cap 3

• Ayla •

Nos cinco minutos seguintes passo analisando os aviões pela janela.

O senhor de cabelos grisalhos ao meu lado, se aconchegava em seu assento, preparado para dormir durante o voo.

- Sejam bem vindos a bordo. Observe o número de seu assento no cartão de embarque. - a comissária de cabelos castanhos bem presos em um coque e maquiagem impecável diz. - Em caso de despressurização, máscaras cairão automaticamente. - completa.

Logo, aquele frio na barriga surge, não sabia ao certo se era por conta do voo ou por que estava cada vez mais perto de casar minha irmã.

- Moça, o seu cinto. - a comissária aponta para mim.

- Ah, claro. - digo, envergonhada por ter esquecido.

Afivelando o cinto, percebo que estava quebrado, já que não segurava ou afivelava.

- Moça, acho que... - a chamo, tentando colocá-lo.

- Não está conseguindo? Deixe eu tentar. - delicadamente, ela pega o cinto, em uma tentativa falha de afivela-lo. - Não é possível que esta quebrado.

Ela balança a cabeça e leva as mãos a cintura, olhando ao redor, provavelmente procurando um assento disponível.

- Você não pode ir sem o cinto de segurança. - seu semblante mostrava preocupação.

- Eu realmente preciso ir...

- Espere só um pouquinho. - ela me interrompe e sai pelo corredor do avião.

Isso não estava acontecendo, suspiro com os olhos fechados, não poderia perder esse voou.

as coisas ultimamente andavam dando muito errado na minha vida, e isso só piorava.

Não demora muito e logo ela aparece no corredor com aqueles scapin preto, que zuava a cada passo.

- Você está com sorte. - a comissária diz, balançando as mãos no ar. - Consegui um assento na primeira classe. - ela fala toda sorridente.

- O quê? - pergunto.

Ela só poderia estar brincando, eu não tinha a condição de ir na primeira classe já que estava indo na econômica.

- Está tudo bem, não precisará pagar nada, já que ocorreu esse imprevisto. - ela explica. - Suas coisas podem ficar aqui, você só precisa ir em outro assento, que tenha segurança.

- Mas...

- Não precisa se preocupar com nada. Todos os assentos dessa classe estão ocupados e consegui um na outra classe. Me acompanhe, por favor. - a comissária sorri e sinaliza com as mãos o caminho.

Com receio, a acompanho, deixando minhas malas e o velhinho.

Ao entra, entendo o porquê de ser primeira classe, deve custar muito dinheiro para ir numa classe assim.

É a melhor classe de aviões disponível, garantindo uma total privacidade, e nível de serviços mais alto e condições exclusivas.

Os assentos são mais largos, mais confortáveis e podem reclinar, ficando como uma cama.

E entre os assentos existe divisões o que parece com janelas, o que dá privacidade aos passageiros.

- Aqui. - ela mostra um assento maravilhoso. Ao lado, alguém dormia com a divisão aberta, dando acesso ao seu assento.

- Muito obrigada. - digo. - Mas tem certeza que...

- Está tudo bem, quando pousarmos, você pode voltar ao seu antigo assento e pegar suas coisas. - ela sorri e sai pelo corredor, me deixando ali.

Sento-me no assento confortável, suspiro por ter conseguido achar um assento, ainda mais aquele assento.

Ao meu lado, um homem deitado no assento reclinado, usava um tapa olho e fones de ouvido.

Seus cabelos eram escuro, e usava um casaco preto.

Ao perceber a minha movimentação, rapidamente o homem se senta tirando o tapa olho revelando um olhar intenso e castanho, seus olhos se abrem me observando com curiosidade.

- Desculpa, não queria incomodar. - falo.

- Já incomodou. - ele diz seco, incomodado por ter sido acordado.

- Desculpa. - repito sem graça.

- Quem é você? - ele pergunta.

- Meu assento teve um problema, então precisei vim para esse. - Explico.

- Deveriam ter me avisado. - ele resmunga.

E aqueles olhos cor de chocolate derretido estavam me observando.

Mesmo que não o encarava , era capaz de dizer que ele era atraente, com um nariz forte e reto e maçãs do rosto esculpidas.

Havia uma sensação de familiaridade, como se já o conhecesse.

- Pelo menos tente não fazer barulho. - ele diz, fechando a divisão que havia entre os assentos.

Não sabia que uma pessoa ficaria tão atraente quando irritada, por ser tirada de seu momento de sono.

Abro a boca para falar , mas em seguida fecho, não tinha que perder meu tempo discutindo. O tanto que ele tinha de bonito era evidente que tinha de idiota.

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Comments

Carmem Lùcia Pimenta

Carmem Lùcia Pimenta

Será é o filho patrão que estava escritório

2025-03-18

2

cristina angelica

cristina angelica

Acho que ele também será o padrinho do casamento

2025-03-27

1

Carolzynha Barreto

Carolzynha Barreto

acho que é o noivo da irmã

2025-02-26

2

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