O Último Encontro

...

Keito se afastou de Ivy, e manteve a feição seria.

Keito Serra: Porque essa pergunta? Eu já não disse o que eu faço?

Ivy: Caramba! Você trabalha mesmo como motorista não é? Essa reação sua foi a confirmação.

Keito Serra: E por acaso agora você vai me seguir? Vai me vigiar?

Ivy: Não. Eu só fiquei curioso. E ser motorista não é melhor que ser jardineiro? Você não ficaria queimando no sol, trabalharia sempre limpo. Porque ficou tão irritado?

Keito Serra: Ivy, chega dessa bobagem. Ligue logo para o Sandro Simons, e marque o encontro.

Ivy: Está com tanta pressa assim para me jogar na cama de outro?

Keito Serra: Você sabe que não é isso. Olha.. Quer saber de uma coisa, você está aí, cheio de suspeitas ridículas, quando quem está muito estranho é você?

Ivy: Eu? Como assim?

Keito Serra: Aquele dia na boate, você simplesmente fugiu. Me deixou com o AJ, e depois eu te procurei feito louco.

Ivy: Ah, eu posso me explicar... Ele estava falando de um amigo advogado, que me viu e perguntou se eu era irmãozinho dele, lembra?

Keito Serra: Sim, o que tem de mais?

Ivy: O que tem de mais!? o AJ perguntou se poderia me apresentar para ele e o que você disse?

Keito Serra: ...

Ivy: Não se lembra? Eu me lembro. Você disse "pode sim." E na mesma hora o filha da pta, ligou para esse advogado.

Keito Serra: Ele ligou?

Ivy: Caramba Kei! Ele ligou! Estava do seu lado! Eu vi, e não queria ficar lá quando esse cara chegasse. Você queria negociar com ele também? O advogado tem tanto dinheiro assim?

Keito Serra: Não, isso é coisa do AJ. Eu não falei nada, não ia colocar você nessa.

Ivy: Se quer saber... Foi aquele moço do balcão que me ajudou a sair pela janela... O David.

Keito Serra: Fica longe desse cara! Não gostei dele.

Ivy: Ele não é um oficial.

Keito Serra: Mesmo assim! Fica longe!

III

Eram nove e meia da noite quando David chegou no bar Grand Sea.

David Kalleb: O de sempre por favor!

Ket Rivs: Pode deixar. E vem cá, cade um dos gemeos seus coleguinhas de bar hein?

David Kalleb: Um está com a namorada, e o outro tem plantão hoje.

Ket Rivs: Nesse caso, acho que hoje seria o dia em que não deveria beber mocinho.

David Kalleb: Mas eu preciso. Me serve aí.

Ket Rivs: Se você ficar mal, vou chamar uma ambulância só para passar vergonha com o seu amigo médico.

David Kalleb: Ah, você não faria essa maldade comigo, eu sou o cliente mais frequente desse bar. No fundo, você aprecia muito a minha presença. Fala sério loirinha, só confirma.

Ket Rivs: Seu convencido idiota. Pega aqui essa bebida, e vê se não morre.

David começou a beber, enquanto seus pensamentos estavam perdidos ao vento.

David Kalleb: As coisas não são sempre simples...

Ket Rivs: Como assim? Do que está falando?

David Kalleb: Estou com um monte de coisas ao mesmo tempo na cabeça. Isso é excitante, porque eu estava muito chateado parado sem nada para fazer sabe?

Ket Rivs: E agora está surtando porque não consegue resolver os problemas que sugiram?

David Kalleb: Não é nada disso. É que a minha mente trabalha em varias coisas ao mesmo tempo... E isso aumenta a minha ansiedade, principalmente quando tenho que esperar.

Ket Rivs: Acho que entendi. Toma aqui mais uma.

David Kalleb: Obrigada. E.. Ket?

Ket Rivs: O que?

David Kalleb: Sabe quando os caras aqui do bar, te perguntam onde podem se aliviar, e não estamos falando de banheiro?

Ket Rivs: Sei sim eu entendi. Um bordel? Uma esquina, é isso?

David Kalleb: Sim

Ket Rivs: Isso.. Para você?

David Kalleb: É sim.

Ket Rivs: Caramba! Eu não imaginava que um homem como você precisasse disso? Não deveria ter muitos contatinhos?

David Kalleb: Normalmente eu não preciso... Mas um... Um perfume me desestabilizou.

Ket Rivs: Um perfume é? E o dono do perfume, não pode te ajudar com isso?

David Kalleb: Bem, o dono do perfume é uma causa perdida, em um mundo de perdições, esperando a queda drástica.

Ket Rivs: Como assim? Não é uma pessoa legal? Ah! É uma pessoa que está mexendo com coisas erradas, e com a cabeça a prémio?

David sorriu

David Kalleb: Olha, posso dizer que é isso.

...

Uma hora depois o celular de David tocou, ele atendeu rapidamente, pois já estava com o aparelho nas mãos.

David Kalleb: David falando, quem deseja?

Eugênia Simons: Sou eu, Eugênia. Senhor David, meu marido recebeu uma ligação, e saiu de casa para atender. Eu não consegui escutar, mas falou por quase trinta minutos. Depois disso ele se arrumou e acabou de sair com o carro. Ele não me disse nada porque me escondi para poder seguir ele. Pode me encontrar no caminho?

David Kalleb: Posso sim. Já estou indo.

David desligou o celular e colocou duas notas de dinheiro no balcão, ao ver que Ket estava longe. Saindo do Bar, ele entrou no carro rapidamente.

David Kalleb: {Acho que estou bem para dirigir, eu não bebi tanto assim, não deu tempo.}

O carro começou a se movimentar, e em poucos minutos, David alcançou Eugênia Simons. O carro dela, começou a seguir o dele, até chegarem na frente da casinha distante do centro, onde o carro de Sandro, estava estacionado na frente.

David Kalleb: A senhora está bem para fazer isso?

Eugênia Simons: Você não tem ideia. Tudo o que eu quero é encarar o Sandro e perguntar como ele tem coragem... Eu deveria acabar com a raça dos dois! Eu não sei o que fazer agora, mas quando eu entrar saberei.

David Kalleb: Bem, de qualquer maneira, eu vou com a senhora, para lhe dar um apoio.

Eugênia Simons: Não precisa! Eu quero fazer isso sozinha! Eu preciso.

A mulher se virou na direção da casa, e foi atravessando a rua. David porém, não conseguiu ficar parado, então atravessou atrás da mulher.

David Kalleb: {E agora o que vai fazer diabinho? Será que não sabe que quando se faz coisa errada, tem que arcar com as consequências!?}

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***