capítulo 15

#COM PÉROLA#

Após deixar seus filhos na creche, Pérola foi direto para o hospital, ela estava fazendo algumas experiências e testando possíveis tratamentos contra o câncer, como estava tudo indo bem e seguindo o planejado, logo poderiam ser feitos testes em humanos.

Na hora do almoço se encontrou com Jaqueline e Ema, porque sentiu um carinho Inexplicável desde que a conheceu.

EMA- Como foi o seu encontro com o meu irmão?

JAQUELINE - Foi perfeito, o Giovane foi gentil, engraçado, um verdadeiro cavalheiro.

PÉROLA - Então vai ter uma próxima vez?

JAQUELINE - Minha filha, acho que dá próxima vez, eu vou estar namorando, vou agarrar aquele loirinho e não vou largar nunca mais.

EMA - Eu ganhei uma cunhada e em breve uma prima.- Disse sorrindo para Perola.

JAQUELINE - Como foi com o doutor gato?

PEROLA - Ele dormiu lá em casa ontem.

JAQUELINE - Caramba, para quem não gostava do cara deu para ele rápido, foi bom?

PÉROLA - Não...

EMA- Não foi bom?

PÉROLA - Não é isso, ele dormiu, dormiu, ele estava assistindo com as crianças e acabou pegando no sono e vocês não acreditam, hoje de manhã os gêmeos ficaram chamando ele de papai e ele não disse nada mandou deixar.

JAQUELINE - Então não pegou o doutor?

PÉROLA - Não.

JAQUELINE - Mais tem que resolver isso, você é mãe de gêmeos e ainda é praticamente virgem.

EMA - Até eu não sou mais.

JAQUELINE - Falando nisso, como foi a noite ontem Ema.

EMA- Estranha, eu me senti meio tonta, me lembro de alguém ter me levado para um quarto e ter feito amor comigo.

PÉROLA - Você foi estrupada?- Perguntou preocupada.

EMA - Não, essa é a parte estranha, eu não me lembro do rosto, mais me lembro de querer ficar com ele.

JAQUELINE - Não é normal você ter esquecido uma coisa como essa.

Pérola parou por alguns segundos e após pensar, perguntou.

PÉROLA- Quando você acordou, sentiu o seu coração acelerado?

EMA- Sim.

PÉROLA - Sua memória estava turva e confusa?

EMA- Sim.

PÉROLA - As reações dos reflexos estavam mais lentos? E você não tinha noção do tempo?

EMA- Sim.

PÉROLA- Acho que você foi dopada, tomou alguma coisa diferente?- Perguntou medindo o pulso dela.

EMA - Não, nem bebi muito, só tomei uma taça que a Fernanda me deu.

JAQUELINE - Só poderia ser, eu não suporto essa garota, já falei para você se afastar dela, porque essa garota não quer o seu bem.

EMA - Será que foi ela?

JAQUELINE - Eu tenho certeza.

PÉROLA - Primeiro vamos ter certeza de que você foi dopada, vamos para o hospital.- Disse se levantando.- Vamos.

EMA- Você é cheia de mandar em mim.- Disse se levantando também.- Parece até a minha irmã mais velha.

PÉROLA - Se é assim vamos logo.

Pérola e Ema foram para o hospital, Pérola tirou o sangue da mais nova e mandou analisar, enquanto conversavam.

PÉROLA - Você está bem?

EMA- Mais ou menos, estou pensando no motivo que teria para a Fernanda me drogar?

PEROLA - Posso falar seriamente com você?- Perguntou e Ema assentiu com a cabeça.- Já que me promoveu a sua irmã mais velha, eu vou falar, eu nunca gostei do jeito que a Fernanda olhava para você, ela me parecia bem falsa, como se tivesse raiva de você e talvez quis aprontar com você.

EMA- Você acha que foi por isso que ela me drogou.

PÉROLA - Sim, talvez ela tenha pagado para aquele cara abusar de vocês.

EMA- Eu acho que esse não, quando eu disse que foi estranho a noite de ontem e lamento por não me lembrar.

PÉROLA - O que?

EMA- Me lembro que durante o ato, várias vezes, enquanto ne tocava, o homem em questão disse que me amava.

PÉROLA - Serio?

EMA- Sim, queria me lembrar de quem ele é, talvez não podemos ter alguma coisa, já que o cara que eu gosto não me olha, quem sabe não posso ser feliz com o que me ama.

PÉROLA - O Beto ainda mexe com você?

EMA- Muito, sabe que sou apaixonada por ele desde o primeiro dia que eu o vi, mais ele não pode nem sonhar com isso.

PÉROLA - Porque não? Quem sabe ele também não sinta nada por você?

EMA- Não inventa Perola.- Disse sorrindo.- Homens como ele não costumam olhar para garotas como eu, prefiro não me iludir, no máximo que eu seria para ele é uma diversão de final de semana e depois chacota para eles e os amigos.- Disse meio cabisbaixa.

Pérola puxou a garota para um abraço, afim de consolá-la, havia algo que as unia, como uma força invisível que puxava elas para perto, uma linda e inexplicável amizade, que ficava mais forte a cada dia.

EMA- Agora vamos esquecer os meus problemas e focar nos seus, o que está acontecer de verdade entre o Vinicius e você?

PÉROLA - O seu primo é diferente do que eu pensava, acredita que ele disse que em breve vamos ser um casal.

EMA- Eu sei bem da fama do Vini, essa imagem de mulherengo, quem pintou foi a imprensa, o meu primo sempre foi muito acendiado por eles por ser filho de quem é, então começou todo o sensacionalismo e ele acabou virando o que se esperava, do herdeiro primogênito da família Belmont, que ele fosse o terror das mulheres, que se achava a cima do mundo, mais o Vinicius sempre foi diferente disso, ele é bem romântico, como a tia Valéria.

PÉROLA - É verdade que ele sempre quis ter gêmeos?

EMA - Sim, eu me lembro como se fosse ontem, o Vini tinha 15 anos na época, era o meu aniversário, a minha mãe tinha convidado uma amiga dela que tinha um casalzinho, o meu primo ficou encantado, no final da festa ele falou, que se um dia ele fosse pai queria que fosse gêmeos.

PÉROLA - Acha que ele quer mesmo ter alguma coisa comigo?

EMA- Olha Pérola, eu acho que você deveria deixar ele se aproximar, não estou falando para você se casar amanhã com ele, mais de uma chance para ele tentar roubar o seu coração.

PÉROLA - Vamos ver o que acontece, eu vou lá ver o seu exame.

Pérola foi até o laboratório, pegou exame e entregou para Ema, que havia decidido que iria denunciar Fernanda, por sorte a boate que eles haviam ido, era de um amigo da jovem

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