Ano novo e descobertas novas

Isabella ao sair do banheiro deixando as moças lá dentro falando sozinha, ela vai até um local reservado e se senta em um banco que tinha ali. Ela então fica relembrando as palavras de sua cunhada, como uma facada no peito, mesmo Isa tentando se manter séria com as moças no banheiro, cada palavras delas machucaram Isa.

Isabella, sentindo-se desconfortável na festa, decide que é hora de ir embora. Ela envia uma mensagem rápida para Júlia:

📲 Oi, amiga, estou me sentindo um pouco cansada. Vou pegar um táxi e ir para casa. Aproveite a festa por mim! Beijos.

Após enviar a mensagem, Isabella se despede discretamente de quem está por perto e se encaminha para a saída. No lado de fora, ela acena para um táxi que passa e entra, deixando para trás a agitação da festa e os questionamentos desconfortáveis. O carro parte em direção à sua casa, enquanto Isa reflete sobre a noite e o que ela poderá significar para seu relacionamento com Rafael.

O táxi de Isabella corta a cidade enquanto os primeiros fogos de artifício da meia-noite começam a iluminar o céu. Os sons distantes das celebrações de Ano Novo se misturam ao ruído suave do tráfego noturno. Isabella observa pela janela, perdida em pensamentos, enquanto o motorista a leva de volta para casa.

Cada explosão colorida no céu parece ser um reflexo das emoções tumultuadas que ela experimentou ao longo da noite. As luzes vibrantes refletem nos seus olhos, revelando um misto de tristeza e incerteza.

O táxi se aproxima de sua casa, e Isabella paga o motorista antes de sair. Ela caminha até a entrada, olhando para o céu estrelado e os fogos que ainda iluminam a noite. A chave vira na fechadura, a porta se abre, e Isa entra, deixando para trás as comemorações animadas do Ano Novo.

O silêncio da casa é preenchido pelos seus pensamentos, e Isabella se encontra mais uma vez diante das escolhas que terá que fazer no novo ano que se inicia. Ela vai direto para o banheiro de sua casa, Isabella deixa a água morna da banheira envolver seu corpo, tentando dissipar as tensões acumuladas da noite. O aroma suave de sais de banho preenche o banheiro, criando um ambiente tranquilizador. Ela mergulha na água, permitindo-se um instante de tranquilidade.

Após o banho, ela veste um pijama confortável e se deita na cama. No entanto, a mente agitada e os eventos recentes não a deixam descansar. Isabella rola de um lado para o outro, enquanto a luz da lua atravessa as cortinas, pintando padrões suaves no quarto.

As lembranças da festa, a discussão ao telefone, as cantadas de Alex giram em sua mente. Cada pensamento é como uma peça de um quebra-cabeça confuso, e Isa se sente perdida em meio às emoções conflitantes. Isabella decide então pegar o celular e ficar de bobeira nas redes sociais, vendo as fotos das pessoas, quando ela passa por uma foto, era uma moça muito bonita, cabelos molhados, atrás dela estava uma piscina e ao fundo um casal se beijando. O coração de Isabella acelera enquanto ela observava a foto com mais atenção. A cena ao fundo parece familiar, e a dúvida começa a se transformar em uma sensação incômoda. Isabella em um sobre salto sai da cama e começa mais uma vez suas investigações caseiras, ela vai direto ao escritório de seu esposo e lá ela entra no notebook dele que agora tem senha, “pensa, pensa Isa, qual a senha”- pensou ela, tentou de tudo e até que conseguiu, era a senha do aniversário da mãe dele. Isabella vai direto na rede social dele da camerazinha e precisava do login e senha, e agora? Vamos ao histórico de busca, trabalho, trabalho, trabalho, pesquisas, mais pesquisas, eeeee achei um histórico de uma conta de rede social, quem é essa pessoa? Isabella corre ao seu quarto e pega seu celular e volta para o escritório e pesquisa o arroba da conta e puf lá está ela Beatriz Gomes.

Meu Deus! É a mesma pessoa – pensou Isabella ao ver a moça. Isabella então começa a procurar qualquer outra evidência, ela rolando as imagens encontram uma antiga que lhe chama a atenção, é uma imagem de quatro pessoas, composta por Rafael sentado na ponta direita, uma moça desconhecida para Isabella, depois vem mais um rapaz que provavelmente era um amigo de Rafael e... essa moça Beatriz, bem mais jovem, mas era ela. “Eles se conhecem” esse foi o pensamento de Isabella. Ela repousa a cabeça na macia cadeira que se sentava, mas logo teve outra ideia que a fez se levantar rapidamente da cadeira e volta para o quarto, lá ela vai ao closet enorme de Rafael e começa a procurar qualquer pista, procura e nada, olha mais um pouco e nada, olha na parte das sungas, tudo ficava muito bem organizado então a qualquer retirada de qualquer coisa era evidente. Estavam faltando algumas sungas e alguns shorts de praia. A incerteza era enorme, mas a ideia de uma traição era demais para ela, imediatamente Isabella fica revoltada, seu coração acelera mais rapidamente, ela sente vontade de bater, de xingar, mas não faz, ela apenas chora em pé com a gaveta de shorts de praia de Rafael. Isabella, com o coração apertado e decidida, pega suas roupas e começa a fazer as malas. Cada peça de roupa que ela dobra e coloca na mala é acompanhada por pensamentos tumultuados e lágrimas que teimam em cair. O ambiente tranquilo da casa é quebrado pelo som dos zíperes das malas fechando com determinação. Isabella olha ao redor, como se estivesse dizendo adeus a cada canto da casa que compartilhou com Rafael. O peso do silêncio é ensurdecedor enquanto ela se prepara para partir.

O destino é a casa do irmão, um refúgio temporário para Isabella processar a dor e a dúvida da traição que ameaçam engolir seu coração. O caminho até lá será cheio de perguntas não respondidas, mas sua coragem em enfrentar a verdade, mesmo sem confirmação direta, é um sinal de sua força interior. Isabella fecha a porta da casa, carregando consigo a incerteza do que o futuro reserva, mas determinada a encontrar clareza e cura.

O táxi corta o silêncio da manhã enquanto Isabella observa a paisagem pela janela. O sol, tímido no horizonte, pinta o céu com tons suaves de laranja e rosa, anunciando o início de um novo dia. A estrada se estende à frente, uma jornada que, ao mesmo tempo, simboliza a distância que ela sente de seu relacionamento.

O motorista, alheio à tempestade emocional de Isabella, guia o carro pela estrada enquanto ela se perde em pensamentos. Cada quilômetro percorrido parece um passo em direção à busca por respostas e entendimento. A viagem, por mais curta que seja, se estende como uma jornada interior, repleta de reflexões e questionamentos.

Ao chegar à casa do irmão, Isabella respira fundo antes de tocar a campainha. A incerteza do que encontrará lá dentro a envolve, mas a presença familiar oferece um abrigo temporário para sua alma ferida. A jornada está apenas começando, e Isabella enfrentará o desconhecido com a coragem que carrega consigo.

Isa aperta a campainha várias vezes, mas nada de seu irmão sair e abrir a porta. Como era uma casa em um condomínio de luxo, as casas não tinham portões. Impaciente, Isa pega as chaves de reserva da casa do irmão que ele tinha deixado com ela, Isa abre a porta e percebe que o irmão não está em casa, mas percebe um movimento na piscina. “Sério Gabriel?” pensou ela e foi em direção à piscina. Ao abrir a porta de vidro que dá acesso aos fundos e a piscina

Isabella é surpreendida pela visão de um homem desconhecido. Seu corpo esculpido contrasta com a luz da manhã. O coração de Isabella acelera, e uma onda de nervosismo a envolve.

O homem, percebendo a presença de Isa, se vira para ela com um olhar curioso. A tensão preenche o ar por um momento antes que ele decida quebrar o silêncio, automaticamente Isa fica na defensiva, achando que ele invadiu a casa do irmão.

Isabella:

O que você está fazendo aqui? Como entrou?

O homem, com seu jeito descontraído, ergue as sobrancelhas em um misto de surpresa e divertimento.

Homem:

Calma, calma! Não invadi a casa. Gabriel me deixou ficar aqui enquanto ele resolve uns negócios. Relaxa, não sou um invasor.

Isabella, ainda um pouco tensa, tenta processar a informação.

Isabella:

Ah, certo. Gabriel deveria ter me avisado.

O homem, sorrindo, se aproxima da borda da piscina.

Homem:

Gabriel não me disse que você viria, TAMBÉM. Se soubesse, teria preparado o café da manhã.

Isabella:

Esta é a casa do meu irmão. Quem você está esperando?

Homem:

Ah, você é a irmã dele? Unn interessante.

O homem então sai da piscina e Isa observa cada parte de seu corpo esculpido pelos músculos, sua mandíbula quadrada, sua barba pequena e bem-feita, seus cabelos jogados para trás com água pingando, seus olhos verdes e um sorriso irresistivelmente retos. Isa engole seco e disfarça ao perceber que olhava para ele com olhos de observações.

Homem:

Ah, deve ser um mal-entendido. Eu sou amigo do seu irmão. Ele me convidou para passar alguns dias aqui. Ele está fora do Brasil e não tem data de volta e eu preciso de um lugar para ficar e vou ficar aqui.

Isabella, aliviada, mas ainda perplexa, tenta recordar se o irmão mencionou a chegada de algum amigo.

Isabella:

Meu irmão não me disse nada sobre isso. A proposito me chamo Isabella.

O homem sorri, tentando dissipar a tensão.

Homem:

Muito prazer senhorita. Sou o Lucas. Ele já me falou de você.

Lucas, ao sair da piscina, se senta na cadeira de sol, pega a toalha e começa a se secar tranquilamente. Ele percebe o olhar de Isabella e, com um sorriso debochado, brinca com a situação.

Lucas:

Gostou da vista?

Isabella, irritada pela ousadia de Lucas, revira os olhos.

Isabella:

Sério? Você acha que isso é engraçado?

Lucas, ainda se divertindo, dá de ombros.

Lucas:

Só estou aproveitando o sol e a piscina. Não me culpe por estar em forma.

Isabella:

Você podia ter a decência de se vestir ou, sei lá, usar a toalha de uma maneira menos... chamativa.

Lucas, com um sorriso malicioso, continua provocando.

Lucas:

Ah, Isa, Isa, Isa... nem começamos e já está me pedindo para parar? Não sou de ferro.

Isabella, ainda mais irritada, decide ignorar os comentários de Lucas e se afasta, dirigindo-se ao interior da casa.

Isabella:

Vou guardar minhas coisas. E não pense que vai ficar aqui sozinho.

Lucas ri, sabendo que conseguiu provocar Isabella, e relaxa na cadeira de sol, aproveitando o sol da manhã.

Isabella, irritada com a situação, pega sua mala e entra na casa. Ao chegar ao quarto de hóspedes, ela percebe que as coisas de Lucas já estão lá. Num impulso de frustração, ela xinga baixo.

Isabella:

Droga! Será que esse homem não tem limites?

Respirando fundo para se acalmar, Isabella decide que não vai deixar a presença de Lucas estragar sua estadia na casa do irmão. Isa distraída leva um susto quando ouve Lucas falar da porta do quarto. Ele estava lá encostado, sem camiseta e com um short solto.

Lucas:

Espero que não se importe de compartilhar a mesma cama. Vai ser um desafio, mas acho que podemos sobreviver.

Isabella, com uma expressão entre a surpresa e a irritação, sente-se desconfortável com a presença inesperada de Lucas.

Isabella:

Isso é um absurdo! Eu não vou tolerar brincadeiras desse tipo. Me dá licença.

Lucas se diverte com as reações de Isa. Isabella sai do quarto e vai em direção ao outro quarto, Lucas apenas a observa com os braços cruzados e um sorriso no rosto.

Lucas:

Tenta a sorte quem sabe.

A casa do irmão de Isa tinha o quarto dele e dois de hospedes, então Isabella foi em direção ao outro quarto e na tentativa de abrir a porta ela estava trancada. Nesse momento, Lucas aparece atrás dela com um sorriso malicioso.

Lucas:

Parece que você está sem sorte, Isa. O universo conspira a meu favor hoje.

Isabella, irritada, responde sem olhar para trás.

Isabella:

Só abra a porta, Lucas. Não estou com paciência para suas brincadeiras.

Lucas se aproxima, ficando próximo a ela, e sussurra provocativamente em seu ouvido.

Lucas:

Se você soubesse como é tentador deixar você implorar...

Isabella se afasta, ignorando as insinuações, e tenta manter a compostura.

Isabella:

Apenas abra a porta, por favor.

Lucas se afasta, cruzando os braços descontraidamente, e diz com um sorriso provocador.

Lucas:

Ah, detalhe importante, Isa, eu não tenho as chaves. Acho que vai ter que se acostumar com a minha presença por aqui.

Isabella suspira, frustrada, e revira os olhos. Lucas continua sorrindo enquanto observa Isabella sair, e a provocação permanece em seu olhar debochado.

Isabella:

Alô! Gabriel.

Gabriel:

(surpreso)

Oi.  Irmãzinha. Tudo bem?

Isabella:

Eu estou na sua casa e preciso que você me fale onde estão as chaves dos quartos de hospedes.

Gabriel:

(preocupado)

Você está na minha casa? Por quê? O que houve?

Isabella:

Problemas em casa e preciso de um tempo.

Gabriel:

(desorientado)

ÉÉ certo, fique à vontade, Lucas está aí cuidando da casa para mim, não tenho data de volta, mas ele é legal. Vou mandar as chaves via correio, mas vai demorar até duas semanas para chegar. Estou fora do Brasil.

Isabella:

Duas semanas!? E onde eu durmo até lá?

Gabriel:

Passe o telefone para Lucas.

Isabella passa o telefone para Lucas.

Lucas:

Fala mano!

Gabriel:

Gabriel se você destratar ou machucar minha irmã durante o tempo que eu estiver fora...

Lucas:

Ei cara, fique tranquilo, (olha para Isa) não faz meu tipo.

Isabella olha para ele incrédula, “eles estão falando de mim?”

Gabriel:

Cuide dela por mim, com respeito e carinho por favor. Ela está passando por... uns problemas e precisa de apoio. Vou mandar as chaves e vocês vejam o que é melhor aí para cada um. Mas nada de gracinhas com ela, ouviu?

Lucas:

Fique tranquilo, entendi.

Lucas, ainda com um sorriso de deboche, devolve o celular de Isabella e observa enquanto ela o guarda na bolsa. Ele cruza os braços e encara Isabella com um olhar divertido, desfrutando da situação desconfortável.

Lucas:

(com tom irônico)

Problemas com o quarto, princesa?

Isabella:

(ignorando o deboche)

Você realmente acha engraçado, não é?

Lucas:

(sorrindo)

É meio difícil não achar. Mas relaxa, Isa, não vou te morder... pelo menos não hoje.

Isabella revira os olhos, frustrada com a situação e com a atitude provocativa de Lucas.

Isabella:

Eu só quero paz e tranquilidade. Não pedi por isso.

Lucas:

(sério)

Se precisar de alguma coisa, vou estar por aqui. Na piscina, mais precisamente.

Isabella revira os olhos novamente e se afasta de Lucas, indo em direção à área comum da casa. Lucas, por sua vez, volta para a piscina, satisfeito por ter causado um pouco de agitação na vida de Isabella, ele também não queria ninguém ali e se pudesse assusta-la para ir embora, faria.

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