capítulo 8

AUGUSTO - Aonde estava?- Perguntou com a voz meio mole, parecia meio embriagado, Valéria pode confirmar isso, por causa da garrafa de whisky ao seu lado.

VALÉRIA - Que surpresa te ver em casa,as suas amiguinhas não estavam disponíveis hoje?

AUGUSTO - Não brinca comigo Valéria, onde você estava?- Perguntou começando a ficar nervoso.

VALÉRIA - Por aí.

AUGUSTO - Por aí onde e com quem você estava?

VALÉRIA - Não é da sua conta.

AUGUSTO - Como não?- Perguntou se levantando.- Eu sou seu marido.

VALÉRIA - Só no papel, como você recaltou várias e várias vezes nos últimos trinta e dois anos, eu não tenho que lhe dar explicações de nada.

AUGUSTO - Acha que pode tirar as asinhas para fora e começar a agir da forma que você está fazendo nos últimos tempos?

VALÉRIA - Estou agindo normalmente, o que te encomoda tanto?

AUGUSTO - Normal? Você não para em casa, vive com merda desse celular na mão, me ignora, você está...

VALÉRIA - Agindo como você sempre fez? Pois é, percebi isso agora também, não é da sua conta o que eu faço da minha vida, como eu nunca te pedi explicação de nada, nunca te perguntei em que cama você dormia, eu também não sou obrigada a falar nada sobre.

AUGUSTO - Então é verdade, está transando com alguém?- Perguntou entre dentes visivelmente bravo.

VALÉRIA - Se eu tiver não é da sua conta, nunca te perguntei onde você enfiava o seu p#u e muitas vezes tive que me fazer de cega.

AUGUSTO- Olha o respeito.

VALÉRIA- Você quer falar de respeito? O homem que transou com todas as babás do filho no mesmo teto que a família dele estava.

AUGUSTO- Isso não importa mais, o que importa é que você é a minha esposa e me deve respeito, vamos nos concentrar em reparar os erros e consertar o nosso casamento.

VALÉRIA- Inaceitável.- Disse olhando para o homem, tentando ver se ele falava sério.- Sabe, eu passei muito tempo infeliz, por amar um homem que só me desprezou desde o dia que me casei com ele, ou melhor fui vendida para ele, eu nunca quis esse contrato e não queria esse casamento, de fato, como uma menina tola e romântica, acabei me apaixonando por você, mais felizmente, passou, você não sabe como é libertador, perceber que eu não sinto mais nada por você, não sei o motivo de você querer consertar o nosso casamento, mais isso não me interessa mais, vamos continuar da maneira que estamos, vivendo vidas separadas- Disse e foi em direção a escada.

Valéria não poderia estar mais indignada, ela se dedicou inteiramente a Augusto, para que pudessem tentar fazer o casamento dar certo, principalmente quando Vinicius nasceu, fruto de uma única noite de amor entre eles, mais não funcionou, ela percebeu que ele nunca sentiria nada por ela quando seu filho fez dez anos, ela tentou manter a convivência boa pelo menino.

Os anos foram se passando e Valéria aprendeu a se refugiar em seus livros, seu romances que para ela pareciam ser impossíveis de se realizarem e também de serem lidos, mais Valéria se enganou, cada livro que ela escreverá, já havia sido vendida mais de 2 milhões de cópias mundialmente e ela tinha um número considerável de fãs.

Ela viveu anos na escuridão e agora que ela está feliz, tem uma carreira de sucesso e um homem, que apesar das diferenças de idade, a trata tão bem, com ternura e paixão, Augusto queria atrapalhar isso por algum motivo.

#COM PÉROLA#

Pérola estava terminando de se arrumar para seu jantar com Vinicius, ela passou o dia inquieta, temendo o que poderia sair da conversa que eles teriam a noite.

A mulher colocou um vestido branco não muito curto, mais era possível ter uma boa visão se suas cochas e também havia um pequeno decote, Vinícius não falou para ela, que tipo de restaurante eles iriam, então ela colocou algo bonito mais não tão elegante, já que não tinha roupas para jantares em hotéis cinco estrelas.

JAQUELINE- Está gata amiga, se eu fosse homem eu te pegava, hoje o doutor pira.

PÉROLA- Não vem com essa de que o doutor vai pira, vamos sair para jantar como amigos ou nem isso, não confunda as coisas.

JAQUELINE- Me parece que quem está confundido as coisas é você.-Disse e saiu do quarto para que a mulher terminasse de se arrumar.

Minutos depois Pérola foi para a sala, onde os gêmeos estavam brincando, logo depois a campainha tocou, a loira foi atender e se deparou com o belo homem parado em sua porta, com dois pacotes na mão, sem esperar o homem falar, Pérola disse.

PÉROLA- Eu achei que eu tinha deixado claro quando pedi para não confundir as coisas, é só um jantar entre amigos, não havia necessidade nenhuma me trazer presentes, eu não posso aceitar, leve-os de volta por favor.

VINICIUS- Mais não são para você, eu trouxe para as crianças.- Disse olhando para a mulher sem entender a sua reação.

PEROLA- Ah, não é para mim?- Perguntou um pouco envergonhada.

VINICIUS - Não, eu trouxe para as crianças.- Disse entrando no apartamento.

LUCIANA E LUCAS- Tio Vini.- Disse e foram correndo abraçar o homem.

VINICIUS- Como vão crianças?- Perguntou enquanto se ajoelhada na frente dos pequenos.

GÊMEOS- Bem.

VINICIUS- Eu trouxe para vocês, espero que gostem.- Disse entregando os pacotes para os pequenos.

GÊMEOS- Bigado tio.- Disseram e deram um beijo no rosto dele.

Vinicius ajudou eles a abrirem os presentes, assim que viram, foi aquela felicidade genuína e pura de criança que acabara de ganhar algo.

PRESENTE DA LUCIANA.

PRESENTE DO LUCAS.

Os três brincaram um pouco no chão, sem nem ligarem para a presença de Pérola, depois as crianças pediram para que Vinicius colocassem elas na cama, ele contou uma história e quando os pequenos adormecerem, os dois puderam ir para o jantar.

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