?

- Não, ficou em casa. - respondo.

- Ham... o que mais? - sua voz estava calma.

- O que ?

- Sua comida favorita? - ele pergunta.

- Sei lá.- respondo, dessa vez abrindo os olhos. - Macarronada.

- Fala sério. - ele franze o rosto. - Outra.

- Pizza então.

- Legal. Por quê? - ele insiste.

- Era minha comida favorita na infância, me da várias memórias afetivas. - Explico, sem saber ao certo porque estavamos conversando sobre isso.

- Acho que você não tem muito bom gosto para comida. - o homem de olhos cor de chocolate derretido diz.

Antes que o avião tocasse o chão, fecho os olhos, mas já não sentia as mãos frias.

Assim que o avião para, ouvimos pelo interfone que havíamos chegado ao destino.

- Você deve ter um gosto melhor pra comida então. - digo me levantando.

Ele balança a cabeça positivamente.

- Com certeza.- me encara.

Algo nele era familiar.

- Certo. Até mais. - me viro para sair.

- Vê se não atrapalha mais ninguém no sono novamente. - um sorriso de canto surgiu em seus lábios.

Que homem idiota, irritante e bonito ele era. Por que as pessoas bonitas são sempre tão idiotas?

Não respondo e sigo pelo corredor até chegar no assento o qual deixei as minhas coisas.

A maioria das pessoas já estavam saindo do avião, enquanto algumas ainda se espreguiçavam em seus assentos.

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Comments

Vanessa Brunner Milantonio Silva

Vanessa Brunner Milantonio Silva

cadê as fotos

2025-04-24

0

Amanda Mariana

Amanda Mariana

Uma boa pergunta 😹😓

2025-04-10

2

Amanda Mariana

Amanda Mariana

aaaaahhh ele tá sendo fofoo com ela🙌🏻😻❤️

2025-04-10

3

Ver todos

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