capítulo 6

Vinicius levantou com muito custo da cama, ele passaram a noite toda acordado por causa de Pérola que não sai se sua mente, era inexplicável o efeito que ela causava nele.

Era como uma força invisível que o chamava para ela a todo instante, Vinicius não sabia explicar o motivo de se sentir tão atraido por ela, sendo que a conhece a menos de 48 horas.

Aquele era o seu dia de folga, ele olhou para o relógio e já passava das duas, ele decidiu ir até o parque para correr, esse era um de seus hobby favorito.

Enquanto ele fazia a sua corrida da maneira habitual, ele notou uma pequena menina chorando sentada no chão, imediato ele parou e olhou em volta para ver se não chegava ninguém, até porque era perigoso para uma criança tão pequena.

Depois de algum tempo, vendo que ninguém fora socorrer a criança, Vinicius se aproximou, se ajoelhou na frente da pequena princesa e perguntou.

VINICIUS - O que foi meu amor?- Perguntou para a menina que tinha muitas lágrimas nos olhos.

MENINA- Eu pedi da mama, eu que a mama, que ir pá casa.- Disse e mais lágrimas escorreram por seu rostinho.

VINICIUS - Fica calma, para de chorar minha linda.- Disse secando as lágrimas de seus olhos.- Eu vou te ajudar a encontrar a sua mamãe, eu posso te pegar no colo?

MENINA - Pode.- Disse e estendeu o braco.

Vinicius pegou a menina gentilmente em seus braços e saíram a procura da mãe da pequena menina, para acalmá-la, Vinicius conversava com ela para poder distraí-la.

VINICIUS - Qual o seu nome meu amor?

MENINA - Eu so a Lu.

VINICIUS - Muito prazer princesa, eu sou o Vini, não prescisa ficar assustada meu amor, nos vamos achar a sua mamãe, mais você tem que me ajudar, porque eu não conheço ela.

LUCIANA - A Lu vai ajuda.

Vinicius andou com a menina por toda a extensão do parque, mais ainda nada de encontrar os pais da pequena em seus braços, ele continuou conversando com a menina para que não ficasse mais assustada, para ela, ele estava tranquilo, mais por dentro temia que a pobre menina tivesse sido abandonada.

Caminharam por mais alguns minutos, até que ambos escutaram uma voz conhecida, que chamou pelo nome da menina.

PEROLA - Luciana.- Chamou e foi correndo na direção do homem, para pegar sua filha.- Você está bem minha vida?- Perguntou pegando a menina no colo e a abraçando fortemente.- Eu estava tão preocupada.

LUCIANA - A Lu ta bem , o tio bunito ajudo a enconta a mama.- Disse apontando para Vinicius, que olhava estático para a mulher que dominava os seus pensamentos, ele jamais poderia imaginar que ela era mãe de uma menina.

LUCAS- A mama enconto a Lu.- Pulou de felicidade, Pérola colocou a filha no chão, que foi abraçar o irmãozinho.

VINICIUS - Dois?- Foi a única coisa que ele conseguiu perguntar.

PÉROLA - Vamos embora meus amores.- Disse tentando sair dali com seus filhos.

LUCIANA - Não mama, o tio falo que ia compa um balão bonito pá mim, né tio.- Disse estendendo os bracinhos novamente para Vinicius, que a pegou no colo.

VINICIUS - É sim, eu prometi nos vamos comprar, de qual você quer?

LUCIANA - Eu que da gilafa.

VINICIUS - Da girafa?

LUCIANA - Xim.

VINICIUS - E você meninão?- Perguntou para Lucas, que estava meio acuado.- Quer qual?

LUCAS- O Luca também vai ganha?

VINICIUS - Claro que vai.- Disse pegando a mãozinha dele.- Qual você vai querer?

LUCAS- Eu vo quele o do tige.

VINICIUS - Então vamos.- Disse indo em direção aos homem que estava vendendo os balões de animais, as crianças escolheram e depois o homem pagou.

LUCIANA - Olha como é bunito mama.- Disse mostrando o balão para Pérola.- O do Luca também é bunito.

PEROLA- Bonitos mesmo filha.

LUCAS - Nos pode binca um pouco com os balão antes de ir embola?

PEROLA - Podem, mais por favor, não de afastem muito.

LUCIANA E LUCAS- Tá mama.- Disse e saíram de mãos dadas.

Pérola se sentou na grama, onde conseguia ver bem os seus filhos, logo depois Vinicius se sentou ao lado dela e ofereceu uma garrafa de água para ela.

VINICIUS -Achei que você ainda estaria agitada.

PÉROLA - Obrigado.- Disse pegando a garrafa e tomando um gole.- Não vai perguntar sobre eles?- Perguntou olhando para Vinicius que observava as crianças com um certo encantamento no olhar.

Apesar de sua fama de mulherengo incorrigível e de não querer se casar, ele sempre quis ser pai de gêmeos, não só pai, pai de gêmeos.

Apesar das diferenças de seus pais, ele teve bons exemplos nesse quesito, foi amado e protegido, como toda criança deve ser, e ele gostaria de ter alguém para fazer essas coisas.

VINICIUS - Você quer falar sobre eles?- Perguntou ainda olhando para os gêmeos.- Porque, até onde eu pude perceber, a única que tem qualquer direito de falar alguma coisa sobre aqueles dois lindos bebês é você.

PÉROLA - Eu amo aqueles dois, são o que eu tenho de mais importante na minha vida.

VINICIUS - Isso eu já havia percebido, pude ver o seu alívio quando viu a Luciana.

PEROLA - Obrigado por ter trazido ela até mim, se não fosse você, sabe se lá, quem poderia tê-la encontrado, te devo uma.

VINICIUS - Você não me deve nada, eu fiz isso e faria de novo, por qualquer criança, tem tanta maldade nesse mundo, que não se pode descuidar um minuto das crianças.

PÉROLA - Pois é, eu me distrai um segundo e ela foi atrás daquele balão, não quero nem pensar no pior.

VINICIUS - Olha Pérola, você aceita jantar comigo?

PÉROLA - Vinicius, eu sei bem da sua fama e...

VINICIUS - Não precisa se preocupar, eu só quero conversar, sem segundas intenções, eu quero saber a história deles, porque parece bem mais pesada do que você quer transparecer.

PÉROLA - Não é da sua conta Vinicius.

VINICIUS - Eu sei que não é, mais vejo nos seus olhos que precisa colocar tudo para fora, porque tem algo que aí dentro que ainda dói.

PÉROLA - Só um jantar?

VINICIUS - Só um jantar.

PÉROLA - Ok, eu aceito sair com você, mais sem gracinhas.

VINICIUS - Pode deixar, eu te ligo e combinamos o lugar.- Disse e se levantou.- Agora eu tenho que ir, da um beijo nos gêmeos.- Disse e foi embora.

Pérola viu sinceridade em seus olhos, foi por isso que aceitou esse jantar, o desafio seria lutar contra a linha invisível que sentia entre eles.

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