ANTHONY - ELA

Não consigo tirar Zoella da minha cabeça, e não é apenas pela sua beleza marcante e de tirar o fôlego, sim, a mulher é linda para caralho, toda segura de si é fala mais palavrão que um caminhoneiro. Achei engraçado ela assistindo o jogo com os meninos no bar pois ela vibrava, xingava e dava seus palpites de forma bem profissional, ganhei uma destinada e uma companhia para assistir futebol.

Resolvo descer para correr pois preciso acalmar meu lobo que desse que vou Zoella não me dá paz, já entendi que ela é nossa mas isso não vai ser uma tarefa fácil, principalmente porque a loirinha é arredia e humana, oh deusa tinha que ser humana? Encontro Roman que também está agitado por conta da Elizabeth, então conto logo a ele sobre Zoella. Ele fica surpreso e preocupado, assim como eu, pois além de ter todo o mistério que envolve Elizabeth e o fato dela ser uma mestiça agora tem Zoella que é humana, um prato cheio para o conselho pedir nossas cabeças de uma só vez, depois que acertarmos que eu não vou atrás de Zoella até a poeira baixar, saímos para correr na reserva.

DIAS DEPOIS....

A última vez que vi Zoe foi no hospital no dia que fomos visitar Elizabeth, e por mais que meu lobo estivesse desesperado para toca-la eu me mantive afastado e evitei muito contato, talvez tenha passado a impressão de que não a queria por perto, na verdade não queria mesmo pois está no mesmo ambiente que ela é não poder tê-la estava me deixando doido. Então chegou o dia que Mia tinha marcado de ir ao shopping comprar o tal vestido com as meninas e o combinado era me ligar para buscá-la quando estivesse terminando, grande foi a nossa surpresa no início da noite em vê Mia chegando em um carro dirigido por Zoella e com Elizabeth de acompanhante, Roman desceu para recebê-las e eu fiquei da janela olhando a cena, ao entrarem em casa Roman ficou de mostrar o casa para Liz e Zoe foi acompanhar Mia até o quarto. No jantar eu não conseguia tirar meus olhos da loira e percebi que ela também estava bastante interessada em mim, pois vira e mexe ficava me olhando e soltando indiretas pra mim, a vontade que me dava a cada piada que ela fazia era da uma bela palmada naquela bundinha deliciosa dela, mas terei tempo para isso o jantar foi divertido e como estava chovendo muito as meninas ficaram para passar a noite aqui, Mia carregou minha mulher para dormir com ela, Roman foi dormir com Elizabeth e eu fiquei a ver navios.

Como não conseguia acalmar meus pensamentos resolvi correr, pois eu só pensava em qual era o gosto dos lábios daquela diaba, como eu queria beijar ela por inteira e me perder em seu cheiro, seu corpo, seu gosto. Durante a noite eu desço as escadas em silêncio ouvindo o barulho do quarto de Mia que conversa animada com Zoe, vou direto para fora e chamo meu lobo, que diferente do lobo de Roman e todo cinza com olhos azuis, saio correndo em direção ao lago, corro o máximo que consigo até sentir meu corpo cansar, então sento a beira do lago é fico admirando a lua que resolveu aparecer depois da chuva, ouço um barulho e vejo Roman se aproximar, ele senta ao meu lado e ficamos conversando, e lembramos da história da nossa origem, os nossos pais sempre fizeram questão de contar a história de amor proibido da deusa lua

Ao voltar para casa Roman corre para socorrer Elizabeth e eu fico aqui embaixo na sala caso ele precise de mim para alguma coisa, depois de algum tempo vejo Zoella descer pelas escadas

— Sem sono? — pergunto, do sofá onde estou sentado e ela se assusta por não ter me visto.

— Nossa, não vi você aí. Não conseguir dormir, geralmente não durmo em noite de chuva — diz ela se aproximando

— Mas a chuva já cessou

— Sim, verdade mas estou inquieta hoje, não sei explicar. Talvez seja o ambiente diferente do que estou acostumada

— Provavelmente — respondo sabendo exatamente qual é o problema — Que tal um chocolate quente? Sempre ajuda a Mia em noites de insônia, talvez ajude você também

— Você faz chocolate quente quando ela está com insônia? — pergunta ela surpresa.

— Sim, na verdade todos fazemos. Mia tem nos três na palma da mão, somos serviçais daquela malandrinha — digo me levantando e ela rir, enfim um sorriso dela direcionado a mim, eu quase salto de alegria.

— Garota esperta! Então vou aceitar seu chocolate quente, já que não tenho oferta melhor — responde atrevida.

— Só digo uma coisa, não pode viciar pois não estarei sempre a sua disposição, vem..

— Mas que metido, você se acha demais e também é muito ranzinza — diz ela logo atrás de mim.

— Quanto tempo demorou para você tirar suas conclusões dobre mim? Tô achando que você gostou do que viu já que anda reparando demais — digo entrando na cozinha e puxando uma cadeira para a sentar — Sente-se aí, vou preparar seu chocolate, senhorita língua solta

— Eu não ando reparando em você, tenho muito o que fazer, não se ache tanto, você é até bonito mas não é isso tudo — diz a diabinha fazendo um biquinho lindo e me deixando doido para dar uma mordida nela.

— Sério? Já me disseram que eu era a personificação da beleza e eu acreditei firmemente — digo para provocando e ela revira os olhos eu fico me segurando para não rir.

— Deve ter ouvido de alguma maluca — diz se remexendo na cadeira.

— Uma pena não ser o seu ideal de homem bonito, porque você e a personificada da beleza na minha opinião, linda, delicada e forte. Uma mulher extraordinária, com certeza — digo depositando o leite na panela e ela fica toda vermelha com o elogio, e sem palavras, coisa rara de se ver.

— Obrigada — diz baixinho.

— Mas o chocolate nem está pronto ainda — digo depositando chocolate meio amargo na panela.

— Não pelo chocolate, pelo elogio. Raramente alguém me vê como forte — diz sorrindo e ficamos perdidos um nos olhos do outro por um momento.

— Pois foi exatamente isso que eu vi quando a conheci, por mais linda que seja sua presença e dominante, você e firme com as palavras e sempre responde de forma direta