O Flagra

Do lado de fora do carro, David ficou pensativo por um tempo, até que decidiu não ficar mais ali. Ele entrou em seu carro, e deu partida.

David Kalleb: {Isso agora não é problema meu. Eu não vou ficar aqui para assistir.}

...

Dentro da casa, Ivy já havia se entendido com Sandro. E o homem lhe deu toda atenção, quando o assunto do irmão doente foi mencionado.

Sandro Simons: Porque você não me disse isso antes?

Ivy: Eu não sei. Eu não estou pensando direito ultimamente, por conta dessas coisas... Me desculpa.

Sandro Simons: Ivan, eu fiquei pensando no que você disse. Não é que eu não me importe com você. Sabe muito bem que é só o meu amante. Mas, eu tenho que admitir; nesses meses que ficamos juntos, eu realmente encontrei um pouco de tranquilidade. E você sempre escutava eu falar dos meus problemas... E eu gosto de ficar com você.

O Homem abraçou Ivy gentilmente. Em seguida pegou um talão de cheque de seu bolso.

Ivy: {Um talão de cheque mesmo? Que estranho, o Reiko frisou tanto isso como se soubesse que o Sandro teria um.}

Sandro Simons: Eu vou deixar assinado, e você coloca a quantia que precisa para a cirurgia do seu irmão. Não precisa se preocupar com o valor. Quando eu me for, todo o meu dinheiro vai ser jogado fora mesmo.

Ivy ficou emocionado.

Ivy: Muito obrigada. Eu, não esperava isso, eu definitivamente não mereço.

Sandro Simons: Porque pegou uma faca para me matar?

Ivy: Não. Ah, é... Isso. Por isso sim. Não sei como pode me perdoar.

Sandro Simons: Eu também fiquei tão bravo que se pegasse você, ia te dar uma surra seu moleque.

O Homem ou puxou Ivy para si, e o beijou.

Sandro Simons: Sinceramente, eu não ia querer machucar você não.

Ivy: {Está tudo bem... É a última vez que tenho que ficar com esse homem. Pelo menos, ele me deu o que eu precisava.}

O ajeitaram-sea blusa de Ivy enquanto o acariciava. O Homem fez Ivy se sentar no sofá e ficou em pé na frente dele.

Ivy: {Que droga! Tem sempre que começar com essa porcaria na minha boca.}

Ivy respirou fundo, e começou a satisfazer Sandro.

Do Lado de fora, Eugênia Simons que observava da janela. Não se aguentou mais.

Eugênia Simons: Isso é muito difícil de acreditar, mas é mesmo verdade! Com um homem!? Eu tive que ver para crer nesse desgraçado!

A mulher se encheu de raiva e entrou pela porta, destrancada.

Eugênia Simons: SANDRO!

De repente, ela tirou um revólver da sua bolsa, e disparou. Porém, com olhos fechados, ela não acertou ninguém.

Sandro Simons: Eugênia! Não faça isso! Por favor, me deixa explicar!

Eugênia Simons: SANDRO, seu desgraçado, como pode?

Ao ver uma brecha, Ivy, saiu correndo para o quarto.

Eugênia Simons: VOLTA AQUI SEU PROSTITUTO SEM VERGONHA!

A mulher novamente disparou, porém Sandro conseguiu segurar a mão dela.

Sandro: Eugênia se acalme! Você não pode tirar a vida de uma pessoa. Vai arruinar a sua! Pensa na nossa filha! Vamos conversar.

Eugênia Simons: Conversar? O que eu vi tudo! Eu vi você aos beijos com esse garoto, e depois aquilo?

Sandro: Certo, você viu. Eu não vou negar ok? Mas deixa eu te falar os meus motivos...

A mulher ficou um pouco mais calma. Enquanto Isso, Ivy escondido no banheiro do quarto, pegou o celular e discou.

Ivy: Kei! Eu preciso de ajuda! Vem me buscar, a mulher dele está aqui, ela está com uma arma!

[Keito Serra: Não estou conseguindo entender, fala devagar!]

Ivy: A mulher do Sandro está aqui, ela está armada, quer me pegar. Por favor, vem me buscar!

[Keito Serra: Ivy é só uma mulher. Fica aí escondido e espera ela ir embora. Eu estou do outro lado da cidade agora.]

Ivy: Ela tem uma arma Kei! Por favor, ela consegue entrar aqui, está furiosa. Eu consegui pegar o cheque! Ele deu em branco, podemos colocar o valor que quisermos! Vem me buscar Kei!

[Keito Serra: Que bom, isso é ótimo. Mas, você vai ter que aguentar aí, assim que eu conseguir, vou te buscar]

Keito desligou

Ivy: Certo... É só eu aguentar um pouco aqui... Aí droga! Eu deixei o cheque lá em baixo.

Ivy desceu as escadas novamente, e ficou frente a frente a Sandro e a mulher. Ele rapidamente, pegou sua calça jeans jogada no chão, e o cheque.

Sandro Simons: Vai embora Ivy.

Eugênia Simons: Como é? Você vai defender esse sem vergonha?

Eugênia conseguiu soltar suas mãos.

Sandro Simons: Ele não tem nada a ver com isso. O culpado sou eu.

Eugênia Simons: Então você tem algum sentimento por ele!!?

A mulher olhou para Ivy espumando de raiva, e atirou.

Ivy caiu no chão.

Ivy: Ela... Me acertou!!

Ele colocou a mão na barriga, e viu que estava sangrando.

Eugênia Simons: Vou acabar com você! Como ousa destruir a minha família!

Sandro tentou segurar a mulher, enquanto Ivy se levantava.

Ivy: {Consigo ficar em pé, tenho que sair logo daqui!}

Ivy viu sua única saída, pela janela. Assim que pulou ainda segurando a calça na mão, escutou o som de outro disparo. Seu coração acelerou e ele correu na direção da rua.

Ivy: {Eu não quero morrer}

...

(Alguns minutos antes)

David saiu dirigindo de volta para sua casa, ele já estava distante quando escutou um disparo.

David Kalleb: {Ivy!}

Imediatamente, ele virou o carro e retornou.

David Kalleb:{Como eu pude ser tão idiota!? Uma mulher que acabou de descobrir que foi traída, e ainda com a oportunidade de pegar no flagra, não ia deixar isso só em uma discussão de separação. Mas como eu não vi uma arma? Deve ser pequena, para ela ter guardado bem na bolsa. Ela deve estar raivosa, vai matar os dois}

David pegou o celular e discou.

David Kalleb: Eu preciso de uma viatura, urgente! Vou enviar a localização. Foram disparos.

A ligação se encerrou.

David Kalleb: Só espero chegar a tempo.

Quando ele virou na entrada da rua, freou o carro bruscamente, ao ver alguém no meio da rua.

Ivy bateu com a mão o vidro do carro, deixando manchado de sangue.

Ivy: Me ajuda!

Ele estava se arrastando.

David Kalleb: Ivy!

Rapidamente David, pegou o garoto e o colocou deitado no banco de trás.

Ivy: Eu.. Não queria morrer... Mas, se eu morrer agora, você entrega isso para ele, e... Ele vai conseguir ir embora daqui.

David o olhou pelo espelho do carro.