capítulo 19

#NA CASA DE VALÉRIA#

Na manhã seguinte...

VALÉRIA - O que querem tomar de café da manhã meus amores?

GÊMEOS - Bolo.

VALÉRIA - Então a vovó vai cortar um pedação.- Disse e cortou o bolo para os dois.

LUCIANA - Vovó, nos se compoto ontem?

VALÉRIA - Vocês foram muito bonzinhos.

LUCAS - Então nos pode usa a sua piscina?

VALÉRIA - Claro que podem a casa é de vocês, vou mandar mensagem para o papai de vocês e pedir para trazer as roupas de banho de vocês.

GÊMEOS - Tá bom.- Disse e começaram a comer o bolo.

Logo Augusto desceu, deu um beijo nas crianças e se sentou a mesa para tomar café, mais assim que Valéria voltou da cozinha e se sentou no chão com os bebês, ele descidiu lhes fazer companhia.

Quase meia hora depois, Vinicius chegou com a sua agora namorada Pérola, fazendo com que os gêmeos corressem até eles.

GÊMEOS - Papa, mama.- Disseram correndo e abraçando um dos pais.

VALÉRIA - Então meu filho?

VINICIUS- Ela disse sim.- Disse pegando na mão de Pérola.

AUGUSTO - Pois é, já estou sabendo.- Disse entregando o Tablet para o filho, aberta em uma reportagem com o título, "domadora de feras."

VINICIUS - "E a fofoca de hoje, é sobre nada mais, nada a menos que o queridisimo Vinicius Belmont, um dos solteiros mais cobiçados de Los Angeles, que pelo que tudo indica, se aposentou da fará.

Na noite de ontem, foi fotografado ao lado de uma bela mulher, trocando carinho e com direito a declarações e um anel de compromisso.

Pela primeira vez em todos esses anos que eu sigo a vida do nosso belo médico, jamais havia visto coisa semelhante.

O que nos leva a duas perguntas:

- Quem é a mulher que está com ele?

- E o que ela tem de especial? Já que conseguiu o que nenhuma outra conseguiu até hoje.

Fiquem ligados para mais informações sobre a mulher que conseguiu domar o coração da bela fera."

VALÉRIA - Eu não suporto isso, essa mídia fica expondo a vida alheia.

PÉROLA - Não tem nem vinte e quatro horas que a gente esta junto e já saiu na mídia, não sei se isso é bom para as crianças.

VINICIUS - Não se preocupe amor, logo eles esquecem essa história,é a novidade do momento, fica tranquila.

AUGUSTO- Não se preocupe querida, vou ligar para alguns contatos meus e essas reportagem saíram do ar em poucos minutos.

LUCIANA- Papa, nos que ir na picina.

VINICIUS - Você parece um peixinho em.- Disse e deu um beijinho na menina.- Vamos lá trocar de roupa e vamos para a piscina, me dá o meu garotão.- Disse e pegou o menino do colo da namorada.- Já volto.

Vinicius subiu com os bebês até o quarto, trocou a roupa deles e colocou as roupas de banho e as boias nos braços dos pequenos.

No andar de baixo Pérola ficou conversando com Valéria, que achou uma ótima oportunidade para conhecê-la melhor.

VALÉRIA - O Vini falou que você trabalhava Johns Hopkins Hospital, é um hospital bem conceituado em todo o país.

PÉROLA - Sim, foi uma honra iniciar a minha carreira lá, tive espaço para desenvolver muitas de minhas pesquisas.

VALÉRIA - Então de onde você é?

PÉROLA - Na verdade eu não sei, eu sou órfã, não conheci os meus pais, só o que eu sei, é que fui deixada na porta de um orfanato em Silver Lake, quando tinha dois anos e que ninguém nunca foi me procurar.

VALÉRIA - Lamento, eu mais do que ninguém, sei como é ter um pai que não se importa comigo, eu fui vendida para o pai do Augusto, quando tinha dezoito anos.

PÉROLA - Sinto muito.

VALÉRIA - Já passou, então não sabe nada dos seus pais?

PÉROLA - Bom, eu tenho um colar que foi deixado comigo, um colarzonho de pérolas que estava em volta do meu pescoço, por isso o meu nome.

VALÉRIA - E não tem vontade de conhecê-los, procurar por eles?

PÉROLA - Eu nunca pensei nisso, quando você cresce como uma criança órfão e acaba tendo algumas oportunidades na vida, você tem que agarra-las, se você perder você ficar na sarjeta o resto da vida, eu sempre gostei de aprender, então quando apareceu uma vaga para estudar em um colégio particular, não tive amigos na infância, afinal de um lado haviam crianças que me zoavam por ser inteligente demais e do outro, crianças que me zoavam por não ter a mesma classe social que eles.

VALÉRIA - Crianças podem ser mais malvadas do que os adultos.

PÉROLA - Pois é, depois que terminei a escola, me mudei para Bonton, já que tinha passado em Medicina em Harvard e como não tinha ninguém aqui, me mudei para lá, também encontrei pessoas não muito legais no caminho.

VALÉRIA - O Vinicius contou.

PÉROLA - Enfim, consegui cumprir as minhas metas e não ser mais uma das órfão que acabam na rua viciadas ou se prostituindo, por causa do governo que não liga para elas, tem milhares de crianças que assim que completam dezoito anos, são praticamente expulsas do orfanato.

VALÉRIA - Já vemos que você é acima da média, trabalhou e criou dois filhos com amor e carinho, apesar de não terem sido planejados.

PÉROLA - Como falei antes, eu não conheci os meus pais, mais sei muito bem qual é o papel de uma mãe, aqueles dois anjinhos crescendo na minha barriga, também eram um pedaço de mim e não tinha culpa do que fizeram, então eu fiz de tudo para ser a mãe que eu gostaria de ter tido.

VALÉRIA - Fez bem, está criado dois seres humanos incríveis.

PÉROLA - Sei não, seu filho está querendo estragar os dois.- Disse e riu junto com a sogra.- Tirando isso, a senhora fez um bom trabalho com ele.

VALÉRIA - Você realizou o sonho dele, agora ele vai te dar o mundo se duvidar, é assim que ele é, amoroso e leal com as pessoas que ele ama, mais pode ser bem impiedoso com quem o desafio.

Ao escutar isso, Pérola não entendeu ao primeiro momento, mais não questionou, ela se levantou e foi em direção aos filho que estavam eufóricos para irem nadar.

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