O dia amanhece, e mais uma vez, Thiago acorda com a Isabela em cima dele, parece ser uma mania dela, pois sempre acorda grudada nele. Devagar, ele sai de baixo dela e realiza sua higiene.
Ao sair do banheiro, percebe que ela está se levantando, aparentemente com dor de cabeça.
— Vamos beber mais champanhe?
— Ah, não. Eu não quero beber por um ano. Beber é bom, mas a ressaca é de matar.
Ele sorri e pede para ela se levantar, pois precisam resolver a questão do emprego na agência. Em menos de uma hora, ambos estão no carro a caminho do local. Ao estacionar, o celular de Isabela toca, mas ela não pode atender devido à sua voz, então repassa para Thiago.
— Oi. — Ele responde de maneira seca, e Isabela o encara com os olhos semicerrados. — Quem fala?
— Isabel Jones? — Thiago confirma e pergunta quem está falando. — Somos os pais da pequena Raíssa, e queremos o seu serviço para domingo. Minha filha ama a princesa Bela, mas ela também gosta da Fera. Entramos em contato com uma agência e conseguimos um modelo que faz a Fera, e queríamos que você fosse a Bela, já que é tão boa com crianças.
— Desculpe, senhora, mas eu não trabalho mais de fantasia. — Isabela olha para ele com irritação, pois não pode negar nada a uma criança.
— Não faça isso, aceite, você tem que me ajudar...
— Tenha uma boa tarde, senhora. — Ele desliga o celular e olha para Isabela. — Será no domingo à noite, e mesmo que já tenhamos trocado de corpos, você não poderia ir, já que na segunda-feira estaria cedo na agência.
— Eu já virei duas noites seguidas trabalhando, iria para a agência sem nenhum problema.
— É, ia ficar a festa toda com um cara vestido de príncipe fera. Não, você não vai. No domingo, teremos trabalho para fazer na agência.
Ele fala saindo do carro, e Isabela não entendeu nada do que ele quis dizer, pois sabe que a agência não abre nos finais de semana. Ela desce do carro, e os dois seguem para a sala de Thiago. De longe, Isabela vê a mesma mulher que os havia barrado na saída do evento.
— Senhor Aiken, a senhorita Babi quer falar com o senhor, e eu pedi para que ela esperasse você aqui. — a secretária fala e olha para o corpo de Isabela, como se fosse para provocar ela.
— Certo, vou conversar com a minha assistente um minuto, e depois mando ela entrar, ok? — Isabela fala, pois precisa saber quem é essa mulher primeiro, para não errar no que vai dizer.
Assim que entram na sala, Thiago fecha a porta, e Isabela pede para ele explicar quem é aquela mulher.
— Minha ex-noiva. Ela me traiu com o meu rival, e terminei com ela. Mas ela não aceita o fim do relacionamento, mesmo eu chutando a bunda dela todos os dias. Acho que, com a sua presença no evento, ela está se sentindo ameaçada, e por isso vai ficar mais em cima ainda.
— Senta aqui do meu lado e tenta me ajudar com as respostas. Você ainda gosta dela? — Isabela pergunta com medo da resposta, sem entender por que fez essa pergunta. — Não precisa responder, desculpa.
— Tudo bem, eu não gosto mais dela. Na verdade, acho que nunca gostei de verdade. Era mais pela beleza do que pela pessoa. Ela é bonita e atraente, mas não tem nada que se aproveite além do corpo dela.
— Você é um escroto, escolher uma mulher só pelo corpo, como se ela fosse um objeto.
— O que importa para mim é aparência; o resto vamos moldando do nosso jeito.
Isabela revira os olhos com a resposta dele e aperta o botão para mandar a tal Babi entrar. Thiago se levanta, puxa a cadeira e senta ao lado dela. Assim que Babi entra, vê os dois juntos e sente raiva.
— Quero falar com o Thiago a sós.
— Impossível, Isabela ficará aqui porque precisamos trabalhar, e você só veio conversar. Então, fala logo o que tem para falar e vai embora. — Thiago sorri ao ver Isabela falando do mesmo jeito que ele falaria.
— É assunto particular e não de trabalho. Então, se retire, menina, que isso é uma conversa de casal. — Babi insiste, mas Thiago cola as costas na cadeira, esperando para ver o que ela vai fazer. — Manda ela sair, Thiago.
Isabela balança a cabeça negando, apontando para que Babi se sente na outra cadeira de frente para eles.
— O que vocês são? — Ela pergunta direto, sem rodeios. Thiago e Isabela se olham, sem saber o que responder, pois não têm nada, mas estão morando no mesmo apartamento e não se desgrudam. Para a sociedade, eles são um casal. — Olha isso, Thiago.
Ela joga um jornal com uma foto dos dois juntos em uma situação complicada.
— Vocês estão namorando? Pode me falar, Thiago, eu vou aceitar numa boa.
— Não temos nada, somos apenas chefe e empregada. — Thiago responde, e Isabela fica desconcertada com a resposta dele.
— Isso, somos apenas isso mesmo. — Um sorriso brota nos lábios de Babi. Isabela olha para Thiago, que abaixa a cabeça.
— Podemos almoçar juntos então, Thiago. Tenho muitas coisas para falar com você. — Ela olha para Thiago, que concorda com a cabeça.
— Quer saber, eu não vou não. Vou almoçar sozinho, mas não vou comer com você nem com ninguém. Agora saia da minha sala antes que eu chame o segurança para tirar você.
Os dois olham para Isabela, que está alterada, e Thiago não entende o que deu nela.
— Vou contar até três até pegar o telefone e ligar para o segurança vir te tirar. 1... 2... — Ela se levanta e diz que ligará para ele depois. Vira-se e sai da sala. Thiago olha para ela, e ela se levanta indo até o banheiro. Ele bate na porta, perguntando se ela está bem.
— Estou ótima, ótima. Agora me deixe mijar, pois para usar seu brinquedinho, eu preciso me concentrar e mirar no buraco, ou vou sujar todo o chão.
— O que foi isso que aconteceu aqui? Por que falou daquele jeito com a Babi?
— Tá com pena? Pegue ela assim que os corpos forem trocados. Não vou sair com nenhuma maluca, não sou lésbica, e não vou me prestar a esse papel. Mas, se você insistir, vou arrumar um cara para você sair também, pode ser? Mas me responda uma coisa, você gosta dela?
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Josi Gomes
ELE PODE SER A FERA
2025-01-06
0
Amanda
Ciúmes??? 😂😂😂
2024-12-01
0
Priih
Mas já tá com ciúmes 🫣😅🤭
2024-04-25
4